segunda-feira, 13 de julho de 2020

COVID-19: «INSISTIR E NÃO DESISTIR NA PROTEÇÃO INDIVIDUAL E COLETIVA»


Perante a situação epidemiológica nacional e internacional, o Gabinete de Crise da Ordem dos Médicos (OM) para a Covid-19 emitiu esta terça-feira um documento com recomendações, salientando que «a pandemia SARS-CoV-2 não terminou e, na presente data, a nível global o número de casos confirmados ultrapassa os 9 milhões e o dos óbitos aproxima-se dos 500.000».

Quanto ao nosso país, «a maioria da população permanece suscetível e todos estão em risco de contrair formas graves de doença e eventuais sequelas, cuja evolução da doença ainda não permite clarificar», sublinha a OM. Aliás, refere o organismo, «os números de casos de Covid-19 registados na última semana colocam Portugal com o segundo pior rácio de novas infeções por cada 100 mil habitantes entre os 10 países europeus com mais contágios, apenas atrás da Suécia». Desta forma, considera a OM que «o desconfinamento em curso, deve exigir a todos, inclusive à população supostamente de menor risco, a máxima responsabilidade e a estrita adesão às medidas de saúde pública em vigor, de modo a evitar retrocessos com consequências muito prejudiciais para o país».

A Ordem observa ainda que a afirmação que há mais casos positivos no nosso país porque se testa mais, «está descontextualizada e é socialmente desadequada ao promover a falsa sensação de segurança de que nos outros países há mais casos do que os reportados», prejudicando «o cumprimento das medidas de contenção da doença».

Relativamente ao combate aos novos surtos, nomeadamente na região metropolitana de Lisboa, a instituição defende «uma melhor caracterização dos indicadores epidemiológicos locais e nacionais, processos mais céleres de deteção e atuação, os recursos necessários, nomeadamente o reforço das equipas de saúde pública, bem como medidas de apoio social e o envolvimento das estruturas comunitárias locais na sensibilização da população».

Além disso, o organismo defende «clareza e coerência entre todas as medidas, nomeadamente, nas viagens aéreas, ajuntamentos e eventos de massas, fundamentais no envolvimento e cumprimento das medidas de saúde pública pela população».

Em suma, e no momento atual, o Gabinete de Crise considera ser «absolutamente essencial» manter ou implementar medidas a nível nacional que possam mitigar e eliminar a Covid-19, nomeadamente o uso obrigatório de máscara em locais públicos; o distanciamento social de 2 metros em locais públicos; as medidas de higiene preconizadas pela DGS; evitar reuniões/encontros com mais de 10 pessoas; adiar festas públicas, que não possam cumprir as medidas de segurança coletiva; manter estádios sem adeptos; nos aviões e aeroportos reforçar as medidas de segurança e proteção individual e coletiva, incluindo a generalização da tripla avaliação epidemiológica, e a possibilidade de testar e de quarentena em todos os casos que o justifiquem; nos centros comerciais, escolas, lares e praias cumprir de forma escrupulosa as medidas em curso; implementar nos locais de trabalho horários desfasados para os colaboradores, o teletrabalho quando adequado, e as medidas preconizadas pela DGS; implementar aplicação digital que ajude no rastreio de contactos ao nível do internamento e da saúde pública; e uma «comunicação clara, transparente, objetiva e centrada nas medidas preventivas».

Fonte: Tempo Medicina Quarta-Feira, 24 de Junho de 2020


segunda-feira, 18 de maio de 2020

PANDEMIA MOSTROU A IMPORTÂNCIA DOS SISTEMAS DE SAÚDE DE ACESSO UNIVERSAL

O ex-ministro da Saúde Adalberto Campos Fernandes considera que os países aprenderam com a pandemia a importância de ter sistemas de saúde de acesso universal para responder a situações inesperadas, mas também às necessidades da população.

«As lições que se tiram deste período ultrapassam em muito a dimensão nacional, são lições globais porque em grande medida, na maior parte dos países, fica claro o apelo que a Organização Mundial de Saúde tem vindo a fazer há muitos anos de se implementarem sistemas de cobertura geral e de acesso universal», disse o ex-governante em entrevista à agência Lusa.

O médico e ex-administrador hospitalar afirmou que na Europa os países que têm respondido melhor à pandemia são os que «tinham uma reserva funcional positiva dos seus sistemas de saúde».

«Quando falo de sistemas de saúde não falo apenas da componente de prestação de cuidados, porque nesta matéria é também muito importante a dimensão da saúde pública como componente do sistema que aborda as questões a montante no controlo da transmissão das doenças e da sua monitorização», explicou.

Contudo, salientou, «não há dúvida nenhuma de que, olhando para o mundo, para os Estados Unidos, Reino Unido, para França, Itália para Espanha, rapidamente todos os governos perceberam a importância de ter sistemas de saúde de raiz pública com uma forte componente pública que respondam por situações destas, que são situações inesperadas e de pandemia, mas também pelas respostas às necessidades de saúde dos cidadãos».

Para o ex-governante, todos os Estados têm de considerar que «a saúde não é de facto uma despesa inútil, que é um fortíssimo investimento até na economia».

«Nós temos a economia parada, temos um risco de uma recessão económica brutal, temos perspetivas de desemprego, de quebra de rendimentos e tudo isto por razões sanitárias», salientou.

Adalberto Campos Fernandes disse acreditar que vai haver uma mudança de paradigma que vai correr o mundo, desde a Europa e que mais tarde ou mais cedo chegará também aos Estados Unidos.
Os Estados Unidos são hoje «o exemplo concreto» do que é um país que não tem um sistema de saúde estruturado, bem organizado, capaz de responder às necessidades das pessoas.

«Vemos pessoas a morrerem por falta de assistência médica, por falta de cobertura financeira, o que é absolutamente inadmissível», lamentou.

Especialista em saúde pública, referiu ainda que após esta pandemia vai haver muitas mudanças desde logo «a relação social, o funcionamento das instituições e a prestação de cuidados de saúde irão ser diferentes».

Fonte: Univadis.pt

quinta-feira, 7 de maio de 2020

MENOPAUSA: REFLEXÃO

Há muitos medos e mitos em torno da terapia de substituição hormonal (HST). Neste artigo iremos compreender o processo, com base nas experiências de mulheres que utilizaram a terapia assim como em dados das pesquisas disponíveis e com a revisão da literatura.

Muitos afirmam que as hormonas são prejudiciais porque são sintéticas. Mas hoje em dia, podem ser usadas apenas hormonas bio idênticas que são semelhantes às existentes no nosso organismo, não só em estrutura como em funções, sendo por isso: mais seguras, mais eficazes e mais fáceis de otimizar.

As hormonas foram estudadas suficientemente bem, muito melhor do que qualquer outra substância do nosso corpo. O seu estudo começou nos anos 30 do século passado. Atualmente, a literatura científica conta com dezenas de milhares de publicações sobre este tema.

É uma opinião muito comum que, se a natureza inventou a menopausa, que assim a devemos viver. Infelizmente, muitas vezes vemos relutância do médico em interferir no "processo biológico natural", o que se deve à falta de conhecimentos básicos sobre a menopausa e as indicações para administração de TSH. Isto leva a que muitas mulheres não tenham conhecimentos das oportunidades modernas que existem para melhorar a qualidade de vida na menopausa, prevenir o desenvolvimento de muitas doenças, e da assistência que os médicos podem prestar durante este período difícil da vida da mulher. 

Tudo depende dos objetivos que as mulheres estabelecem para si próprias ou da sua ausência. Pensar na longevidade ativa ou escolher demência senil depois de 80 anos. Por isso, devem ser feitos todos os esforços para assegurar a produção natural das hormonas, pois são sempre melhores 

As mulheres queixam-se frequentemente do aumento de peso durante a menopausa. No entanto, não é das hormonas bio idênticas que ganham excesso de peso. Podem engordar devido ao stress oxidativo em que o corpo se encontra e que resulta de várias deficiências (ou seja, o processo de fornecimento de energia no corpo é ineficaz, acumula muitas toxinas, e o corpo, sendo inteligente, tenta desintoxicar-se, absorvendo água da corrente sanguínea para o seu espaço intracelular, e nem sempre consegue remover tudo; provocando inchaço e consequente aumento de peso). Se uma mulher já apresenta excesso de peso devido a alterações no equilíbrio hormonal relacionados com a idade, estes medicamentos irão ajudá-la a perder peso. 

Outro mito é que a TSH pode causar problemas cardiovasculares e trombose. O risco é mínimo e a eficácia da terapia é maximizada nos estados iniciais da menopausa: afrontamentos, taquicardia, insónias, síndromes urogenitais. 

