sexta-feira, 27 de dezembro de 2019

DOENÇAS OU INFEÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS

O que são as Infeções Sexualmente Transmissíveis IST) ou Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) e o que as torna tão especiais?

IST são infeções transmitidas entre as pessoas durante as relações sexuais, a partir do contacto com a pele, mucosas (vaginal, oral, anal ou uretral) e fluidos corporais, como secreções vaginais ou uretrais, esperma ou sangue da pessoa infetada. 

Neste momento entre os “culpados” pela causa das doenças sexualmente transmissíveis constam pelo menos 22 bactérias, 8 vírus, 3 protozoários, 1 fungo e 2 ectoparasitas.

Segundo os dados da OMS todos os anos, 500 milhões de pessoas adoecem com uma das quatro IST:
  • Clamidíase (por ação da bactéria Chlamydia trachomatis)
  • Gonorreia (por ação da bactéria Neisseria gonorrhoeae)
  • Sífilis (por ação da bactéria Treponema pallidum)
  • Tricomoniase (por ação do protozoário Trichomonas vaginalis)
Há “inimigos” antigos, como a sífilis, doença que muitas pessoas acreditam já não existir, no entanto segundo os dados da OMS, em cada ano surgem cerca de 6 milhões de novos casos desta doença.  

Além das IST “clássicas” existem outras infeções, a princípio não consideradas como tal, incluindo salmonelose, shigelose, campilobacteriose, amebíase, candidíase, giardíase, hepatites (A, B e C), infeção por citomegalovírus, que podem ser transmitidas por via sexual. 

Alguns patogénicos podem ser encontrados nas lesões da superfície da pele da zona genital: Herpes simplex vírus, Haemophilus ducrey e Treponema pallidum.

As doenças sexualmente transmissíveis, como a gonorreia ou sífilis, encontram-se entre as mais antigas doenças humanas conhecidas e até agora não foram vencidas, apesar da existência de terapias eficazes. 

Baixo nível de conhecimento sobre as IST e sobre as medidas de prevenção é uma das razões principais para tal. Estudos realizados em Portugal mostraram que 98% da população estudada considerava o preservativo o único método de prevenção face às IST, mas mesmo assim, 48,4% já tiveram relações sexuais sem proteção e 3,6% afirmaram nunca ter utilizado o preservativo.

As IST colocam em risco a saúde não só da própria pessoa, mas também dos seus parceiros sexuais e da sua descendência. As IST podem ter consequências graves como infertilidade, gravidez ectópica (colocando em risco a vida da mãe, infeções perinatais e congénitas. Por exemplo, a sífilis congénita é, neste momento, a segunda principal causa de morte fetal evitável em todo mundo.  

A distribuição das DST não é uniforme dentro da sociedade, afetando, cada vez mais, os grupos mais jovens, constituindo assim um problema de dimensão escolar e familiar.
Hoje em dia a vida sexual começa mais cedo, há uma certa banalização do sexo, práticas sexuais cada vez mais variadas e “inovadoras”, em conjunto com falta, quase, total de informação sobre este tipo de infeções.

Não são raros os casos de coinfeção, ou seja presença de mais que uma infeção sexualmente transmissível. Uma pessoa com sífilis ou gonorreia tem maior probabilidade de contrair HIV.

Quais são os sinais de alerta?
Se ocorreu sexo desprotegido e no curto período de tempo apareceu:
prurido ou irritação na pele ou nos órgãos genitais 
manchas, bolhas, erupção cutânea, verrugas nos órgãos sexuais e/ou  zona adjacente
corrimento vaginal, inodoro, com mau cheiro ou cheiro estranho
dor ao urinar ou vontade frequente de urinar
dor durante a relação sexual
dor na parte inferior do abdómen, na zona perianal ou nos testículos.

O que fazer?
Procurar ajuda médica. Só o especialista pode realizar os exames necessários, fazer o diagnóstico preciso e indicar o tratamento adequado.

As infeções bacterianas, fúngicas e parasitárias são facilmente tratáveis. Já não se pode dizer o mesmo sobre as infeções virais, embora existam tratamentos, eles não permitem a cura, apenas levam à diminuição e controlo de manifestação de sintomas assim como a diminuição de carga viral.  

Convém lembrar que algumas DST não apresentam nenhum sintoma, por esta razão seria importante manter uma rotina de acompanhamento médico regular, com a realização dos exames indicados pelo especialista. O ideal seria buscar o atendimento de um médico de confiança, que conheça o seu histórico e perfil e possa fazer o acompanhamento de longo prazo.

