Avançar para o conteúdo principal

DISFUNÇÃO ERÉTIL: COMECE HOJE A RECUPERAR A SUA CONFIANÇA!

A abordagem a um problema de disfunção erétil passa em primeiro lugar por pesquisar e reconhecer a sua causa, averiguando se há uma base orgânica, psicológica ou mista.

Dentro da esfera psicológica, muitos dos problemas de ereção são causados por fatores psicoemocionais como por exemplo a ansiedade ou o stresse. Mas podem também existir outros fatores como os relacionais e até mesmo os existenciais. As dificuldades de comunicação no casal, a morte de um ente querido ou os questionamentos sérios sobre o rumo a dar à nossa vida podem também afetar esta situação.

Em alguns dos casos a falta de ereção do pénis pode não estar relacionada com uma causa médica, com o tratamento ou a prescrição, e aqui o acompanhamento psicológico ou a psicoterapia podem oferecer uma grande ajuda para desvendar o que realmente se passa.
A abordagem a um problema de disfunção erétil passa em primeiro lugar por pesquisar e reconhecer a sua causa, averiguando se há uma base orgânica, psicológica ou mista.

Dentro da esfera psicológica, muitos dos problemas de ereção são causados por fatores psicoemocionais como por exemplo a ansiedade ou o stresse. Mas podem também existir outros fatores como os relacionais e até mesmo os existenciais. As dificuldades de comunicação no casal, a morte de um ente querido ou os questionamentos sérios sobre o rumo a dar à nossa vida podem também afetar esta situação.

Em alguns dos casos a falta de ereção do pénis pode não estar relacionada com uma causa médica, com o tratamento ou a prescrição, e aqui o acompanhamento psicológico ou a psicoterapia podem oferecer uma grande ajuda para desvendar o que realmente se passa.

Por norma, os ingredientes principais para se obter uma ereção são a capacidade para se excitar e o poder estar confiante e/ou relaxado. Quando uma destas funções sofre interferências é garantido que vão surgir dificuldades.

A ansiedade é uma das grandes causas desta interferência e como se isso não bastasse, a maioria das pessoas habitua-se a tentar resolver a ansiedade através de comprimidos. Mas o facto é que ela pode conter em si informação sobre a nossa vida ou maneira de estar que precisa de ser encarada de outra maneira e com outra lucidez. 


Preste atenção à sua relação sexual

Esteja disposto a olhar para aquilo que acontece na sua relação sexual, reconhecendo e questionando-se sobre os pontos essenciais e encontrando com a sua parceira os passos possíveis para reverter a situação. 

Algumas questões pertinentes são: 
• Está satisfeito com a frequência da sua relação sexual? 
• Está satisfeito com aquilo que faz na intimidade (os beijos, os preliminares, o coito)? 
• Sente que estabelece uma ligação com a sua parceira durante a experiência sexual? 
• Estão a ler os sinais de cada um corretamente? 
Quando os casais praticam sexo duas vezes por mês é de esperar alguma ansiedade cada vez que tiverem uma relação sexual. Se não for capaz de ser sexualmente ativo pelo menos duas vezes por mês, deve tentar passar algum tempo a abraçar e tocar a sua parceira de modo a que a vossa intimidade física não se desvaneça. 

Os casais com uma frequência sexual reduzida ficam muitas vezes nervosos por acharem que tem de ter uma experiência deslumbrante quando o sexo estiver para acontecer. E como isto não é garantido, é aconselhável que aprenda a lidar com estes “falhanços naturais” discutindo o assunto, confrontando a sua ansiedade sobre o falhanço e até mesmo aprender a manter a intimidade de outras maneiras que não envolvam logo a penetração.

Masturbe-se mas tenha cuidado 

Ao dizer masturbe-se mas com cuidado, pretendemos dizer que deve prestar atenção ao modo como se masturba e ao material ao qual recorre para isso. Muitos homens masturbam-se com movimentos tão rápidos e fortes que a replicação dessa excitação não pode ser feita pela parceira sexual. Efetue movimentos que possam ser também feitos no quarto que partilha com a companheira.

Preste também atenção aos materiais explícitos que usa. Se obtém prazer vendo material que é muito diferente daquilo que se passa na realidade com a sua parceira, vai criar uma situação que interfere com a sua excitação e ereção. Procure ver material que tenha uma natureza relacional ou que ofereça uma história entre dois amantes juntos de modo a que obtenha um padrão de excitação mais próximo da sua realidade ou daquilo que está a tentar criar na relação. 

Outra ideia antiquada é a de olhar para imagens em 2D (revistas ou livros) que não tem o mesmo nível de excitação imediata que os vídeos ou a internet oferecem. A pornografia 2D pode não ser tão excitante à primeira mas com o tempo vai começar a notar uma dessensibilização a acontecer e com isso cresce uma adaptação mais eficiente na vida real com a sua parceira.


Mais devagar, qual é a pressa afinal?