E outro mito comum é que a terapia de reposição hormonal pode provocar cancro. O último guia, publicado pela Sociedade Internacional de Menopausa (International Menopause Society — IMS), fornece informação de que o risco de cancro da mama no contexto da toma de TSH é <1 por 1000 mulheres por ano, o que não excede a probabilidade do desenvolvimento da patologia sob a influência de vários fatores ambientais ou estilo de vida. 

Todos os medos são mitos. 

A reposição hormonal com TSH permite a eliminação de sintomas como afrontamentos, taquicardia, irritabilidade, desatenção, esquecimento, diminuição da líbido; numa fase inicial (pré-menopausa) ou durante a transição para a menopausa ajudando a irradicar e controlar os sintomas como  secura na vagina, incontinência, rugas, secura, queda de cabelo e outros, que podem aparecer 2 a 4 anos após a menopausa. 

A reposição com TSH diminui orisco de desenvolvimento da artrite, aterosclerose, osteoporose e doença de Alzheimer. 

Mas o mais importante, a TSH pode ajudar na manutenção da qualidade de vida.

quinta-feira, 30 de abril de 2020

SLAVOJ ZIZEK: "PODE A COVID-19 LEMBRAR-NOS QUE O SEXO É UM CANAL IMPORTANTE PARA A ESPIRITUALIDADE?"

Sobre o impacto que a atual pandemia terá na sexualidade e nas relações, o filósofo esloveno acredita que "uma nova apreciação da intimidade sexual emergirá da epidemia".

A epidemia do novo coronavírus "dará certamente um impulso aos jogos sexuais digitais", mas esperamos que conduza também a "uma nova apreciação da intimidade física" e recorde à humanidade que "o sexo entre duas pessoas é um meio para a espiritualidade", afirma o filósofo esloveno Slavoj Zizek, num recente artigo de opinião para a RT.

Zizek refere-se a duas das recomendações do Serviço de Saúde Irlandês que emitiu diretrizes sobre práticas sexuais durante o tempo do coronavírus e sugere que as pessoas "considerem fazer uma pausa nas interações cara-a-cara e físicas" e, em vez disso, "namorar por vídeo, sexting ou conversar" para satisfazer as suas necessidades sexuais.


Além disso, as autoridades sanitárias irlandesas indicam que "a masturbação não propagará o coronavírus, especialmente se lavar as mãos (e quaisquer brinquedos sexuais) com água e sabão durante pelo menos 20 segundos antes e depois".

Zizek salienta que se trata de "conselhos de bom senso razoáveis para uma época de epidemias espalhadas por contacto corporal", mas salienta que "estas recomendações apenas concluem o processo que já estava a acontecer com a progressiva digitalização das nossas vidas: as estatísticas mostram que os adolescentes de hoje passam muito menos tempo a explorar a sua sexualidade do que a navegar na Internet".

Luxúria, amor e masturbação em tempos de epidemia.

O filósofo acredita que "quando se faz amor com alguém que se ama realmente, tocar o corpo do casal é crucial". "Portanto, é preciso mudar a sabedoria comum segundo a qual a luxúria sexual é corporal enquanto o amor é espiritual: o amor sexual é mais corporal que o sexo sem amor", escreve Zizek.

A sabedoria é que a luxúria sexual limitará a sexualidade e promoverá o amor, "uma admiração distante da pessoa amada que permanece fora de contacto".

E responde que "as epidemias vão definitivamente dar um impulso aos jogos sexuais digitais sem contacto corporal". "No entanto, esperemos que da epidemia surja uma nova apreciação da intimidade sexual".

"A masturbação diante de imagens pornográficas duras é pecaminosa, enquanto o contacto corporal é um caminho para a espiritualidade", conclui o filósofo.

Russia Today

ORDEM DOS MÉDICOS INSISTE COM O MINISTÉRIO DA SAÚDE NA REATIVAÇÃO DOS CONCURSOS MÉDICOS

Ordem dos Médicos insiste com Ministério da Saúde para retomar a 1ª época de avaliação final do Internato Médico e reativar todos os concursos médicos.

A Ordem dos Médicos apelou ao Ministério da Saúde que reagende as provas de avaliação final do Internato Médico, assim como os procedimentos concursais para assistente graduado sénior e para obtenção do grau de consultor da Carreira Médica, anulando a suspensão e resgatando a Carreira Medica.

Os médicos, e em especial os médicos internos, não podem continuar à espera, nem podem continuar a ser prejudicados por estarem impedidos de progredir na Carreira. Já lhes basta serem de forma reiterada subavaliados e desvalorizados no seu conhecimento, competências e responsabilidade pelo Ministério da Saúde, mesmo quando estão na linha da frente e na retaguarda de uma guerra biológica como a que vivemos, com todos os riscos inerentes conhecidos para si e para as suas famílias.

Atenta a situação atual de pandemia provocada pelo vírus SARS-CoV-2 e face à premência de realizar os exames de avaliação final de todas as especialidades médicas, assim como os concursos para habilitação ao grau de Consultor ou à categoria de Assistente Graduado Sénior, a Ordem dos Médicos recomenda que, sem prejuízo de poderem ser realizados presencialmente, cumprindo as regras em vigor, os exames se realizem por videoconferência e que a prova prática seja substituída por casos clínicos, a título excecional dadas as atuais circunstâncias.

Com o intuito de colaborar e facilitar este processo, a Ordem dos Médicos coloca desde já à disposição das Unidades Hospitalares, Direções dos Colégios de Especialidade, Júris e Candidatos, os seus sistemas de videoconferência e as suas instalações nas regiões norte, centro e sul, para a realização dos referidos exames. Deixamos também como sugestão a possibilidade de os referidos exames poderem ser realizados nas instalações das ARS, da ACSS e das Sociedades Científicas (caso nenhuma destas entidades se oponha a que tal possa ser possível).

Num momento em que diariamente nos sujeitamos a riscos elevados para lutarmos pela saúde de todos os portugueses, é fundamental que o Ministério da Saúde dê sinais concretos aos médicos de que reconhece a sua importância e valor, nomeadamente respeitando a progressão na carreira dos mais novos, mas também dos mais experientes, dos quais depende o ensino e a transmissão do conhecimento. Só o trabalho e dedicação de todos – médicos internos e especialistas – é que nos tem permitido responder de forma exemplar a esta pandemia.

Porto, 24 de abril de 2020

terça-feira, 28 de abril de 2020

MÉDICOS DE SAÚDE PÚBLICA DEFENDEM CONTINUAÇÃO DO ESTADO DE EMERGÊNCIA

O presidente da Associação Nacional dos Médicos de Saúde Pública, Ricardo Mexia, defendeu esta quinta-feira que o estado de emergência não deve ser levantado no início de maio se o cenário epidemiológico da Covid-19 for idêntico ao atual. Responsáveis políticos, parceiros sociais e epidemiologistas vão avaliar na próxima terça-feira a situação epidemiológica no país e, no dia seguinte, a 29 de abril, o Conselho de Ministros irá definir orientações para, de forma gradual e em segurança, se começar a retirar várias restrições que têm vigorado, segundo o primeiro-ministro, António Costa.
Mas, para Ricardo Mexia, esta ainda não é a altura certa para o levantamento do estado de emergência porque «o cenário epidemiológico é muito semelhante» ao que existia quando este foi renovado. «Se se mantiver esta situação eu acredito que daqui a uma semana, quando for a altura de reavaliar, não vai ser o momento de levantar as restrições na medida em que não tivemos um verdadeiro decréscimo do número de casos», sublinhou o responsável à agência Lusa. 

 O presidente da ANMSP explicou que «tem havido uma estabilização [do número de casos] que, obviamente, é melhor do que ter um crescimento exponencial, mas isso não quer dizer que os números estejam a baixar de forma clara». 

Sobre a necessidade de retomar gradualmente a atividade económica, Ricardo Mexia afirmou que «a economia beneficia da saúde tal como a saúde também beneficia de uma economia que seja forte e em crescimento». 

 «A grande questão é que num cenário em que nós levantemos as restrições cedo demais, podemos depois vir a pagar o preço disso como já aconteceu em alguns países e, portanto, temos de aprender também com a experiência de outros contextos e aplicá-la também a nosso favor», argumentou o especialista, defendendo nesse sentido, ser necessário «avaliar de forma muito rigorosa qual é a situação epidemiológica para tomar uma decisão fundamentada para quando for possível reduzir as restrições». 