Svetlana Agostinho
Mestre em Biologia com especialização em Análises Clínicas

quarta-feira, 4 de dezembro de 2019

9 DICAS PARA EVITAR GANHAR PESO NO NATAL

É típico nesta época intensificarem-se comportamentos de “descontração” e de excessos no que toca ao consumo alimentar. Além de uns quilos a mais, potenciam-se os riscos de paragens digestivas, de aumento de tensão arterial, de problemas cardíacos e de aumento da glicémia; como consequência diminui a energia, a vitalidade geral e até o poder sexual. 
Como ninguém é imune ao “ambiente guloso”, estas dicas podem ajudá-lo(a) a passar esta quadra com menor prejuízo. 

1 PEQUENO ALMOÇO DE REI

Se o jantar for abundante e tardio, regra geral, a vontade de tomar um bom pequeno almoço é pouca, no entanto inicia-se um ciclo de consumo exagerado durante o almoço e o jantar. Por essa razão, é sugerido começar os dias descontraídos com um bom e nutritivo “pequeno almoço”. Este deve incluir hidratos de carbono complexos (por ex. flocos de aveia, quinoa, batata doce, trigo sarraceno), proteína (por ex. 1-2 ovos escalfados), gorduras boas (por ex. abacate/coco) e frutas antioxidantes (por ex.: romãs/framboesas/mirtilos/abacaxi). 



2 NÃO ESQUEÇA OS VERDES

As proporções são a chave para impedir o mal-estar do corpo, o aumento de peso e o risco de desenvolver problemas mais sérios como AVC’s ou enfartes, por exemplo. Nesta época o consumo de carne, charcutaria e doces aumenta, se aumentar o consumo de couves, esparregados, saladas variadas e legumes salteados como acompanhamento, comerá relativamente menos alimentos tóxicos, terá digestões mais leves e como resultado o corpo desintoxicará mais rapidamente dos excessos. 

3 PROCURE PRODUTOS NATURAIS OU POUCO PROCESSADOS

Nesta época ficam ainda mais disponíveis diversos tipos de doçarias, refrigerantes e bebidas alcoólicas, pratos já confecionados, entre outros. Estes possuem doses ainda mais elevadas de açúcar, sal, gordura, conservantes e edulcorantes. Procure ingredientes frescos e aproveite para os confecionar calmamente em família. Opte pelos frutos secos oleaginosos ao natural (sem sal e/ou açúcar) quando pensar em petiscar. Dê preferência às carnes de pasto. Faça os seus doces de natal, preferencialmente utilize metade da dose de açúcar referida na receita – experimente optar por um açúcar mascavado ou de côco, que nutricionalmente são mais interessantes que o açúcar refinado (branco). Se os produtos processados contêm mais do que 4 ingredientes, já têm ingredientes demais! 

4 ABUSE DA CANELA DE CEILÃO

A canela de Ceilão, é uma espécie de canela de melhor qualidade (comparativamente à canela comum ou “canela cássia”) e que pode e deve ser consumida com mais frequência e quantidade. A canela do Ceilão, além de dar um sabor bom às frutas, chás e doçaria, ajuda a reduzir a taxa de glicémia, ou seja, os açúcares no sangue. É muito útil para proteger o corpo de picos elevados de glicémia em diabéticos e não diabéticos aquando do consumo de alimentos ricos em açúcar.

5 PROCURE FUGIR DE FARINHAS REFINADAS

Os doces da época têm principalmente como base farinhas refinadas. Reduzir o consumo de farinhas refinadas de trigo e centeio, que potenciam edema intestinal e aumentam os açúcares, é essencial para passar Dezembro e Janeiro sem precisar alargar o cinto das calças. O consumo diário é o mais preocupante. Além disso poderá optar por comprar as doçarias elaboradas com farinhas integrais ou até confecionar os seus bolos preferidos substituindo algumas farinhas. Por exemplo, substitua as farinhas de trigo por farinha de espelta integral ou farinha de arroz.


