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ENTREVISTA SOBRE A CONSULTA DE NUTRIÇÃO NA CLÍNICA DO PODER

Caros leitores e leitoras, 

hoje queremos partilhar convosco uma pequena entrevista sobre a experiência de acompanhamento nutricional na Clínica do Poder de uma das nossas seguidoras do Blog, e também alguém que acredita e pratica as nossas ideias e a forma de estar na vida. 


1. Qual foi a razão que a levou a marcação da consulta de Nutrição?

Foi um conjunto de fatores. Ganhei peso, como consequência fiquei com mais volume, especialmente na zona do abdómen. Não me sentia bem com o meu corpo. As roupas que mais gostava deixaram de servir. Fazia algum exercício físico, mas já não era suficiente para perder o peso e o volume. Achei que era da idade, que já não conseguia ter o corpo “decente”. 
Nessa altura conversei com uma amiga minha (ela em excelente forma!) que me falou de alguns assuntos de alimentação que podiam ser cruciais para eu não estar a conseguir perder o peso e especialmente volume. O exemplo dela foi muito inspirador para mim. Ela recomendou o especialista em Nutrição.
  
2. O que valoriza num profissional de Nutrição e porquê optou por escolher a Clínica do Poder?

Já tinha feito antes 2 vezes a dieta acompanhada por um Nutricionista. Ambas as vezes, o regime de alimentação recomendado era muito restritivo e direcionado unicamente para a perda de peso, às vezes à custa de massa muscular e água. Quando questionei o especialista, se ele tinha a consciência que eu perdia a massa muscular, ele respondeu que a maioria das pessoas não quer saber, só querem o resultado na balança. Obviamente que nesta altura da minha vida, o peso preocupa me da mesma maneira que a saúde, então já não posso fazer o mesmo tipo de dietas restritivas. 

Para mim também é muito importante que um profissional de nutrição explique do ponto de vista bioquímico como um ou outro alimento influencia o metabolismo. E a Doutora domina muito bem a matéria. Algumas sugestões (como reduzir o consumo de pão ou eliminar o café) foram mesmo surpreendentes, então era muito importante que a especialista soubesse justificar do ponto de vista cientifico a necessidade de mudanças tão radicais.

3. Recomendaria a consulta aos seus amigos, familiares? Porquê?

Recomendaria com toda a certeza! Alias, já o faço! Porque acho que as recomendações são muito ponderadas, cientificamente fundamentadas e são fáceis de seguir para o resto da vida, não só por um curto período de tempo quando queremos perder alguns quilinhos.

4. Sentiu dificuldades em seguir o plano? 

Não foi fácil seguir este tipo de alimentação no início, mais por razões externas, porque a cultura, eu até diria CULTO de pão é muito enraizado na sociedade. Enquanto estamos em casa, podemos facilmente substituir o pão por papas, saladas ou legumes estufados, mas tudo se complica, e muito, quando temos que estar longe de casa. Eu passo algum tempo, muitas vezes mais de uma semana, fora de casa, fico em hotéis. 

O pequeno-almoço no hotel basicamente é só pão ou bolos. 3, 4 ou as vezes mais variedades de pão, bolos, croissants, queques etc. Uma vez contei 10 variedades de pão e bolos no buffet de pequeno-almoço! E os cereais estão cheios de açúcar. A solução que eu encontrei foi pedir os chefes para me cozinhar papas de aveia para o pequeno-almoço. Mas tinha que me habituar aos comentários “não comes pão? Estas doente?”

5. Quais foram as mudanças principais nos seus hábitos alimentares/estilo de vida?

A mudança mais radical e mais difícil de conseguir foi a eliminação total de pão. A Dra. avisou que o pão, açúcar e sal causavam dependência. A minha relação com açúcar sempre foi  “tranquila”, posso dizer que nem gosto de coisas doces, agora o pão realmente era o meu vício. E só me apercebi do grau de dependência quando tentei eliminar pão totalmente da minha alimentação. A primeira semana foi mesmo muito difícil.

Resultado: como tinha que substituir o pão, que era a base da minha alimentação por outros tipos de alimento, passei a diversificar a ementa, cozinhar pratos novos, tentar combinações novas para saladas. Felizmente hoje em dia há uma grande variedade de saladas, legumes, cogumelos que podem ser utilizados na preparação de refeições saudáveis e saborosas.

6. O que significa para si “Viver com Poder e Qualidade de Vida”?

O que significa para mim “Viver com Poder e Qualidade de Vida”? Antes de mais sentir tranquilidade e capacidade de tomar decisões, ter capacidade física para praticar desporto, se sentir bem, inclusive com a sua própria aparência.

7. Para as mulheres que estejam a passar pela mesma situação e aos nossos seguidores, que mensagem gostaria de deixar?

 Antes de mais ter a mente aberta e não ter medo de mudar. Como consegui ver, os estereótipos relacionados com a alimentação são muito fortes, então o meu conselho é não seguir estereótipos e ter confiança nos profissionais da Clínica do Poder.



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