Recorde-se que Portugal cumpre o terceiro período de 15 dias de estado de emergência, iniciado a 19 de março, e o decreto presidencial que prolongou a medida até 2 de maio prevê a possibilidade de uma «abertura gradual, faseada ou alternada de serviços, empresas ou estabelecimentos comerciais». 

Tempo Medicina Sexta-Feira, 24 de Abril de 2020

segunda-feira, 20 de abril de 2020

DESCOBREM UM SINTOMA RARO QUE PODE INDICAR UM CORONAVÍRUS, ESPECIALMENTE NOS JOVENS


Embora não seja típico, podem ser observados diferentes tipos de manifestações cutâneas em pacientes que contraíram Covid-19.

Para além da febre, tosse seca, dificuldades respiratórias e outros sintomas menos comuns, como diarreia, perda do olfato ou do paladar, o novo coronavírus pode manifestar-se no organismo com erupções cutâneas e dermatoses infeciosas, segundo a investigação.

Segundo o estudo, liderado pelo dermatologista italiano Sebastiano Recalcati, do Hospital Alessandro Manzoni de Lecco (Lombardia, Itália), aceite para publicação no Journal of the European Academy of Dermatology and Venereology, 20,4% de um total de 88 pacientes examinados - 18 pessoas - desenvolveram manifestações cutâneas.

Oito deles apresentaram irritações cutâneas no início da doença, enquanto os outros dez as experimentaram após a sua hospitalização. Os problemas de pele variaram entre eritematoses (em 14 pacientes), urticária generalizada (em 3 pacientes) e vesículas do tipo varicela (1 paciente). A parte do corpo mais afetada foi a zona do tronco.

O autor do estudo observa que não houve correlação entre estas manifestações e a gravidade da Covid-19 e que normalmente cicatrizam em poucos dias, enquanto os pacientes quase não sentiram qualquer comichão na pele.

No entanto, é difícil determinar se estas manifestações cutâneas foram causadas pelo coronavírus. A este respeito, a Academia Espanhola de Dermatologia e Venerologia (AEDV) chamou a atenção para um estudo realizado por dermatologistas chineses no Third Affiliated Hospital of Sun Yat-sen University, em Cantão, que indicava que poderia ser uma reação alérgica aos medicamentos com que tratam os doentes.

Para aliviar os sintomas, os médicos receitam frequentemente antibióticos ou outros medicamentos, na ausência de medicamentos específicos para curar a Covid-19, e não é raro os doentes desenvolverem urticária, vasculite urinária ou outros problemas de pele como resultado da sua toma.

Os cientistas chineses observaram também que algumas doenças de pele diagnosticadas anteriormente, como a rosácea, o eczema, a dermatite atópica ou a neurodermatite, podem ser agravadas pelo stress emocional.

Por seu lado, o estudo da Lombardia também recorda que as manifestações cutâneas observadas nas pessoas infetadas pelo SRA-CoV-2 são semelhantes às que podem surgir durante qualquer infeção viral.

Irritações dos pés nas crianças e nos jovens

No início de Abril, o dermatologista espanhol Pablo Luis Ortiz Romero, do Hospital Universitário 12 de Octubre em Madrid, partilhou no seu Twitter imagens de lesões dermatológicas que surgiram nos pés de um jovem que estava em contacto íntimo com um homem infetado pela SRA-CoV-2 e que não tinha febre, apenas uma pequena tosse.

"Os colegas internacionais estão a assistir a casos semelhantes com coronavírus confirmado", afirmou. No entanto, explicou que não há certeza de que a causa seja o novo coronavírus, sublinhando que "o facto de estarem associados não indica causalidade".
Ortiz Romero acrescentou que "a maioria dos casos são assintomáticos ou com poucos sintomas" e "as lesões parecem melhorar espontaneamente", enquanto "o tratamento poderia acelerar a evolução, mas não seria essencial".


Entretanto, Txema Almela, médico e ex-presidente do Real Murcia, acrescentou que as manifestações cutâneas do Covid-19 são mais típicas em jovens com menos de 20 anos, que por vezes apresentam acroisquemia na parte dorsal e lateral dos dedos das mãos e dos pés.

Ele também observou que é "mais frequente em crianças e adolescentes, embora também possa ser visto em adultos" e acredita-se que "pode ser devido a fenómenos microtrombóticos".

quarta-feira, 15 de abril de 2020

COMO OTIMIZAR E PREVENIR LESÕES DURANTE O TELETRABALHO

A Ergonomia é muito importante para o desenvolvimento de qualquer atividade de trabalho, inclusive em teletrabalho. Adequar o local trabalho às funções que vai desempenhar e os seus métodos, assim como a manutenção de uma boa postura evitam desconfortos musculares no final do dia.

Por isso é muito importante ter disciplina, não só para o trabalho ser produtivo, mas para manter uma relação saudável com o próprio corpo.

A escolha do local onde o trabalho será desempenhado é de extrema importância para manter a concentração necessária para realização das tarefas. Não utilize o sofá, a cama, ou a mesa de jantar para desempenhar as atividades laborais, pois é praticamente impossível adaptá-los ao trabalho contínuo com o computador.

Portanto deve ser um espaço exclusivo para trabalhar, preferencialmente silencioso e com boa iluminação. Preferencialmente a luminosidade natural do dia. Procure que o espaço na mesa esteja arrumado e com os objetos que usa com mais frequência,  próximos de si quanto possível.

Realize pequenas pausas a cada hora de trabalho ou quando finalizar uma tarefa mais complexa. As pausas, a alteração da posição corporal contribuem para o relaxamento muscular e para a saúde dos olhos.

Para prevenir dores, mobilize os músculos de forma lenta, alongue o pescoço, inclinando-o para um lado e para o outro e leve o queixo ao peito, por exemplo. Circule dentro de casa, faça pequenos alongamentos também nas mãos, punhos, braços e nas pernas.

Além de corrigir a postura e fazer os alongamentos, a Sociedade Portuguesa de Patologia da Coluna Vertebral recomenda a prática de exercício físico para fortalecer os músculos que têm “uma função fundamental para a coluna”.

Vale salientar que manter uma postura confortável e saudável é importante, pois esta poderá afetar não somente a sua produtividade de forma geral, mas também influenciar no conforto ao usar o computador, além de ajudar a prevenir possíveis doenças osteomusculares.

Neste período de quarentena para prevenção do novo Coronavírus, é muito importante manter boa alimentação, a higienização frequente das mãos, dos equipamentos e mobiliários de trabalho. Tenha um tempo para se exercitar e lembre-se que se deve manter saudável assim como a sua família.




Fisioterapeuta Henrique Pedroso 

Referências:






terça-feira, 14 de abril de 2020

REVISÃO DA EVOLUÇÃO DA PANDEMIA - COVID 19

Devido à rápida mudança da natureza da pandemia COVID-19, gostaríamos de partilhar consigo alguns dos artigos mais impactantes e clinicamente relevantes.

Este é um retrato das melhores práticas emergentes durante uma pandemia em rápida evolução. Toda e qualquer informação atualmente disponível relacionada com a COVID-19 está sujeita a alterações à medida que mais detalhes forem ficando disponíveis. Algumas das informações abaixo indicadas podem também ser contraditas pelas autoridades de saúde locais ou mundiais. 


Esperamos que esta informação seja útil para percebermos um pouco melhor os contornos sinuosos e por vezes aparentemente contraditórios da evolução da Pandemia entre nós e no quadro mais geral da Europa e do Mundo.

 1. A Alemanha é o líder em camas de cuidados intensivos: De acordo com um relatório recente, mesmo antes do início da crise, a Alemanha tinha 33,9 camas de cuidados intensivos por 100.000 habitantes, ou seja, um total de cerca de 28.000. Em Itália (8,6), em Espanha (9,7), em Portugal em 2010, (4,2).

2. Um grupo de investigadores italianos comenta a ideia do uso profilático de cloroquina e hidroxicloroquina em grande escala para fazer face à pandemia da COVID-19. As principais preocupações dos peritos são as seguintes: 

Se é ético propor a administração de cloroquina ou de hidroxicloroquina para evitar a propagação da COVID-19 sem dados médicos baseados em provas para a apoiar.
No que respeita ao princípio "não causar danos", se existe um risco, embora "controlado", em caso de pandemia.  

Na ausência de contra-indicações, poderiam estes medicamentos ser candidatos ideais para a profilaxia de pessoas saudáveis em regiões de risco ou para pessoas positivas mas assintomáticas como terapias baratas e seguras?