6 NÃO BEBA MUITOS LÍQUIDOS À REFEIÇÃO

Preferencialmente deve evitar os refrigerantes (com ou sem açúcar) e as bebidas
alcoólicas, no entanto se beber, faça por não ingerir mais do que 1 copo durante a refeição, o mesmo vale para a água. Tal pode dificultar muito a digestão, aumentando o risco de paragem de digestão e refluxo, sem falar no “catastrófico” peso calórico que se sentirá uns dias depois na balança, pelas gramas de açúcar e/ou álcool excedentes. Se sentir sede opte por tomar chá morno ou como saladas frescas e ricas em água, que incluam: tomate, pepino, talos de aipo e/ou beterraba crua.

7 TOME SUMO DE LIMÃO 

Durante 1 ou 2 semanas, seguidas, tome sumo de 1 limão, com palhinha, em jejum.
O sumo de limão exerce uma ação desintoxicante no fígado e intestino. Torna-se muito útil para prevenir indisposições e refluxo depois das refeições, e previne que os valores de colesterol disparem em menos de um mês.



8 CONSUMA FIBRA TODOS OS DIAS

Que alimentos são ricos em fibra? Flocos de aveia, arroz integral, trigo sarraceno, quinoa, sementes de chia, linhaça, fibra Psyllium entre muito outros. Estes enumerados podem e devem ser consumidos todos os dias com o objetivo de saciar, prevenir picos de açúcar no sangue, o aumento de colesterol, manter a flora intestinal saudável e prevenir fenómenos depressivos. Consuma os alimentos ricos em fibra como acompanhamento ao prato principal, misturados nas doçarias ou em batidos de fruta.

9 MANTENHA O MOVIMENTO

Sim, são dias de maior descontração, mas se tem boas rotinas de exercício físico, sejam no ginásio, a corrida ou a caminhada, mantenha-as. Aproveite os raios de sol que aparecerem e a companhia de familiares para manter o corpo em movimento. O movimento melhora o corpo e mente e ajuda-o a gastar algumas calorias de modo a começar bem o próximo ano.


Estas são as dicas da nutricionista Inês Pereira, que lhe permitem terminar este ano e iniciar o próximo com mais energia e menos quilos extra.



terça-feira, 26 de novembro de 2019

DIA NACIONAL DA ANEMIA - 26 NOVEMBRO

A anemia é uma situação clínica que resulta da diminuição do número de glóbulos vermelhos no sangue ou do conteúdo de hemoglobina no sangue para valores inferiores aos considerados normais

Esta situação é considerada um problema de saúde pública afetando cerca de 25% da população mundial. 

A Associação Portuguesa para o Estudo da Anemia refere que 20% da população portuguesa apresenta anemia (estudo EMPIRE).

A anemia não é um diagnóstico por si só e a sua causa deve ser sempre identificada. No entanto, por ser uma característica comum a várias doenças, de vários sistemas, é muitas vezes subvalorizada e por isso pouco investigada e tratada.

SINAIS E SINTOMAS QUE PODEM SER INDICADORES DE ANEMIA:
Nas fases iniciais, a anemia tende a passar despercebida, sendo confundida com fadiga.

Nas fases mais avançadas, a fadiga apresenta sintomas como:


Se a anemia evoluir sem tratamento, esta tende a agravar outros problemas de saúde, como a insuficiência cardíaca, por exigir um esforço acrescido ao coração.

CAUSAS MAIS COMUNS DE ANEMIA:
  • Falta de ferro decorrente de: tipo de alimentação, hemorragias, aumento das necessidades de ferro (como na gravidez, fases de crescimento rápido e adolescência);
  • Doenças Crónicas como: o cancro, a infeção pelo VIH/SIDA, a artrite reumatóide, a insuficiência renal, interferem na produção de glóbulos vermelhos. Esta também pode ficar alterada em alguns tipos de infeção ou após a utilização de alguns fármacos.
  • Doenças Intestinais que afetam a absorção de nutrientes também aumentam a probabilidade de desenvolvimento de anemia.
  • A prática de atividade física muito intensa, como a corrida, pode associar-se à anemia pela destruição dos glóbulos vermelhos causada pelo impacto repetido.
  • Algumas formas de anemia podem ser hereditárias, como a anemia de células falciformes.
  • Outros fatores: a menstruação, a gravidez, o alcoolismo e o uso de alguns medicamentos são outros fatores a considerar.


Apesar de a anemia por si, não ser considerada uma doença, leva a consequências desastrosas. 

Para a prevenção da anemia é essencial adotar uma dieta equilibrada e saudável, onde se incluam: carne, peixe, frutos e vegetais de folhagem verde. A Vitamina C também tem um papel importante na absorção do Ferro e pode ser obtida na ingestão de citrinos, kiwis e brócolos.

