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A IMPORTÂNCIA DO SONO PARA A SAÚDE SEXUAL E LONGEVIDADE

Dorme muito? Pouco? Bem? Mal?
A melhor forma de avaliar o sono na agitada vida moderna é pensar no modo como acordamos na maioria dos dias:
- Com o despertador?
- Sem ter dormido tudo o que gostaria?
- Acorda cansado/a?
Depois da infância, raramente sentimos que dormimos o suficiente, a não ser que estejamos na reforma. Como seria a nossa vida se pudéssemos acordar sem o despertador a tocar e dormir até a hora que quiséssemos? Imagine essa hipótese.
Stresse

Facilmente nos apercebemos que o stresse nos altera o sono. Estamos geneticamente aptos para tolerar o stresse agudo (breve e pontual). Porém não estamos bem adaptados às tensões da vida quotidiana, tensões que se vão acumulando. Em stresse crónico, as nossas glândulas adrenais libertam cortisol com mais frequência e em momentos do dia em que não é suposto. 

O problema agrava-se quando os níveis de cortisol se apresentam em elevação lenta durante a manhã, durante o dia e mantêm-se altos à hora de deitar. Inicia-se um CICLO VICIOSO – os níveis anormais de cortisol começam a perturbar o sono, o que nos torna mais propensos a stresse durante o dia, o que automaticamente aumenta o cortisol. As consequências incluem:

Supressão da função imunológica
Incapacidade de reter memórias recentes
Diminuição de testosterona e DHEA
Diminuição da hormona leptina (induz sensação de saciedade)
Aumento da hormona grelina (aumento do apetite)
Aumento de peso corporal
Diabetes mellitus tipo 2

Quantidade

Para a maioria das pessoas o ideal seria, sempre que possível, dormir entre 8 a 9 horas por noite. Mas talvez alguns digam que é demasiado, se esse é o caso, não necessitará de despertador. É importante o quarto estar totalmente às escuras enquanto dormimos. Não é recomendada a presença de televisão, computadores, nem mesmo a pouca luz do despertador. A informação dada à glândula pineal no cérebro, sobre a exposição à luz bloqueia uma hormona e neurotransmissor antioxidante muito importante - a melatonina.

Numa situação normal, mais ou menos 2 horas após o pôr-do-sol os níveis de melatonina aumentam e os níveis de cortisol encontram-se reduzidos para podermos dormir um sono descansado e repousante.
Mas numa situação de stresse, e até de burnout (do inglês burn out, queimar por completo, define-se como um estado de esgotamento físico e mental), os níveis de cortisol estão muito elevados à noite e depois muito reduzidos de manhã. O pouco descanso durante a noite deixa de ser propriamente relaxante, e quando é necessário estarmos ativos não conseguimos.

Hormonas

Uma solução comum para o problema relatado anteriormente é a toma de calmantes ao fim do dia e estimulantes ao pequeno-almoço. Isto pode traduzir-se com um copo de vinho ao jantar e 1 a 2 doses de café durante a manhã. O problema é que o vinho piorará o sono e bloqueia a fundamental libertação de hormona do crescimento na primeira fase do sono, hormona tão importante para a manutenção de energia e vitalidade dos vários tecidos corporais. A certa altura, a toma dos estimulantes já não vai ter efeito, mas não os tomar significará presença de sintomas de ressaca forte.


 A falta de sono, pela alteração insulínica, pela desregulação de hormonas leptina e grelina, entre outros, potencia grandemente a acumulação de gorduras. Esta acumulação adiposa aumenta a tendência a transformar a testosterona em estradiol (um tipo de estrogénio inflamatório), através de uma enzima que se encontra principalmente no tecido adiposo – aromatase. Esta transformação tem como consequência frequente a hiperplasia prostática benigna.
Nas mulheres, os efeitos são semelhantemente intensos, desenvolvendo muitas vezes sintomas de síndrome pré-menstrual, síndrome de ovários poliquísticos, pólipos uterinos e infertilidade.

Tanto os reduzidos níveis de DHEA (dehydroepiandrosterone) como de testosterona apresentam efeitos devastadores. Além dos transtornos envolvidos aos metabolismos glicídicos/lipídicos, o desempenho das funções sexuais está fortemente comprometido - infertilidade, disfunção eréctil, disfunção ejaculatória, inibição de orgasmo e diminuição da líbido.

A função da tiróide encontra-se também prejudicada, resultando em diminuição do metabolismo, diminuição da temperatura corporal e vitalidade reduzida. Estes são alguns transtornos influenciados pela alteração hormonal e restrição do sono.

Objetivos

1. Regular o sistema nervoso, com:
a. Alimentação
b. Exercício Físico
2. Dormir uma média de 8 horas/noite
3. Regular sistema hormonal
4. SENTIR PODER SEXUAL, INDIVIDUAL E ENERGIA

Para saber mais, visite a Clínica do Poder ou desfrute o conhecimento que facultamos também em:
http://www.clinicadopoder.pt/pt/terapia-hormonal/testosterona-no-homem


Equipa Médica da Clínica do Poder
geral@clinicadopoder.pt

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