Na pendência de dados científicos sólidos, a comunidade científica está a avaliar o uso profilático de medicamentos antimaláricos. Se esta abordagem for aceite globalmente, as existências de cloroquina e hidroxicloroquina podem não ser suficientes.

3. Um dilema ético: quem se salva? Antes impensável, agora é necessário realizar discussões e os médicos já têm uma grande necessidade de orientação. No Reino Unido, a orientação com um quadro ético foi atualizada pela última vez em 2017 e mencionada: "toda a gente é igual - mas isto não significa que todos sejam tratados da mesma maneira". Organizações profissionais, como a British Medical Association e o Royal College of Physicians, também estão a criar orientações para os seus membros. 


4. As autoridades da UE estão a trabalhar com a cadeia de abastecimento farmacêutico para atenuar e prevenir a escassez de medicamentos para a COVID-19. 

5. Um novo estudo mostra que os pacientes com diabetes correm um risco mais elevado de pneumonia grave, lesões dos tecidos e inflamação excessiva. Os principais resultados incluem o facto de (1) com diabetes, mais alterações patológicas na TAC do tórax, escores de imagem mais elevados e (2) os pacientes com diabetes terem taxas mais elevadas de pneumonia grave, enzimas relacionadas com lesões teciduais, respostas inflamatórias excessivamente descontroladas e estado hipercoagulável.

Fonte:

Recolhido de UNIVADIS e respeitante à semana que terminou em 10.04.2020

segunda-feira, 13 de abril de 2020

EXERCÍCIO FÍSICO E SAÚDE SEXUAL MASCULINA

A saúde sexual masculina refere-se a um completo bem-estar físico, mental e social relacionado com a sexualidade. No caso do homem, os problemas mais comuns são os do foro erétil ou ejaculatório. Dentro destes, a disfunção erétil (DE) é uma causa considerável de deterioração da qualidade de vida masculina. Caracteriza-se pela incapacidade de obter e manter uma ereção por um tempo que permita a satisfação sexual do indivíduo e do parceiro. Afeta 1/3 da população masculina, prevalência que aumenta com a idade. Os estudos epidemiológicos concluem que são fatores de risco para a DE: sedentarismo, obesidade, hipertensão, síndrome metabólico, aterosclerose e doenças cardiovasculares, identificados com frequência em pacientes com DE.

Neste artigo vamos perceber qual a influência do exercício físico num dos problemas que mais influencia a saúde sexual masculina, a disfunção erétil. Com base nos mais recentes estudos, duração e tipo de exercício físico que potencia a saúde sexual masculina.

Relação da DE com outras patologias

A DE pode apresentar várias causas: neurológica, endócrina, psicológica, farmacológica ou vascular. Esta última é a causa mais frequente de problemas de ereção, diretamente associada ao estilo de vida. A DE partilha os mesmos fatores de risco que as doenças cardiovasculares e o seu risco relativo é proporcional ao número desses fatores presentes. Atualmente a DE é até considerada uma patologia sinalizadora de outros problemas cardiovasculares mais graves e menos “silenciosos”.

O exercício físico tem sido indicado no tratamento e prevenção de doenças cardiovasculares, pulmonares e musculoesqueléticas. Existe muita evidência científica de que o exercício físico apresenta benefícios nos fatores de risco para a DE e consequentemente, na própria disfunção erétil. Assim sendo, de seguida, apresentamos o efeito da atividade física regular no tratamento de patologias potenciadoras de DE.

Obesidade

O excesso de peso, independentemente de outros fatores de risco, prediz piores índices em diversos domínios da função sexual como o desejo, a ereção, a ejaculação e a satisfação. Os estudos indicam que quanto maior o Índice de Massa Corporal (IMC), menor o grau de satisfação sexual. A redução do peso corporal, seja efetuada por meio de procedimentos cirúrgicos ou através da mudança de estilo de vida (nutrição e atividade física) permite inferir melhorias na satisfação sexual de homens obesos. Um estudo avança inclusive que um homem obeso mórbido é portador dos problemas de disfunção erétil que apenas apresentaria vinte anos mais tarde, se fosse saudável. 

Os estudos com obesos em que existem mudanças do estilo de vida (dieta e exercício) para uma redução do peso corporal demonstram a importância da atividade física nesta mudança. Nos grupos de obesos que realizam apenas mudanças a nível nutricional encontram-se diferenças a nível do perfil lipídico, glicose sanguínea, tensão arterial e circunferência da cintura mas as alterações a nível sexual são ténues. A adição de exercício físico ao plano de emagrecimento levou a que 31% dos indivíduos recuperasse a função sexual.

Tabagismo 

O tabagismo é um dos maiores responsáveis pelas vítimas fatais de doenças cardiovasculares, cancros, acidentes vasculares encefálicos e doenças pulmonares. Este mau hábito tem uma grande influência na função erétil. No geral, os indivíduos fumadores apresentam maior prevalência de DE do que os não fumadores em todos os estudos. Existe ainda uma correlação entre a quantidade de cigarros fumados por dia e os anos de tabagismo e a probabilidade de desenvolver DE. 

A boa notícia é que esta situação é reversível. Deixar de fumar aumenta a líbido e a frequência de relações sexuais. Quando a isto é adicionada a prática regular de exercício físico, denotam-se melhorias ao nível da intensidade do orgasmo e do prazer sexual.

Hipertensão

A hipertensão é outro fator de risco para a DE. Tanto em doentes hipertensos não medicados, como nos medicados, verifica-se uma prevalência significativa de problemas na ereção. O exercício físico é um tratamento natural, não farmacológico para a hipertensão. Em estudos que avaliaram o impacto do exercício físico na hipertensão e, simultaneamente, na função erétil, foi possível encontrar benefícios significativos em ambos os parâmetros em apenas 8 semanas de treino.

Diabetes

A falta de controlo da glicémia está associada ao aparecimento de doenças vasculares periféricas, cerebrais e coronárias. A glicémia descontrolada provoca alterações a nível do endotélio e consequentemente diminuição do lúmen dos vasos sanguíneos (zona onde circula o sangue). Por exemplo, a artéria peniana tem metade do diâmetro da artéria coronária pelo que a DE é mais uma vez um sinal de alerta para outros problemas de maior gravidade. 

Os homens diabéticos apresentam, normalmente, problemas de ereção 10-15 anos antes do que os não portadores desta patologia.

O exercício físico tem um papel fundamental no controlo desta patologia. A prática, 3 a 5 vezes por semana de sessões de 30 a 45 minutos apresenta benefícios como: Melhorar o controlo da glicémia, diminuir a resistência à insulina e controlar o peso corporal.

Importância do exercício físico na qualidade de vida sexual

Apesar dos diversos fatores de risco cardiovascular que influenciam a fisiopatologia da DE, o sedentarismo apresenta-se como um dos mais importantes fatores a ser modificado no tratamento dos problemas de ereção. A prática sistemática de exercício aumenta a capacidade de exercício e reduz o peso corporal, além de potenciar o controlo da hipertensão e diabetes. O exercício vigoroso, como correr pelo menos 3 horas por semana, foi associado a 30% de redução no risco de DE quando comparado ao grupo de sedentários ou com pouca realização de atividade física.



Além do efeito protetor (de prevenção) que o exercício apresenta, também existem correlações fortes e positivas entre a sua prática regular e o tratamento da DE. As investigações encontram ainda benefícios ao nível do aumento da regularidade da prática sexual, da duração do ato sexual e do prazer. 

Os efeitos do exercício físico foram estudados através de estudo randomizado, num estudo com 78 homens sedentários saudáveis, com média de 48 anos, submetidos a nove meses de treino com exercícios supervisionados, três vezes por semana com sessões de 60 minutos de duração. Os indivíduos foram orientados a realizar exercício entre 75-80% da frequência cardíaca (FC) máxima predita pelo teste ergométrico. O grupo-controlo participou em caminhadas e foi orientado a não exceder em 25min da FC de repouso. Os resultados do estudo apresentaram evidências que o aumento no nível de exercício físico melhora o desempenho sexual, o desejo, a excitação, a frequência e a satisfação na atividade sexual, diminuindo a insatisfação e os episódios de disfunção erétil no grupo submetido ao treino mais intenso.

Efeito do exercício na produção de testosterona

A testosterona é uma das hormonas androgénicas com efeito anabólico mais poderosas do corpo humano. Uma das suas funções está relacionada ao crescimento e manutenção da massa muscular, sendo também responsável pela manutenção da líbido e de uma boa função erétil.

Os homens entre os 35-40 anos passam a apresentar um declínio de 1-3% anual na concentração de testosterona, situação conhecida como andropausa.