Nas fases de vida em que ocorre maior necessidade de ferro, como é o caso da gravidez, no período de aleitamento, durante a infância e na adolescência, o aporte alimentar pode não ser suficiente, pelo que o médico pode recomendar a toma de suplementos de ferro.

Em caso de dúvida ou na presença de algumas manifestações das acima referidas, procure o seu médico para que seja realizado um despiste e em caso de presença de anemia, este possa procurar a causa e corrigi-la precocemente.


Referências:
  1. Associação Portuguesa para o Estudo da Anemia
  2. American Society of Hematology
  3. Mayo Foundation for Medical Education and Research, Março 2013


domingo, 17 de novembro de 2019

DIA MUNDIAL DO NÃO FUMADOR – 17 de Novembro


A presença de substâncias tóxicas, como os metais pesados, no fumo do tabaco, ficam retidas nos tecidos do organismo, e consequentemente alteram a sua funcionalidade acarretando graves patologias e sintomas muito desagradáveis. 


Apesar de ser de conhecimento geral que o hábito tabágico é nocivo para a saúde dos pulmões, quão nefasto é para a sua saúde urológica e sexual? 

Verifique algumas consequências que o hábito tabágico apresenta ao nível urológico e do aparelho reprodutor: 

MUTAÇÃO CELULAR
Além da nicotina, o tabaco contém metais pesados, que levam à mutação das células, no caso do homem, concretamente da próstata (e outras). A ingestão constante de metais pesados cria condições favoráveis ao crescimento da próstata, o que pode levar ao adenoma e ao cancro desta
Na mulher aumenta o risco de cancro da mama e quando em combinação com contraceptivos hormonais este risco é substancialmente acrescido.

DESEQUILÍBRIO HORMONAL
A nicotina e os agentes cancerígenos do fumo do tabaco inibem a função testicular, pelo que a testosterona no sangue diminui e os valores de estrogénios aumentam. Como resultado, ocorre um desequilíbrio hormonal, que afeta negativamente o funcionamento da próstata e leva ao seu crescimento excessivo.
No caso da mulher a função ovárica fica diminuída, a par de alterações da função do Sistema Nervoso Central, podendo ocorrer: diminuição do desejo sexual, amenorreia, ou sangramento e patologia metabólica.

REDUÇÃO DA IMUNIDADE
O tabagismo suprime o sistema imunológico, o que leva a infeções no sistema geniturinário (no homem e na mulher) e ao desenvolvimento de doença como a uretrite e/ou inflamação da próstata – prostatite (no caso do homem) ou cistite e/ou infeção urinária (no caso do homem e da mulher).

DIMINUIÇÃO DO DESEJO SEXUAL E QUALIDADE DAS RELAÇÕES SEXUAIS
A nicotina afeta negativamente o sistema nervoso humano. Não só reduz os níveis de testosterona (no homem) e estrogénios (na mulher) inibindo a libido, como leva a uma diminuição na qualidade das sensações durante a relação sexual, podendo resultar na ejaculação incompleta ou à sua completa ausência (no que se refere ao homem) e dificuldades na lubrificação e obtenção do orgasmo (quando nos referimos à mulher).


Assim, deve sempre ter em mente que um fumador sofre uma acentuada redução da capacidade imunitária, diminuição da função hormonal e do sistema nervoso central, bem como incorre em maior risco de mutações genéticas, estando assim aumentado o risco de cancro e de contrair infeções, e ainda de perda da função sexual.

Larysa Zorkina
Enfermeira


Referências:
  1. Mirra, A.P. et al. Projeto Diretrizes - Evidências Científicas sobre Tabagismo para subsídio ao poder judiciário, Brasília, DF, 2013. 
  2. U.S. DEPARTMENT OF HEALTH AND HUMANS SERVICES. Public Health Service. Office of the Surgeon General. The Health Consequences of Smoking – 50 years of progress. A report of the Surgeon General. Rockville, MD, 2014
  3. Giusti, André Luis; Interferência do tabaco no sistema imunitário - estado atual e perspectivas - revisão da literatura. ConScientiae Saúde. 2007;6(1): 2007, pp. 155-163; ISSN: 1677-1028. Disponível em: https://www.redalyc.org/articulo.oa?id=929/92960118
  4. http://www.arscentro.min-saude.pt/SaudePublica/Literacia/ProjectoConhecerSaude/Paginas/Tabacoesaude.aspx
  5. https://www.e-konomista.pt/efeitos-do-tabaco/

quarta-feira, 13 de novembro de 2019

EM QUE IDADE OCORRE A IMPOTÊNCIA SEXUAL MASCULINA?


