sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

COMO EVITAR AS LESÕES NA CORRIDA?

Hoje em dia há cada vez mais pessoas à procura de uma melhor qualidade de vida através da prática de alguma atividade física.
As corridas, de rua ou trail, são bem populares em todo o mundo. A modalidade é praticada principalmente por atletas amadores, devido a sua versatilidade de poder ser praticada em diversos tipos de ambientes, terrenos, independentemente do clima e horário, além de não necessitar de material específico muito sofisticado.

Apesar de todos os efeitos benéficos da corrida, tem-se observado uma elevada incidência de lesões no aparelho locomotor, principalmente nos membros inferiores. Essa alta incidência de lesões pode ser explicada pela falta de orientação profissional especializada. Embora correr seja aparentemente fácil, pois é um gesto motor aprendido nos primeiros anos de vida, deve-se ter o conhecimento aprofundado das várias especificidades envolvidas na prática desse desporto.

  
Cerca de 75% das lesões nos corredores são geradas pela sobrecarga decorrente da repetição mecânica excessiva que pode ser determinada pela suscetibilidade genética. Esta é identificável com análise de ADN e por consequência evitável adotando métodos de treino, descanso e recuperação apropriados.
Essas lesões podem ser prevenidas na maior parte com uma boa avaliação funcional e orientação adequada.

As principais lesões na corrida são:

Condromalacia rotuliana: Dor no joelho provocada pelo atrito entre o osso do fémur e a rótula, devido ao desgaste da cartilagem. Há um desvio ou desalinhamento na rótula causada por uma descompensação entre a musculatura anterior e posterior da coxa, o que causa um desequilíbrio dinâmico das estruturas responsáveis pela estabilização da articulação do joelho durante a corrida.

Cãibras musculares: Trata- se de um espasmo (contração involuntária) de um ou mais músculos que, por se manterem-se nesses estado de contração vigorosa, provocam um quadro de dor geralmente muito intensa.

Fascite plantar: Acontece devido a uma inflamação prolongada na fáscia plantar. A fáscia é um tecido que liga o calcâneo com a base dos dedos. Numa primeira fase identificamos por uma dor nos calcanhares ao levantar da cama.

Tendinite de Aquiles: Dor no tendão que liga o calcâneo com a zona inferior do gémeo, provocado por uma inflamação e irritação. A dor aumenta significativamente quando se corre em subidas. Costuma ser provocada por falta de flexibilidade e excesso de treino.

Síndrome da banda iliotibial: É uma inflamação causada pelo atrito da banda iliotibial com a lateral do fémur, e geralmente causa dores na lateral do joelho.
Síndrome do stress do medial tibial: Também conhecido como canelite, é uma inflamação da fáscia que recobre a tíbia e provoca dores na canela.


 As principais causas das lesões acontecem essencialmente pelo aumento exagerado no volume e intensidade dos treinos, correr em pisos muito duros e irregulares, excesso de peso, falta de alongamento e fortalecimento muscular adequado nos membros inferiores, fadiga muscular, falta de repouso entre os treinos, usar ténis muito gastos ou inadequados ao tipo de pisada.

Muitos destes atletas escolhem os seus ténis somente pela aparência, mas depois começam a sentir dor ou desconforto e pensam que isso se deve apenas ao facto de o calçado ser novo, no entanto com o decorrer do tempo essa dor ou desconforto tendem a aumentar. Um bom calçado adequado ao seu tipo de pisada, pode ajudar o atleta a ter um melhor desempenho e também a prevenir lesões.

A prevenção é o fator mais importante para se evitar lesões, deve procurar orientação de um profissional, para a realização de um treino adequado e especializado para cada atleta. Para quem procura um uma resposta mais específica, poderá realizar uma análise ao ADN.
 O ADN Desporto disponibiliza informação detalhada em relação ao potencial desempenho desportivo e capacidade de treino, seleção ótima dos exercícios, estratégias de recuperação, potencial de lesões, e exercícios para o controlo de peso.


O teste é aplicável para o atleta de alto rendimento, bem como para o atleta amador que queira maximizar os seus resultados do seu treino, e alcançar níveis máximos de condicionamento. O perfil testa genes em três categorias que se relacionam com o rendimento desportivo: força e resistência, patologia dos tendões e recuperação.

Henrique Pedroso
Fisioterapeuta
henrique.pedrosol@clinicadopoder.pt

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