A partir de vários estudos é possível concluir que existe um efeito positivo na produção e resposta à testosterona durante a realização de exercício com resistência. Desta forma, torna-se importante considerar a inclusão de exercícios de resistência muscular nos planos de treino, para além do treino aeróbio. Estes exercícios deverão contemplar um volume de treino para os músculos considerável e um stress metabólico suficiente, isto é, que o número de repetições se aproxime da falha.


Conclusão

A DE partilha os mesmos fatores de risco modificáveis que as doenças cardiovasculares. A mudança de estilo de vida deve ser estimulada pelos profissionais de saúde, assim como o ganho de consciência da sua importância por parte dos próprios indivíduos. A prevenção requer intervenção precoce por meio de mudanças no hábito de fumar, no controlo do peso e tratamento efetivo da diabetes e hipertensão. O exercício físico tem um efeito positivo comprovado nos fatores de risco e o treino tem um papel preventivo e terapêutico, sendo eficiente tanto para reverter como atenuar o grau de disfunção erétil. 

As recomendações da realização de exercício físico deverão ser personalizadas, tendo em conta o nível de atividade física anterior e eventuais patologias que possam necessitar de precauções ou limitações na sua prática. Pessoas sedentárias irão beneficiar de qualquer forma e volume de exercício praticado. As recomendações da Organização Mundial de Saúde referem que, no mínimo, um adulto deverá realizar 150 minutos por semana de exercício físico aeróbio de intensidade moderada (p.e. caminhada rápida) ou 75 de intensidade vigorosa (p.e. correr). A isto deve acrescer 2 a 3 sessões semanais de reforço muscular com resistência.

Fisioterapeuta Jean Gonçalves

Referências bibliográficas:

1. Vingren JL, Kraemer WJ, Ratamess NA, Anderson JM, Volek JS, Maresh CM. Testosterone Physiology in Resistance Exercise and Training. Sport Med. Dezembro de 2010;40(12):1037–53. 

2. Cardoso FL, Wittkopf PG. Importância do Exercício Físico no Tratamento da Disfunção Erétil. Diabetes. 2011;24(3):180–5. 

3. Gerbild H, Larsen CM, Graugaard C, Areskoug Josefsson K. Physical Activity to Improve Erectile Function: A Systematic Review of Intervention Studies. Sex Med. 2018;6(2):75–89. 

quarta-feira, 1 de abril de 2020

VAMOS MELHORAR A NOSSA IMUNIDADE EM TEMPOS DE CORONAVÍRUS

Porque a crise atual, COVID–19, resulta de uma pandemia que não sendo a primeira, é a mais perigosa até agora, e porque as epidemias e pandemias virais, se têm repetido a intervalos de 2 anos aproximadamente, certamente não será a última, colocando-nos desafios continuados e até talvez permanentes, obrigando-nos assim a uma preparação para a ação permanente. 

Inspirado na disciplina e preparação militar, tenho desde o início desta pandemia vontade de vos escrever, sobre este cenário excecional que vivemos em Portugal e em todo o mundo, acerca da pandemia do COVID-19, que nos afeta a todos, tanto no plano pessoal como profissional. 

A preparação permanente para a ação aos profissionais de saúde e às pessoas com disciplina e foco em objetivos estratégicos que são a preservação da vida e da saúde individual e coletiva.

Cada um é responsável por si e pelos outros!

Em primeiro lugar, pessoalmente e em nome da Clínica do Poder, quero transmitir uma mensagem de apoio comum a todos os profissionais de saúde, do Serviço Nacional de Saúde e também do privado, bem como a todos os profissionais nos setores público e privado, que se encontram nos dias de hoje na linha da frente de atuação e, transmitir a nossa disposição de acompanhar-vos na medida do possível nesta situação. Também gostaria de pessoalmente abranger com a nossa simpatia e solidariedade, todos aqueles que tenham sido diretamente afetados pela infeção, em especial os que tenham perdido algum ente querido, e que passam por momentos especialmente difíceis. 

Enfrentamos atualmente um enorme desafio, que é ajudar os nossos pacientes a enfrentar um novo vírus, para o qual nem nós, nem o nosso sistema imunitário, temos experiência prévia, e que pode apresentar manifestações clínicas de gravidade variável, estando as pessoas com um sistema imunitário deficiente (idade avançada, patologias crónicas e/ou afecções respiratórias) em maior risco.

Também não dispomos na data atual, de um tratamento específico para a infeção por SARS-CoV-2, por consequência são imprescindíveis as medidas de prevenção, tanto no ponto de vista de Saúde Pública, como do individual.

Neste sentido desejamos sublinhar as orientações oficiais definidas pela Organização Mundial de Saúde (OMS), e as recomendações por parte do Governo através da Direcção Geral da Saúde / Ministério da Saúde, tanto para a população geral como para os profissionais de saúde. Apesar de tudo, numa perspectiva de prevenção, desejamos salientar a importância acrescida que nesta situação têm a defesa e a promoção do Sistema Imunitário das pessoas.

Uma infeção pelo novo coronavírus mata principalmente homens com mais de 80 anos de idade com deficiência imunológica, mas, pessoas de todos os escalões etários e géneros, podem ser severamente afetadas se estiverem em condições de imunidade reduzida. O vírus mata 10 vezes mais facilmente do que a gripe. Atualmente, a gripe ainda mata 50 a 100 vezes mais pessoas por ano, devido à sua muito maior frequência. O nosso objetivo é disponibilizar informações fundamentais para prevenir a doença e reforçar o sistema imunitário de todos, de modo a preservar a saúde de toda a população.

Ações preventivas e nutrição


Existem duas maneiras de nos protegermos contra o coronavírus: evitando a infeção (contágio) ou evitando que a infeção se transforme em doença, especialmente em doença grave e potencialmente mortal. 

Estaremos livres da infeção se não tivermos contacto com pessoas infetadas, utilizando as excelentes medidas preventivas de saúde pública sugeridas pelo governo.

No caso de acontecer o contágio, podem acontecer três situações: 1 - Infeção sem sintomas (sem doença); 2 – Doença leve ou moderada; 3 – Doença grave e potencialmente letal.

É o estado de saúde do Sistema Imunitário que determinará como a infeção vai evoluir. Se o sistema imunitário estiver a funcionar adequadamente, a infeção irá evoluir sem doença ou com doença leve, como acontece na grande maioria dos casos; se estiver comprometido, a tendência será de a infeção evoluir para doença moderada ou grave.

Resulta então que é fundamental o nosso empenho no sentido da manutenção, otimização e recuperação da nossa saúde imunitária, especialmente porque no caso do COVID-19, ainda não dispomos de vacina nem de imunidade prévia, visto que se trata de um novo vírus.

Recomendamos que:


Mantenha a atmosfera interior suficientemente húmida.

Onde quer que estejam, em espaços interiores (casa, escritório, salas de aula, …), mantenham a atmosfera suficientemente húmida (pelo menos 65-70% de humidade) usando humidificadores que espalham vapor no ar ou abrindo janelas quando chove, por exemplo. A principal razão pela qual as infeções virais e bacterianas são muito mais frequentes no Inverno, e não no Verão, é porque durante o Inverno o ar interior é demasiado seco devido ao sobreaquecimento. 

O sobreaquecimento seca a mucosa (membranas mucosas) do aparelho respiratório (garganta, laringe, brônquios e bronquíolos dos pulmões). Como consequência, a mucosa torna-se muito mais fina e frágil, permitindo que milhões de vírus penetrem facilmente no corpo, sobrecarregando o sistema imunitário. Quando o ar é suficientemente húmido, a mucosa das vias respiratórias engrossa e resiste muito melhor aos vírus. Resultando em que muito menos vírus, ou nenhum, consegue penetrar, e os que o fazem, são facilmente neutralizáveis pelo sistema imunitário, se este estiver adequado.