A Disfunção Erétil (DE) é tradicionalmente associada à idade avançada. A ideia de que o envelhecimento no homem leva à impotência sexual é comum. Mas será real? E em que idade?


Muitos estudos têm procurado descrever melhor as características dos homens com DE, confirmando que a idade é um dos principais fatores de risco
Entre os 40-70 anos, cerca de 52% dos homens apresentam DE. Não existe, contudo, uma idade de referência para o início de DE. Por exemplo, concluiu-se que um homem com 40 anos tem 1,8% e outro com 65 anos tem 11,4% de probabilidade de desenvolver DE nos 10 anos seguintes.

Mas isto não significa que o avançar da idade seja fatalmente sinónimo de impotência masculina. A associação da DE com doenças cardiovasculares, depressão, diabetes tipo 2, hipertensão, dislipidémia, HBP, DPOC e patologias do trato urinário é também amplamente conhecida. Como estas patologias são mais frequentes em homens idosos, naturalmente a idade acarreta maiores taxas de DE. 

Assim sendo, mais importante do que a idade, fator que não podemos controlar, a prevenção da DE dever-se-á focar em combater maus hábitos de vida que, comprovadamente, contribuem para a DE, como: 

  • má saúde mental, 
  • obesidade, 
  • sedentarismo, 
  • hábitos tabágicos 
  • consumo de bebidas alcoólicas.


Se sofre de alterações da ereção consulte-nos!!

Jean Gonçalves
Fisioterapeuta



Referências: 


  1. Goldstein, I., Goren, A., Liebert, R., Tang, W. Y., & Hassan, T. A. (2018). 145 Exploratory cluster analysis of US males 40-70 years old focused on erectile dysfunction and associated risk factors, using National Health and Wellness Survey data. The Journal of Sexual Medicine, 15(7), S190–S191. https://doi.org/10.1016/j.jsxm.2018.04.147
  2. Stranne, J., Malmsten, U. G. H., Areskoug, B., Milsom, I., Molander, U., & Peeker, R. (2019). The rate of deterioration of erectile function increases with age: results from a longitudinal population based survey. Scandinavian Journal of Urology, 0(0), 1–5. https://doi.org/10.1080/21681805.2019.1596154

sábado, 2 de novembro de 2019

DIA MUNDIAL DA VITAMINA D - 2 NOVEMBRO



Nos últimos anos, o papel fisiológico da vitamina D tem sido amplamente estudado. A sua função principal está relacionada com o metabolismo do cálcio, sendo esta uma das hormonas responsáveis pela manutenção dos níveis de cálcio sérico, através da promoção da absorção de cálcio e fósforo a partir do intestino e da reabsorção óssea de cálcio. 

Novas investigações apontam que o papel da vitamina D não se restringe apenas ao metabolismo do fósforo e do cálcio mas também se manifesta em várias outras patologias (diabetes, doenças cardiovasculares, esclerose múltipla, cancro, distúrbios psiquiátricos, doenças neuro-muscular, etc). 

Formas de obtenção 

A vitamina D pode ser obtida através de três tipos de fontes: exposição solar, da dieta e da suplementação. A exposição solar assume-se como a principal fonte de obtenção de vitamina D. A pele é capaz de produzir, após exposição às radiações ultravioletas do tipo B (UVB), vitamina D sob a forma de vitamina D3. Devido a este facto, a vitamina D é vulgarmente designada por vitamina do Sol. Há diversos factores que condicionam a síntese da vitamina D na pele (veja quais no tópico “Porquê a necessidade de otimizar?”).

Para uma produção endógena suficiente de vitamina D a exposição deverá ocorrer durante as horas de maior exposição aos UV (11h-16h; ainda que por períodos que não permitam queimaduras solares) e de forma direta, isto é, sem a utilização de protetor solar ou através de vidros ou filtros.

A partir da dieta também se pode obter vitamina D. No entanto, as quantidades obtidas não

conseguem suprimir as necessidades diárias do indivíduo. 

