domingo, 17 de novembro de 2019

DIA MUNDIAL DO NÃO FUMADOR – 17 de Novembro


A presença de substâncias tóxicas, como os metais pesados, no fumo do tabaco, ficam retidas nos tecidos do organismo, e consequentemente alteram a sua funcionalidade acarretando graves patologias e sintomas muito desagradáveis. 


Apesar de ser de conhecimento geral que o hábito tabágico é nocivo para a saúde dos pulmões, quão nefasto é para a sua saúde urológica e sexual? 

Verifique algumas consequências que o hábito tabágico apresenta ao nível urológico e do aparelho reprodutor: 

MUTAÇÃO CELULAR
Além da nicotina, o tabaco contém metais pesados, que levam à mutação das células, no caso do homem, concretamente da próstata (e outras). A ingestão constante de metais pesados cria condições favoráveis ao crescimento da próstata, o que pode levar ao adenoma e ao cancro desta
Na mulher aumenta o risco de cancro da mama e quando em combinação com contraceptivos hormonais este risco é substancialmente acrescido.

DESEQUILÍBRIO HORMONAL
A nicotina e os agentes cancerígenos do fumo do tabaco inibem a função testicular, pelo que a testosterona no sangue diminui e os valores de estrogénios aumentam. Como resultado, ocorre um desequilíbrio hormonal, que afeta negativamente o funcionamento da próstata e leva ao seu crescimento excessivo.
No caso da mulher a função ovárica fica diminuída, a par de alterações da função do Sistema Nervoso Central, podendo ocorrer: diminuição do desejo sexual, amenorreia, ou sangramento e patologia metabólica.

REDUÇÃO DA IMUNIDADE
O tabagismo suprime o sistema imunológico, o que leva a infeções no sistema geniturinário (no homem e na mulher) e ao desenvolvimento de doença como a uretrite e/ou inflamação da próstata – prostatite (no caso do homem) ou cistite e/ou infeção urinária (no caso do homem e da mulher).

DIMINUIÇÃO DO DESEJO SEXUAL E QUALIDADE DAS RELAÇÕES SEXUAIS
A nicotina afeta negativamente o sistema nervoso humano. Não só reduz os níveis de testosterona (no homem) e estrogénios (na mulher) inibindo a libido, como leva a uma diminuição na qualidade das sensações durante a relação sexual, podendo resultar na ejaculação incompleta ou à sua completa ausência (no que se refere ao homem) e dificuldades na lubrificação e obtenção do orgasmo (quando nos referimos à mulher).


Assim, deve sempre ter em mente que um fumador sofre uma acentuada redução da capacidade imunitária, diminuição da função hormonal e do sistema nervoso central, bem como incorre em maior risco de mutações genéticas, estando assim aumentado o risco de cancro e de contrair infeções, e ainda de perda da função sexual.

Larysa Zorkina
Enfermeira


Referências:
  1. Mirra, A.P. et al. Projeto Diretrizes - Evidências Científicas sobre Tabagismo para subsídio ao poder judiciário, Brasília, DF, 2013. 
  2. U.S. DEPARTMENT OF HEALTH AND HUMANS SERVICES. Public Health Service. Office of the Surgeon General. The Health Consequences of Smoking – 50 years of progress. A report of the Surgeon General. Rockville, MD, 2014
  3. Giusti, André Luis; Interferência do tabaco no sistema imunitário - estado atual e perspectivas - revisão da literatura. ConScientiae Saúde. 2007;6(1): 2007, pp. 155-163; ISSN: 1677-1028. Disponível em: https://www.redalyc.org/articulo.oa?id=929/92960118
  4. http://www.arscentro.min-saude.pt/SaudePublica/Literacia/ProjectoConhecerSaude/Paginas/Tabacoesaude.aspx
  5. https://www.e-konomista.pt/efeitos-do-tabaco/

Sem comentários:

Enviar um comentário