Mantenha o seu sistema imunitário ótimo


1Evite o medo e o pânico: ambos causam ansiedade, que por sua vez aumenta a produção pela glândula suprarrenal de cortisol, que deprime o sistema imunitário.
2Reduza a ansiedade: Uma forma prática, rápida, eficaz e sem efeitos colaterais de reduzir a ansiedade, é a respiração controlada. Deve praticar várias vezes por dia, sentando-se com as costas bem direitas, fechando olhos e boca, e respirando de forma lenta e suave o mais profundamente possível, focando-se na entrada e saída do ar, durante alguns minutos de cada vez. Esta prática tem um efeito ansiolítico, resulta também em aumento da oxigenação do organismo e por consequência melhora o funcionamento de todas as células, incluindo as do sistema imunitário.
3Mantenha um regime de sono regular: basta uma noite mal dormida para prejudicar o sistema imunitário.
4Elimine o consumo de álcool, tabaco e drogas: qualquer delas pode prejudicar o seu sistema imunitário.
5Hidrate-se adequadamente: Beba muita água,> 2L/dia, no caso das mulheres e >2,5L/dia no caso dos homens. Esta recomendação é particularmente importante nos idosos, pois nestes a sensação de sede está diminuída. Uma hidratação insuficiente prejudica o funcionamento de todas as células e órgãos, incluindo os responsáveis pela defesa contra agentes infeciosos; resseca as mucosas tornando-as mais vulneráveis a infeções, estimula a inflamação, fragiliza o sistema imunitário, e causa ainda mais prejuízos ao funcionamento do organismo.
6 - Siga um regime alimentar anti-inflamatório (vegetais e frutas frescas, carne cozida ou cozida a vapor, ou frango), evite todos os doces, grãos não germinados e produtos lácteos que tornam o seu sistema imunitário menos eficaz.
Alguns alimentos que fortalecem a imunidade e com atividade antimicrobiana:
  • Limão: Possui comprovada ação reguladora da IMUNIDADE (imunomoduladora), anti-inflamatória, ansiolítica, antialérgica, antimicrobiana, antifúngica e antiviral, bem como outras. O limão pode ser utilizado como SUMO e a sua CASCA RALADA, usada em vários pratos.
  • Cúrcuma: A curcumina que é o seu principal princípio ativo apresenta forte atividade imunomoduladora, anti-inflamatória, pneumoprotetora, cardioprotetora, neuroprotetora, antitumoral, antibacteriana, antifúngica, antiparasitária e antiviral (hepatites B e C, herpes simplex, coxsackie B3, HIV, papiloma, encefalite japonesa e corona vírus SARS CoV).
  • Gengibre: O Gingerol e os outros 168 compostos bioativos do gengibre têm, entre outras, atividades: imunomoduladora, anti-inflamatória, antioxidante, analgésica, neuroprotetora, cardioprotetora, pneumoprotetora, antitumoral, antibacteriana, antifúngica, antiparasitária e antiviral (hepatite C, dengue e talvez COVID-19).
  • Brócolos: Ricos em vitaminas (E, C, K, B, A, carotenóides), sais minerais (selénio, cálcio, ferro, zinco) e compostos bioativos com diversas ações: imunomoduladora, anti-inflamatória, antitumoral, antibacteriana, antifúngica e antiviral (influenza, vírus sincicial respiratório).
  • Mel: É rico em vitaminas (B2, B3, B5, B6, B9 e C), em sais minerais (potássio, sódio, cálcio, ferro, fósforo e magnésio) e peróxido de hidrogénio (água oxigenada), o mel possui ainda vários compostos bioativos, especialmente quercetina e miricetina, responsáveis pela sua atividade imunomoduladora (principalmente imunoestimulante), anti-inflamatória, antidiabética, antibacteriana (inclusive bactérias resistentes a antibióticos, antifúngica (candidíase), e antiviral (rubéola, herpes e vírus respiratório, inclusive o coronavírus MERS – CoV).
  • Aveia: É fonte de proteínas de alta qualidade, minerais (cálcio e ferro) e vitaminas (B e E) e de dois compostos bioativos importantes a GLUCANA BETA e a AVENANTRAMIDA, a primeira é um poderoso imunoestimulante e aumenta a resistência contra infeções por bactérias, vírus, fungos e parasitas, e a segunda possui atividade anti-inflamatória e antioxidante.
  • Açaí: A velutina e outros compostos do açaí apresentam, entre outras, atividades: imunomoduladora, anti-inflamatória, pneumoprotetora, cardioprotetora, antidiabética, antidepressiva, analgésica, antitumoral, antibacteriana, antifúngica e antiparasitária. A possível atividade antiviral ainda não foi testada.
  • Linhaça: Os lignanos, principais compostos bioativos da linhaça apresentam diversas atividades como: imunomoduladora, anti-inflamatória e antioxidante. Para destruir possíveis efeitos tóxicos das sementes de linhaça, é conveniente aquecê-las em forno de micro-ondas a 100º C, durante 1 minuto antes de consumir. 
  • Uva tinta e amendoim: Ambos têm uma característica comum, são ricos em resveratrol, um composto bioativo que tem ações: imunomoduladora, anti-inflamatória, nefroprotetora, pneumoprotetora, hepatoprotetora, enteroprotetora, mioprotetora (músculos), antitumoral, antibacteriana, antifúngica, e antiviral (herpes simplex, influenza, varicela zoster, citomegalovírus, HIV, polioma e coronavírus MERS-CoV).
  • Soja: Possui isoflavonas com atividades imunomoduladora, osteoprotetora (osteoporose), antidepressivas, antitumoral, antibacteriana, antifúngica, e antiviral (rotavírus, herpes simplex, adenovírus, HIV, vírus respiratórios incluindo os coronavírus SARS-CoV e MERS-CoV).
  • Kefir: É o leite fermentado em casa por um conjunto complexo de lactobacilos e leveduras probióticas, que produzem o seu próprio alimento prébiotico (kefirano). Apresenta forte atividade imunomoduladora, (aumenta a imunidade anti-infeciosa, antitumoral, controla alergias, suprime a autoimunidade), tem ações: anti-inflamatória, antitóxica, antibacteriana, antifúngica e antiviral (hepatite C, HTLV-1, rotavírus, herpes, influenza aviária).

Todas as propostas aqui enunciadas, não apresentam efeitos colaterais indesejáveis se utilizadas com sensatez, e poderão concorrer não só para a proteção do novo coronavírus, mas de qualquer outro agente infecioso.

7 - Tome suplementos nutricionais que melhoram a imunidade: a manutenção da integridade e funcionalidade do sistema imunitário, depende também de níveis adequados de vitaminas e sais minerais especialmente nos idosos onde são mais frequentes as carências.


Destaco as seguintes opções:


A. Vitamina C: 1-2 g/dia: atua contra vários vírus responsáveis por infeções respiratórias e coronavírus aviário. Neste mesmo momento, o complexo hospitalar chinês aplica doses elevadas de vitamina C intravenosas para a prevenção e tratamento de pneumonia pelo novo coronavírus com muitos benefícios. (https://www.greenmedinfo.com/blog/chinese-medical-team-report-successful-treatment-coronavirus-patients-high-dose-v0)
B. Vitamina D: 10.000 UI/dia, regula o sistema imunitário e atua contra o coronavírus bovino.
C. Selénio: atua contra o vírus da Influenza, corona vírus aviário, e, bloqueia mutações virais. É aconselhada a dose de 100 µg/dia de levedura de selénio orgânico ou seleniometionina a tomar fora da refeição.
D. Zinco: atua contra o vírus do sarampo e o coronavírus SARS-CoV. São aconselhados 15mg/dia a tomar fora da refeição durante não mais do que 3 meses e seguidamente fazer uma pausa de 1 mês.
E. Extrato de Própolis Verde (seco ou em líquido 70-80% pureza) 20 gotas/dia para prevenção ou 20 gotas 3x/dia com comida em processos de infeção ou inflamação. Possui inúmeras substâncias que produzem efeito anti-inflamatório, antioxidante, antibacteriano, antitumoral e antiviral. Entre estas destacam-se o Artepellin C e o CAPE (do inglês: Caffeic acid phenethyl ester). O conjunto dos seus componentes tem mostrado enormes benefícios no fortalecimento da imunidade contra vírus e bactérias por aumentar os níveis linfocitários, ativar a apoptose e por reduzir a inflamação. 
F. Probióticos: um suplemento alimentar constituído por uma sinergia de estirpes de lactobacilos e bifidobactérias, nomeadamente: Lactobacillus rhamnosus GG; Lactobacillus paracasei; Lactobacillus acidophilus e Bifidobacterium bifidum, tem mostrado resultados importantes no fortalecimento imunitário geral, capacitando a imunidade contra vírus e bactérias. Aconselha-se a toma de 12-18 mil milhões de Lactobacilos e bifidobactérias revivificáveis por dia a tomar com as refeições.
G. Vitamina A: 25.000-100.000 UI/dia; atua contra vírus, nomeadamente contra os do sarampo, HIV, coronavírus aviário.
H. Ferro: bloqueia mutações virais. São sugeridas as formas: Sulfato ferroso, Gluconato ferroso e Bisglicinato ferroso. A dose adequada deverá ser: Homens adultos (18-99 anos) e Mulheres na pós-menopausa ou que não menstruam 8 mg/dia; Mulheres adultas (em idade fértil) 18 mg/dia.
I. Ácidos gordos Ómega 3: atuam contra o vírus Influenza e o HIV. Aconselha-se uma dose de 2-3g/ dia a tomar durante a manhã para efeito anti-inflamatório notório.