A maioria dos produtos naturais que possuem vitamina D constituem uma fonte pobre desta substância, contribuindo com menos de 10% para a Dose Diária Recomendada (DDR) de vitamina D. Como fontes naturais mais ricas em vitamina D3 destacam-se os óleos de fígado de peixe sendo o de bacalhau e de atum aqueles que possuem um maior conteúdo neste composto. Para além destes alimentos, podem ser também encontradas quantidades satisfatórias de vitamina D3 em partes comestíveis de peixes que apresentam valores elevados de gordura (sardinha, cavala, atum,…), fígado de mamíferos, ovos e produtos lácteos. No caso da vitamina D2, as maiores fontes desta forma de vitamina D são os cogumelos que podem apresentar um teor entre 30 a 100 μg de vitamina D2 por 100 g de produto.


Metabolismo da Vitamina D

O termo vitamina D abrange um grupo de substâncias. As mais conhecidas são colecalciferol (vitamina D3) e ergocalciferol (vitamina D2). 

A vitamina D3 é sintetizada na pele do homem e de animais a partir de 7 -dehidrocoesterol sob influência dos raios UVB.

As Vitaminas D2 e D3 são biologicamente inertes. Para a sua ativação e transformação na forma ativa de vitamina D, esta sofre 2 processos de transformação química (hidroxilação). Estes processos ocorrem no fígado e no rim. 


Diagnóstico e Prevenção

O método mais adequado para a avaliação do nível de vitamina D é a determinação no sangue do seu metabolito 25-hidroxivitamina D (25(OH)D], que reflete a quantidade total de vitamina D, sintetizada na pele a partir de 7-DHC com radiação UVB e obtida a partir de alimentos e suplementos alimentares.

A deficiência de vitamina D, segundo a opinião da Sociedade Internacional de Endocrinologia, é determinada quando o nível de 25(OH)D no sangue é inferior a 20 ng/ml (50 nmol/l), no entanto existem outros critérios (pode verificar no tópico “O que são níveis óptimos?”).

Atualmente existe um grande número de investigações que sugerem vários efeitos positivos da compensação da deficiência de vitamina D nos pacientes com obesidade e síndrome metabólica, diabetes de tipo I e II, doenças crónicas dos rins, doença de Alzheimer e outras formas de demência mental senil, nos pacientes com doenças hepáticas, com depressão, doença de Parkinson, esclerose múltipla, esquizofrenia, entre outros. Existem ainda estudos que indicam efeitos anticancerígenos da vitamina D. 

Para mais informações sobre a vitamina D consulte O Poder da Vitamina D.


Jean Gonçalves
Fisioterapeuta



Referências:

  1. Silva, J. M. E. (2007). Brief history of rickets and of the discovery of vitamin D. Acta Reumatológica Portuguesa, 32 (3)
  2. Lichtenstein, A. et al. (2013). Vitamina D: ações extraósseas e uso racional. Revista da Associação Médica Brasileira, 59 (5)
  3. Holick, M. F. et al. (2011). Evaluation, Treatment, and Prevention of Vitamin D
  4. Deficiency: an Endocrine Society Clinical Practice Guideline. The Journal of Clinical
  5. Endocrinology & Metabolism, 96 (7)
  6. Alves, M., et al. (2013). Vitamina D – importância da avaliação laboratorial. Revista Portuguesa de Endocrinologia, Diabetes e Metabolismo, 8 (1)

quinta-feira, 17 de outubro de 2019

SEXO COMBATE DOENÇAS, QUEIMA CALORIAS, MELHORA O SONO E O HUMOR



Uma vida sexual ativa pode trazer uma série de benefícios, além do prazer durante a relação sexual, estudos associam-na a uma melhoria significativa da saúde em geral. 

A prática regular da atividade sexual traz benefícios para a saúde física e emocional e por consequência afeta positivamente outros sistemas como o cardiovascular, o neurológico e o imunológico.

Para alcançar esses benefícios os parceiros devem estar à vontade um com o outro para haver demonstrações de carinho e afeto durante a intimidade porque o contacto sexual é complexo e envolve o corpo, a mente e as emoções.

Durante o processo de excitação, a mulher produz estrogénio e o homem testosterona, hormonas que preparam os parceiros para a relação sexual. Perante esta libertação de substâncias químicas, a circulação sanguínea aumenta, o coração acelera, os pêlos arrepiam, a pele fica mais corada e a região genital dilata-se devido ao aumento da concentração de sangue nesta região.

