Avançar para o conteúdo principal

COMPLICAÇÕES SEXUAIS E UROLÓGICAS EM DIABÉTICOS

Tanto homens com mulheres com diabetes podem desenvolver problemas sexuais devido ao dano que causam nos nervos e vasos sanguíneos. Os nervos que controlam os órgãos internos são chamados nervos autónomos, dão sinais ao corpo para realizar funções orgânicas, por exemplo a digestão dos alimentos, os movimentos para a circulação sanguínea, processos que acontecem sem o indivíduo estar com consciência deles ou a ordenar essa ação ao organismo. 


A resposta do corpo aos estímulos sexuais também é involuntária, comandada por sinais nervosos autónomos que aumentam o fluxo sanguíneo para os órgãos genitais e relaxam o tecido muscular liso. Danos exercidos nestes nervos autónomos podem dificultar a sua função normal. Mostra-se uma redução do fluxo sanguíneo o que pode contribuir para a disfunção sexual.

Homens

Os homens que têm diabetes são duas a três vezes mais propensos a ter disfunção erétil do que os homens que não têm diabetes. Entre os homens com disfunção erétil, indivíduos com diabetes podem sentir sintomas do problema 10 a 15 anos mais cedo do que os homens sem diabetes. Investigações sugerem que a disfunção erétil pode ser um marcador precoce de diabetes, particularmente em homens com aproximadamente 45 anos de idade e mais jovens.

Além de diabetes, existem outras causas principais para a disfunção erétil, estas incluem pressão arterial elevada, patologias renais, consumo frequente de álcool, patologias capilares. A disfunção erétil também pode ocorrer devido a efeitos colaterais medicamentosos, fatores psicológicos, fumo e deficiências hormonais.


Mulheres

Em mulheres a situação ocorre de forma semelhante. Verifica-se frequentemente uma diminuída ou ausente resposta sexual em pré-diabéticas ou diabéticas insulinodependentes, o que pode incluir a dificuldade da mulher ficar excitada e manter essa excitação, a reduzida sensibilidade nas áreas genitais e a incapacidade ocasional para atingir o orgasmo.


Muitas mulheres com diabetes sofrem com problemas sexuais, estes podem incluir:
  • Lubrificação vaginal reduzida (secura vaginal)
  • Relação sexual dolorosa ou desconfortável
  • Diminuição ou nenhum desejo para a atividade sexual
  • Diminuída ou ausente resposta sexual
Ter diabetes não é uma condição normal "porque tenho 50 ou 60 anos", "porque o meu pai/mãe já tinha"… Não é uma condição leve "porque está controlada com medicação"… É uma patologia que influencia diariamente a condição de outros órgãos e que traz consequências a curto e longo prazo.

Drª Inês Pereira
Nutrição
ines.pereira@clinicadopoder.pt

Para mais informações consulte Clínica do Poder.

Contacte-nos!

VIVA COM SAÚDE, PODER E QUALIDADE DE VIDA!

GOSTE E PARTILHE MAIS E MELHOR SAÚDE!

Comentários

Enviar um comentário

Mensagens populares deste blogue

COVID-19: «INSISTIR E NÃO DESISTIR NA PROTEÇÃO INDIVIDUAL E COLETIVA»

Perante a situação epidemiológica nacional e internacional, o Gabinete de Crise da Ordem dos Médicos (OM) para a Covid-19 emitiu esta terça-feira um documento com recomendações, salientando que «a pandemia SARS-CoV-2 não terminou e, na presente data, a nível global o número de casos confirmados ultrapassa os 9 milhões e o dos óbitos aproxima-se dos 500.000». Quanto ao nosso país, «a maioria da população permanece suscetível e todos estão em risco de contrair formas graves de doença e eventuais sequelas, cuja evolução da doença ainda não permite clarificar», sublinha a OM. Aliás, refere o organismo, « os números de casos de Covid-19 registados na última semana colocam Portugal com o segundo pior rácio de novas infeções por cada 100 mil habitantes entre os 10 países europeus com mais contágios , apenas atrás da Suécia». Desta forma, considera a OM que «o desconfinamento em curso, deve exigir a todos, inclusive à população supostamente de menor risco, a máxima responsabilidade e a estri...

PANDEMIA MOSTROU A IMPORTÂNCIA DOS SISTEMAS DE SAÚDE DE ACESSO UNIVERSAL

O ex-ministro da Saúde Adalberto Campos Fernandes considera que os países aprenderam com a pandemia a importância de ter sistemas de saúde de acesso universal para responder a situações inesperadas, mas também às necessidades da população. «As lições que se tiram deste período ultrapassam em muito a dimensão nacional, são lições globais porque em grande medida, na maior parte dos países, fica claro o apelo que a Organização Mundial de Saúde tem vindo a fazer há muitos anos de se implementarem sistemas de cobertura geral e de acesso universal», disse o ex-governante em entrevista à agência Lusa. O médico e ex-administrador hospitalar afirmou que na Europa os países que têm respondido melhor à pandemia são os que «tinham uma reserva funcional positiva dos seus sistemas de saúde». «Quando falo de sistemas de saúde não falo apenas da componente de prestação de cuidados, porque nesta matéria é também muito importante a dimensão da saúde pública como componente do sistema que aborda ...

MENOPAUSA: REFLEXÃO

Há muitos medos e mitos em torno da terapia de substituição hormonal (HST). Neste artigo iremos compreender o processo, com base nas experiências de mulheres que utilizaram a terapia assim como em dados das pesquisas disponíveis e com a revisão da literatura. Muitos afirmam que as hormonas são prejudiciais porque são sintéticas. Mas hoje em dia, podem ser usadas apenas hormonas bio idênticas que são semelhantes às existentes no nosso organismo, não só em estrutura como em funções, sendo por isso: mais seguras, mais eficazes e mais fáceis de otimizar. As hormonas foram estudadas suficientemente bem, muito melhor do que qualquer outra substância do nosso corpo. O seu estudo começou nos anos 30 do século passado. Atualmente, a literatura científica conta com dezenas de milhares de publicações sobre este tema. É uma opinião muito comum que, se a natureza inventou a menopausa, que assim a devemos viver. Infelizmente, muitas vezes vemos relutância do médico em interferir no "proce...