Tem de estar disposto a examinar o ritmo com que se envolve no ato sexual. Se o seu guião sexual se resume a 1 minuto de festas e afagos e depois já está à espera de estar pronto para a ação, então o seu pénis poderá estar-lhe a comunicar algo muito importante. “Desacelera e tira um momento para te excitares e para te sentires realmente pronto para o sexo”. Os média fazem um trabalho inapropriado a ensinarem-nos a sermos “sexuais”. Nos filmes dá-se a ideia de que as pessoas beijam-se e tocam-se e estão imediatamente prontas para a ação. 

Em casa a sua parceira sexual pode estar apressada devido a atrasos ou porque os miúdos podem entrar no quarto por precisarem de algo. Numa relação sexual funcional, os adultos aprendem a fechar as portas à chave, a dizer aos miúdos que precisam de privacidade e a encontrarem tempo para se ligarem sexualmente e em carícias.

Evitar lidar com a intimidade e o sexo ilustra que não tem ainda mão firme sobre a sua ansiedade e de que precisa assentar e trabalhar este aspeto em si em vez de fugir. Desacelere e preste atenção à sua ansiedade, diga à sua parceira que está desconfortável e que isso contribui para a perda de ereção e trabalhem isso em conjunto.

Talvez precise de maior excitação, maior proximidade na sua relação ou prestar atenção ao que diz a si próprio durante o sexo. O seu estado mental deve ser positivo e relaxado e há profissionais que o podem ajudar nisto; acima de tudo, o seu foco deve ser o prazer da parceira e as respostas que ela vai dando, o foco não deve ser o seu pénis. 

Não se intimide, há muito que pode fazer por si e pela relação. Procure ajuda na Clínica do Poder.

Mestre João da Fonseca
Psicólogo Clínico e Psicoterapeuta
joao.dafonseca@clinicadopoder.pt

Comentários

Mensagens populares deste blogue

COVID-19: «INSISTIR E NÃO DESISTIR NA PROTEÇÃO INDIVIDUAL E COLETIVA»

Perante a situação epidemiológica nacional e internacional, o Gabinete de Crise da Ordem dos Médicos (OM) para a Covid-19 emitiu esta terça-feira um documento com recomendações, salientando que «a pandemia SARS-CoV-2 não terminou e, na presente data, a nível global o número de casos confirmados ultrapassa os 9 milhões e o dos óbitos aproxima-se dos 500.000». Quanto ao nosso país, «a maioria da população permanece suscetível e todos estão em risco de contrair formas graves de doença e eventuais sequelas, cuja evolução da doença ainda não permite clarificar», sublinha a OM. Aliás, refere o organismo, « os números de casos de Covid-19 registados na última semana colocam Portugal com o segundo pior rácio de novas infeções por cada 100 mil habitantes entre os 10 países europeus com mais contágios , apenas atrás da Suécia». Desta forma, considera a OM que «o desconfinamento em curso, deve exigir a todos, inclusive à população supostamente de menor risco, a máxima responsabilidade e a estri...

PANDEMIA MOSTROU A IMPORTÂNCIA DOS SISTEMAS DE SAÚDE DE ACESSO UNIVERSAL

O ex-ministro da Saúde Adalberto Campos Fernandes considera que os países aprenderam com a pandemia a importância de ter sistemas de saúde de acesso universal para responder a situações inesperadas, mas também às necessidades da população. «As lições que se tiram deste período ultrapassam em muito a dimensão nacional, são lições globais porque em grande medida, na maior parte dos países, fica claro o apelo que a Organização Mundial de Saúde tem vindo a fazer há muitos anos de se implementarem sistemas de cobertura geral e de acesso universal», disse o ex-governante em entrevista à agência Lusa. O médico e ex-administrador hospitalar afirmou que na Europa os países que têm respondido melhor à pandemia são os que «tinham uma reserva funcional positiva dos seus sistemas de saúde». «Quando falo de sistemas de saúde não falo apenas da componente de prestação de cuidados, porque nesta matéria é também muito importante a dimensão da saúde pública como componente do sistema que aborda ...

MENOPAUSA: REFLEXÃO

Há muitos medos e mitos em torno da terapia de substituição hormonal (HST). Neste artigo iremos compreender o processo, com base nas experiências de mulheres que utilizaram a terapia assim como em dados das pesquisas disponíveis e com a revisão da literatura. Muitos afirmam que as hormonas são prejudiciais porque são sintéticas. Mas hoje em dia, podem ser usadas apenas hormonas bio idênticas que são semelhantes às existentes no nosso organismo, não só em estrutura como em funções, sendo por isso: mais seguras, mais eficazes e mais fáceis de otimizar. As hormonas foram estudadas suficientemente bem, muito melhor do que qualquer outra substância do nosso corpo. O seu estudo começou nos anos 30 do século passado. Atualmente, a literatura científica conta com dezenas de milhares de publicações sobre este tema. É uma opinião muito comum que, se a natureza inventou a menopausa, que assim a devemos viver. Infelizmente, muitas vezes vemos relutância do médico em interferir no "proce...