Além disso durante a relação sexual são libertadas várias outras hormonas e neurotransmissores que atuam na redução do nível de stresse (avalie o seu stresse físico), na melhoria do sono, do humor e do sistema imunitário. 

O sexo é uma atividade naturalmente prazerosa que pode impulsionar o bom humor, regular a ansiedade e reduzir os sinais de stresse. A libertação de dopamina e endorfina no cérebro durante a relação sexual aumenta o prazer e a sensação de bem-estar.

Pessoas com uma vida sexual ativa tendem a parecer alguns anos mais jovens do que realmente são. O efeito rejuvenescedor deve-se à secreção da hormona do crescimento humano (HGH) e de endorfinas durante o sexo, que ajudam a prevenir rugas e flacidez.(verifique os seus níveis de HGH)

Durante a relação sexual e o orgasmo, é libertada oxitocina (hormona do amor) que intensifica as sensações de prazer e é responsável pela sensação de relaxamento e sonolência. Ocorre a diminuição dos níveis de cortisol (hormona do stresse) e a libertação de endorfinas, o que promove uma sensação de bem-estar e relaxamento.

O estado de calma e tranquilidade tem um efeito prolongado, podendo durar por vários dias após o sexo. O motivo é que as ações dos neurotransmissores agem no organismo com mais regularidade e em maior quantidade.
Durante as relações sexuais há um aumento da circulação sanguínea, o que contribui para um melhor funcionamento cardíaco, e como consequência há uma redução da tensão arterial durante o repouso e melhor contração do coração durante o esforço.
O sexo com orgasmo atua como um analgésico natural porque liberta endorfinas e oxitocinas na corrente sanguínea, bloqueando a perceção da dor: muscular, de cabeça, etc..

Durante o orgasmo, os músculos pélvicos são ativados, o que ajuda a fortalecer o pavimento pélvico. A não utilização ou enfraquecimento dos músculos dessa região está associado a problemas de infeção e incontinência urinárias. Além disso, um pavimento pélvico forte garante orgasmos mais intensos e duradouros.
Além de todos esses benefícios da atividade sexual para a saúde, tanto do homem quanto da mulher, ainda promove o fortalecimento do sistema imunológico do corpo. Isto ocorre pela libertação de maiores níveis de Imunoglobulina A (IgA), que protege o organismo contra infeções e inflamações.

Outro benefício da prática sexual é que pode ser um ótimo exercício para queimar calorias. Está comprovado que cerca de trinta minutos de sexo queimam aproximadamente 90 calorias. Com isso, uma vida sexual ativa pode trazer até resultados de perda de peso.

Porém, a forma como dormimos influência diretamente na vida sexual. Durante o sono as nossas hormonas restabelecem-se, portanto, a privação do sono pode diminuir a líbido, sendo esta associada a uma diminuição dos níveis de testosterona e estrogénios
Um estudo publicado no The Journal of Sexual Medicine em 2015, demonstrou que a própria duração do sono se relaciona com o desejo sexual. Uma hora de sono extra aumentava em 14% as probabilidades de uma relação sexual no dia seguinte.


É importante destacar o uso de preservativo durante as relações sexuais como forma de prevenir a Prostatite ou outras doenças sexualmente transmissíveis.



Henrique Pedroso
Fisioterapeuta

Se sente que a sua vida sexual está alterada? Consulte, o quanto antes, um especialista que o/a possa orientar na recuperação do seu Poder e Qualidade de Vida!!

Referências:
  1. https://veja.abril.com.br/saude/saiba-como-uma-vida-sexual-ativa-pode-beneficiar-a-saude/
  2. http://visao.sapo.pt/actualidade/sociedade/2019-06-15-A-ligacao-entre-o-sono-e-o-sexo-explicada-pela-Ciencia-em-5-perguntas-e-respostas
  3. https://saude.abril.com.br/bem-estar/9-razoes-medicas-para-se-fazer-sexo/
  4. https://lifestyle.sapo.cv/amor-e-sexo/artigos/20-beneficios-do-sexo-para-a-saude
  5. https://www.minhavida.com.br/bem-estar/listas/11730-8-beneficios-do-sexo-para-a-saude
  6. https://www.tuasaude.com/beneficios-do-sexo-para-saude/



terça-feira, 1 de outubro de 2019

DIA INTERNACIONAL DO IDOSO



O dia internacional do idoso foi instituído em 1991 pela Organização das Nações Unidas (ONU) e tem como objetivo sensibilizar a sociedade para as questões do envelhecimento e a necessidade de proteger e cuidar a população mais idosa.