Zhang L. Liu Y (2020). Potential interventions for novel corona virus in China: A sistematyc revew. Journal of Medical Virology DOI: 10. 1002/jmv.25707
Visweswara Rao Pasupuleti et alli (2017) Review Article: Honey, Propolis, and Royal Jelly: A Comprehensive Review of Their Biological Actions and Health Benefit. Oxidative Medicine and Cellular Longevity Volume 2017, Article ID 1259510. DOI:10.1155/2017/1259510
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------


Se já sofre de uma infeção viral (coronavírus ou outra) é recomendado um tratamento nutricional ideal (proposta pelo Dr. Brownstein – EUA) a incluir nos primeiros 5 dias de tratamento:
  • + 50.000 UI/dia de vitamina D3
  • + 5 a 10 g/dia de vitamina C (de acordo com a  tolerância; o excesso produz diarreia)
  • + Vitamina A 100.000 UI/dia

A adição de 5 a 10 gotas de uma solução de iodo (como o Lugol a 5%) é sugerida pelo Dr. Thierry Hertogue – Bélgica.


A importância de um bom equilíbrio hormonal


A Testosterona no homem


A importância da Testosterona reflete-se em todos os aspetos da saúde humana.

Quando falamos em saúde e em sexualidade, surge frequentemente uma dúvida, quer entre homens quer entre mulheres: afinal, o que é a Testosterona? É uma hormona esteróide normalmente associada ao homem, mas que também existe no organismo feminino. É produzida nas glândulas suprarrenais, nos testículos e nos ovários. Níveis ótimos de Testosterona traduzem-se em inúmeros benefícios:
  • Prolongamento da qualidade de vida, retardando o envelhecimento
  • Desenvolvimento da massa muscular, da força e da resistência físicas
  • Aumento da densidade óssea
  • Melhoria do bem-estar e da condição psicológica
  • Maior tolerância à atividade física
  • Aperfeiçoamento da tonicidade da pele
  • Melhoria da capacidade de cicatrização e de cura
  • Aumento da líbido, do desempenho sexual e da saúde sexual
  • Proteção contra doenças cardiovasculares
  • Prevenção contra a artrite
  • Redução da gordura corporal (particularmente a nível abdominal)
  • Diminuição do colesterol “mau”

A Testosterona é a 2ª melhor hormona no que concerne à energia e ao bem-estar, daí que a suplementação com Testosterona seja fortemente recomendada para ambos os sexos.
Sobre o sistema imunitário o efeito é indireto ou colateral, mas útil.


A Testosterona na mulher


Na mulher, a insuficiência de Testosterona apresenta inconvenientes que devem ser acautelados.
Embora seja a principal hormona masculina, a Testosterona exerce um papel relevante na saúde da mulher. No entanto, a maioria da comunidade médica ignora ou não valoriza esta realidade.

Vantagens do tratamento hormonal com Testosterona em mulheres:
  • Diminuição ou eliminação da deterioração de músculos, ossos, ligamentos e tendões
  • Proteção contra o cancro da mama, doenças cardíacas e depressão
  • Aumento da energia e da força física
  • Melhor desempenho metabólico
  • Maior resistência física
  • Melhoria estética e perda de gordura com o exercício
  • Melhoria geral da qualidade de vida, incluindo em termos da função sexual

Efeitos secundários do tratamento com testosterona na mulher


Não surpreendentemente, o recurso à hormona sexual masculina para efeitos de tratamento na mulher pode originar alguns efeitos secundários como acne, crescimento indesejado de pêlos e maior densidade vocal.

No entanto, a ocorrência destes efeitos depende da dose aplicada, sendo também possível revertê-los interrompendo a terapêutica.

Na mulher, a terapêutica com recurso a testosterona não envolve aumento do risco em desenvolver cancro da mama, cancro do útero ou doenças cardiovasculares. A maioria dos estudos demonstra, aliás, o contrário.

A sinergia entre exercício físico, regime alimentar adequado e otimização hormonal constitui a melhor fórmula para ter saúde, bem-estar, energia sexual e poder.
Sobre o sistema imunitário, o efeito favorável é indireto ou colateral, mas útil.


Otimização da Tiroideia


A correção do hipotiroidismo melhora o sistema imunitário a longo prazo (vários meses)

O que é a Hormona Tiroideia?

A Hormona Tiroideia é uma hormona segregada pela glândula Tiróide que regula a temperatura corporal, o metabolismo e a função cerebral. Contribui para a obtenção de bons níveis energéticos e para a regulação de temperatura corporal.
A profunda influência desta hormona manifesta-se no organismo como um todo.

Função da Hormona Tiroideia

A importância desta hormona fica bem patente na variedade de funções que desempenha no organismo humano:

  • Aumenta o desgaste de gordura pelo metabolismo, resultando na diminuição da gordura corporal e na redução do colesterol “mau”
  • Protege contra doenças cardiovasculares
  • Desenvolve o metabolismo cerebral
  • Melhora os níveis energéticos, reduzindo a fadiga
  • Ajuda a prevenir a degradação da função cognitiva e da memória
Recomenda-se a suplementação com hormona tiroideia em homens e mulheres que apresentem sintomas de Hipotiroidismo.

Sintomas de Hipotiroidismo

Existem mais de 200 sintomas relacionados com baixa função tiroideia. Entre os mais comuns destacam-se os seguintes:

  • Temperatura corporal mais baixa
  • Insuficiente circulação sanguínea nas mãos e nos pés
  • Fadiga física e mental
  • Memória fraca (episódios frequentes de esquecimento)
  • Pensamento confuso
  • Instabilidade emocional
  • Dores musculares e articulares
  • Pele seca, queda de cabelo e unhas quebradiças
  • Perturbações digestivas (diarreia e outras)
  • Instabilidade emocional
  • Colesterol elevado
  • Aumento de peso e volume por acumulação de gordura
Maso que fazer quando os valores laboratoriais de hormona Tiroideia se apresentam dentro da normalidade e os sintomas são de hipotiroidismo?

Esses valores, entendidos como normais, podem não ser - e frequentemente não são - aqueles que lhe proporcionam mais saúde e bem-estar. Na verdade, estas condições obtêm-se através do valor ótimo da hormona tiroideia.

Neste caso, deverá ponderar a realização de um tratamento que otimize a função tiroideia.

Benefícios do tratamento de compensação tiroideia

As vantagens deste tratamento manifestam-se aos mais diversos níveis, quer no aspeto físico quer psicológico:

  • Regulação do metabolismo e da temperatura corporal
  • Aumento energético
  • Redução dos níveis de colesterol
  • Perda de gordura corporal, tendo em vista um peso adequado
  • Proteção contra doenças cardiovasculares
  • Melhoria das funções cerebrais, da cognição e da memória
  • Proteção contra a depressão e as alterações de humor
  • Aperfeiçoamento da saúde da pele, cabelos e unhas
  • Melhoria da saúde em geral
  • Proteção contra o declínio funcional.
O tratamento de compensação tiroideia promove o aumento da energia sexual e o seu poder individual!
Sobre o sistema imunitário o efeito favorável é direto.

A Hormona de Crescimento Humano

A otimização dos níveis de Hormona de Crescimento melhora o sistema imunitário a longo prazo (meses).

Otimize a sua energia sexual e poder individual tratando-se com Hormona de Crescimento.

Há séculos que a busca pela “fonte da juventude” é uma constante. De forma mais ou menos romântica, mais ou menos científica, com variações na designação (também lhe chamam “elixir da juventude”, por exemplo), essa busca tem assumido as mais distintas formas. Hoje, por via da Medicina Antienvelhecimento/Antiaging, a recuperação da juventude é uma realidade.

Benefícios da reposição de Hormona de Crescimento

Desenvolvimento da massa muscular
Redução da massa gorda
Aumento da energia física e psíquica
Melhoria do desempenho sexual
Regeneração dos órgãos vitais
Restauração do sistema imunitário
Melhoria da qualidade óssea
Redução do colesterol
Melhoria da função cardíaca
Aperfeiçoamento da cicatrização a nível geral
Pele mais firme
Crescimento mais saudável dos cabelos
Melhoria da visão
Melhoria do humor
Melhoria das funções cerebrais

 Rejuvenescimento biológico

A suplementação com Hormona de Crescimento é fortemente recomendada para ambos os sexos, sempre no quadro de um tratamento global de antienvelhecimento. De salientar que uma nutrição correta, a prática bem planeada de exercício físico e um estilo de vida saudável podem aumentar significativamente os magníficos benefícios do tratamento com esta hormona.

