segunda-feira, 13 de março de 2017

A VITAMINA D E O SEU PAPEL NA IMUNIDADE E SAÚDE DAS PESSOAS

A deficiência de vitamina D é uma epidemia não reconhecida entre crianças e adultos em todo o mundo.
Essa deficiência tem sido associada ao aumento do risco de cancros fatais, doenças cardiovasculares, infeções, depressão, asma, distúrbios metabólicos, e tem sido implicada na etiologia das doenças autoimunes, tais como a esclerose múltipla, artrite reumatoide, Doença de Crohn, psoríase, diabetes mellitus tipo II, entre outras.

A vitamina D é na sua essência uma hormona esteróide, que causa uma série de efeitos nos diversos órgãos e tecidos. Sendo necessária para a regulação de 229 funções genéticas em todas as nossas células. É produzida essencialmente através da exposição solar da pele ao sol, sendo encontrada em alimentos em quantidades mínimas, insuficientes para a execução das suas numerosas funções biológicas. Seria necessário ingerir diariamente 10 copos grandes de leite enriquecido com vitamina D para obter os níveis mínimos necessários.

Devido a nossa capacidade de reação imunológica conhecida como inata (significa que já nascemos com ela, pois está incorporada na nossa estrutura genética e aperfeiçoada ao longo das gerações, como fenómeno adaptativo necessário à sobrevivência da espécie humana), o nosso sistema imunológico é capaz de reagir contra infeções em geral, mesmo que o nosso organismo jamais tenha tido contacto prévio com o germe causador (por ocasião de uma infeção ocorrida no passado, clinicamente evidente ou não, corretamente diagnosticada ou não) ou tenha sido vacinado contra ele.
É necessário para atingir a quantidade necessária de vitamina D uma exposição solar diária regular de 10 a 30 minutos conforme a extensão da superfície da pele exposta a radiação solar suficientemente intensa, sem o uso de protetor solar.


O tempo de exposição solar necessária para manter-se com níveis suficientes de vitamina D numa pessoa que tem apenas a superfície da face e das mãos descobertas (como um executivo de fato e gravata) corresponde a horas de exposição e é virtualmente impraticável para a maioria das pessoas em idade produtiva que vivem no ambiente urbano, além de acarretar risco de cancro de pele nas áreas expostas por tempo excessivamente longo.

A pele clara torna a vitamina D mais sensível, ao contrário da pele escura que protege da forte radiação solar.

A solução para essas pessoas que vivem no ambiente urbano é suplementação com quantidades diárias eficientes, muito maiores do que a quantidade aconselhada até muito recentemente. Pessoas idosas ou com excesso de peso, normalmente necessitam de doses maiores. As pessoas que sofrem de doenças autoimunes deverão receber altas doses de vitamina D, sendo essa dose calculada pelo médico que prescreverá o tratamento.

A vitamina D possui excelentes características anti-infecciosas. É um método universal contra infeções bacterianas, fúngicas e virais, incluindo gripes e constipações.
A poluição do ar, o facto de as pessoas permanecerem muito tempo em espaços fechados e a utilização excessiva de protetores solares contribuem e muito para a epidemia de défice de vitamina D.


É de destacar que 7 em cada 10 portugueses com menos de 30 anos tem falta de vitamina D. Entre os mais velhos o problema é mais grave, cerca de 90% da população entre os 60 e os 90 apresentam défice de vitamina D.

A falta de vitamina D é um problema de saúde pública por isso a correção da sua deficiência (com utilização de doses diárias adequadas), hoje considerada uma pandemia mundial,  é uma solução viável, potencialmente barata, no combate a inúmeras doenças, nomeadamente minimizar a intensidade de manifestações autoimunes graves.

Consulte Poder da Vitamina D para obter mais informações.

Henrique Pedroso
Fisioterapeuta
henrique.pedroso@clinicadopoder.pt
     

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