Nos últimos 40 anos a população idosa portuguesa duplicou. Presentemente, representa cerca de 17,1% da população total e nas previsões do Instituto Nacional de Estatística (INE) para o ano 2050 corresponderá a 32% do total da população do país. Portugal será, então, o quarto país da União Europeia com maior percentagem de idosos.

Com a elevação da esperança de vida, a chamada terceira idade esticou bastante. Isso aconteceu por vários motivos, mas os principais são os avanços da medicina e as melhorias na qualidade de vida. 

O envelhecimento é considerado um processo dinâmico e progressivo, no qual ocorrem modificações morfológicas, funcionais, bioquímicas e psicológicas que determinam perda de capacidade de adaptação do indivíduo ao meio ambiente, ocasionando maior vulnerabilidade e maior incidência de processos patológicos.

O envelhecimento não é um problema, mas uma parte natural do ciclo de vida, sendo desejável que constitua uma oportunidade para viver de forma saudável e autónoma por mais tempo possível.

A Medicina Antiaging não é capaz de parar o tempo, mas pode atrasar o relógio biológico, reduzindo substancialmente o envelhecimento. Desta forma, minimiza a probabilidade de surgirem patologias, uma vez que repomos e recebemos todas as matérias-primas necessárias e indispensáveis ao equilíbrio humano.

Manter uma alimentação equilibrada e adequada, praticar exercício físico, reduzir o stress, evitar fatores de risco como o consumo de álcool e tabaco, repor e otimizar as hormonas que se vão perdendo gradualmente, são alguns dos pilares desta nova medicina capaz de melhorar a qualidade de vida à medida que o tempo avança.


Henrique Pedroso
Fisioterapeuta



Referências:

  1. https://educacao.uol.com.br/datas-comemorativas/1001---dia-internacional-do-idoso.htm
  2. https://www.ordemenfermeiros.pt/arquivo-de-páginas-antigas/dia-internacional-da-pessoa-idosa-texto-ceec/
  3. https://www.clinicadopoder.pt/pt/especialidades/anti-aging/medicina-anti-aging
  4. https://www.clinicadopoder.pt/pt/especialidades/anti-aging/envelhecimento

quarta-feira, 4 de setembro de 2019

Dia Mundial da Saúde Sexual


A Associação Mundial para a Saúde Sexual (WAS - World Association for Sexual Health), declara que a saúde sexual é um estado de bem-estar físico, emocional, mental e social relacionado à sexualidade; não é meramente a ausência de doença, disfunção ou enfermidade. A Saúde sexual requer uma abordagem positiva e respeitosa para com a sexualidade e relacionamentos sexuais, bem como a possibilidade de ter experiências sexuais prazerosas e seguras, livres de repressão, discriminação ou violência.

O dia mundial da Saúde Sexual tem sido assinalado desde 2010 e tem convidado o público em geral e profissionais de saúde a unirem-se para promover a saúde sexual, o bem-estar e os direitos de todos.

Este ano o tema é “Educação sexual para todos: uma ponte para a saúde sexual”. Destacando a importância da uma educação integral da sexualidade, para todas as idades, grupos e contextos. Tendo como objetivo ressaltar que todas as pessoas devem ter acesso a educação sexual.

Todas as pessoas têm direito a educação e a uma educação integral da sexualidade, que deve ser apropriada à idade, cientificamente correta, culturalmente competente e baseada nos direitos humanos, na igualdade de género com enfoque positivo na sexualidade e no prazer.

A Associação Mundial para a Saúde Sexual reconhece que os direitos sexuais são baseados na liberdade, dignidade e igualdade inerente a todos os seres humanos.

O prazer é parte integrante dos direitos sexuais da mulher e do homem. É também um fator de equilíbrio e bem-estar físico, psicológico, intelectual e social. De facto, revela-se tão importante que a sua falta abala a vida sexual da mulher e do homem, causando danos ao organismo a vários níveis.


Henrique Pedroso
Fisioterapeuta

Referências:
  1. http://visao.sapo.pt/opiniao/bolsa-de-especialistas/2018-09-04-Dia-Mundial-da-Saude-Sexual-Em-defesa-dos-Direitos-Sexuais
  2. http://www.worldsexology.org/
  3. http://www.diamundialsaludsexual.org/
  4. https://www.clinicadopoder.pt/pt/especialidades/saude-sexual-feminina