A Hormona de Crescimento influencia outras hormonas, trabalhando em sinergia com elas. Funciona melhor se incluída no quadro de um equilíbrio hormonal global.

Um nível baixo de Hormona de Crescimento (ou de outra hormona) deve ser tratado como uma deficiência; pouco importa que seja essa a condição “normal” para a idade - um médico que pode melhorar o estado de saúde do seu paciente restaurando uma hormona para o seu nível ótimo deve fazê-lo.

Sobre o sistema imunitário o efeito favorável é direto.


Os tratamentos de otimização hormonal são protetores, os seus efeitos são: prolongar a vida e promover uma melhor condição de saúde (evitando doenças relacionadas com a idade).

O sistema imunitário é mais estimulado pela timosina alfa-1 (que é produzida naturalmente pelo organismo). A timosina α-1 (também chamada timalfasina) é uma proteína que pertence à família das timosinas que é segregada pelo timo com o objetivo de aumentar a capacidade imunitária. 

A timosina α-1 origina-se a partir de um precursor de 113 aminoácidos, a protimosina. É um agente imunomodulador capaz de potenciar a resposta imune. Promove funções específicas como a maturação dos linfócitos, o aumento da função das células T, a inibição da proliferação e a indução da apoptose em muitas linhas celulares tumorais. Dadas as suas funções a timosina α-1 usa-se clinicamente para o tratamento de imunodeficiências, das  hepatites B e C, neoplasias, entre outras.

Função: 
Atividade sobre a imunidade celular
Atividade sobre a imunidade molecular
Atividade sobre a fagocitose
Atividade em processos tumorais
 Aplicação terapêutica: 
Hepatites B-C
Neoplasias
Vírus da imunodeficiência adquirida (VIH).

Com a progressão da idade, a glândula produtora da Timosina α-1, o TIMO, atrofia e vai perdendo muitas das suas capacidades.

É possível reabilitar o TIMO para as suas funções determinantes, para que este nosso órgão da imunidade, possa voltar a exercer naturalmente as suas funções. Torna-se possível com o tratamento regenerativo por fotobiomodulação, com recurso ao LASER. (ver mais adiante).


O Cortisol e a sua controvérsia


O tratamento com cortisol é muito importante. De facto, os pacientes com deficiência da suprarrenal (de que resulta a deficiência de cortisol) são altamente propensos a infeções, por isso devem corrigir essa sua deficiência a fim de obter uma situação de menor risco de infeção não só por coronavírus, como por outros vírus e bactérias.


A controvérsia


Online e nos jornais, tem sido noticiado que o ibuprofeno e outros medicamentos anti-inflamatórios, os chamados AINEs (Anti Inflamatórios Não Esteróides), podem reduzir a resistência à infeção pelo coronavírus ou por qualquer outro agente infecioso, vírus, bactérias, fungos e parasitas, em resultado de redução da capacidade de resposta do sistema imunitário, para além do aumento significativo do risco de complicações, nomeadamente o de ocorrência de Enfarte Agudo do Miocárdio.

Isto pode não ser verdade para o anti-inflamatório hidrocortisona ou qualquer outro derivado do cortisol quando estes suplementos são tomados em doses fisiológicas seguras para corrigir uma deficiência da glândula suprarrenal, em combinação com a ingestão de uma quantidade semelhante de DHEA, a outra hormona adrenal importante, que protege contra os efeitos colaterais do cortisol. Quanto maior for a dose de DHEA, maior pode ser a dose de cortisol sem causar atrofia e outros efeitos indesejáveis. 

Em caso de deficiência da suprarrenal, a administração de cortisol associado ao, DHEA, estimula o sistema imunitário.
Em doses excessivas, porém, e se administradas durante várias semanas, o cortisol e seus derivados reduzem o tamanho do timo, a produção de células imunes e de hormonas da timosina pelo TIMO, e assim, criam uma deficiência imunológica.

Para evitar os efeitos imunodepressores de ambos, AINEs e Corticoides, a alternativa que propomos, é um poderoso instrumento, de otimização do sistema imunitário, com efeito regenerativo, e ainda, com efeitos analgésico, antipirético e anti-inflamatório, sem efeitos colaterais indesejáveis se adequadamente utilizado, a:
FotoBioModulação com LASER contra a infeção VIRAL

Extremamente relevante é a sua ação não específica, querendo assim dizer que a capacidade do LLLT (Low Level Laser Therapy) de exercer um efeito curativo numa ampla variedade de condições patológicas e doenças, se explica pelo seu efeito positivo no próprio organismo, e não no organismo patogénico. A radiação LASER, ativa as defesas do corpo humano, elimina as violações à regulação de vários processos, primariamente do sistema imunitário e dos seus tecidos de suporte trófico.

Apoiando e/ou ativando as próprias defesas do corpo humano de forma tão natural, o tratamento com LASER permite alcançar a verdadeira recuperação (significa que se consegue uma longa remissão, por muitos meses ou anos), sem efeitos colaterais (tais como o desenvolvimento de resistência aos antibióticos e reações alérgicas) e nem complicações, o que é um efeito qualitativo adicional positivo da fotobiomodulação com LLLT.

Alguns estudos mostram que tratamentos regulares, 1 a 2 vezes por ano, com FotoBioModulação por Laser (LLLT), permitem prevenir o desenvolvimento de relapsos de doenças crónicas em quase 100% dos casos. Outros estudos mostram uma significativa redução da probabilidade de ocorrência de infeção viral. Em grupos nos quais se utilizou o tratamento com LLLT no período inicial de uma epidemia de influenza, a incidência da doença foi 10 vezes menor do que na situação epidemiológica geral na mesma região. Este tratamento LLLT é usado para prevenir a incidência sazonal.

Como funciona?

Estudos mostraram que a LLLT é capaz de ativar as citocinas, incluindo os interferões (IFN), que desempenham um papel crucial na primeira linha de defesa contra vírus, promovendo a imunidade adaptativa.

A LLLT é capaz de ativar as células T citotóxicas, que destroem as células infetadas por vírus, prevenindo a disseminação deste. Estas duas propriedades da LLLT, permitem combater com efetividade uma infeção viral, especialmente como instrumento de prevenção.

Assim, a FotoBioModulação com LLLT é um método completamente seguro e altamente eficaz de tratamento e de otimização do sistema imunitário, aplicável quando a proximidade física for “segura”.

Microimunoterapia

Por fim e muitíssimo relevante também, quero-vos falar na microimunoterapia.

Na resposta imunitária face a infeções, a capacidade de resposta da vertente Imunidade Inata, na qual participam, por exemplo, células como as Natural Killer, é especialmente importante como primeira linha de defesa, particularmente face a um primeiro contacto com o antigénio. Posteriormente entra em ação a imunidade adaptativa, especialmente através dos linfócitos TCD8 citotóxicos, assim como com os linfócitos B, enquanto produtores de anticorpos. Quando pelo contrário nos encontramos perante um elemento patogénico já conhecido, a imunidade adaptativa ativa-se mais rapidamente, com intervenção de células TCD4 e TCD8, anticorpos de memória (embora em caso de vírus respiratórios, a memória dos anticorpos pode ser de menor duração).

Atualmente não são conhecidos em detalhe, todas as características especificamente associadas ao COVID-19, mas já existe no âmbito da microimunoterapia, uma ampla experiência clínica na preparação da imunidade e prevenção para enfrentar infeções virais. Assim sendo devemos ter em conta o sistema imunitário, no marco de um plano de prevenção adaptado a cada paciente, incluindo medidas como a microimunoterapia, orientadas para o reforço da sua capacidade de resposta, e ainda as já mencionadas anteriormente, recomendações para um estilo de vida saudável, com cuidados alimentares, repouso adequado, prática de exercício físico não excessivo, o evitamento de situações que acrescentem stress ao stress gerado pela situação atual e evitar também situações que possam prejudicar a saúde respiratória (por exemplo, fumar), recomendações que são agora mais importantes que nunca.

Dr. José Pereira da Silva
Diretor Clínico na Clínica do Poder




Para ajudar a dar resposta às necessidades dos nossos pacientes e da população em geral temos, agora, um novo serviço de VIDEO CONSULTA.

Agende já a sua!!

+351 932 344 093

Horário de atendimento: 
De segunda a sexta, entre as 08h00 e as 17h00