A tiroide é uma pequena glândula em forma de borboleta localizada inferiormente à protuberância laríngea, a conhecida maçã de Adão.
Sendo um importante regulador corporal – atua na regulação da temperatura, da fome, do gasto de energia, entre outros – os problemas de tiróide podem causar sintomas generalizados no organismo.
De acordo com o National Women's Health Information Center, estima-se que mais de metade da sociedade sofre com problemas de tiróide e desconhece que essa é a origem de muitas situações como: a fadiga extrema, a depressão e o desequilíbrio do peso ponderal.
A glândula tiroide controla muitos aspetos do metabolismo, incluindo a regulação da produção de várias hormonas que permitem que o corpo realize funções vitais - como a digestão e a reprodução, por exemplo.
Duas das mais importantes hormonas, produzidas pela tiróide, são as chamadas T3 (Triiodotironina) e T4 (Tiroxina). Estas hormonas, uma vez produzidas percorrem o corpo através da corrente sanguínea e convertem oxigénio e calorias em energia. Essa energia é crucial para funções cognitivas, regulação do humor, processos digestivos, líbido sexual saudável, entre outros.
Dentro das várias patologias da tiróide, o hipotiroidismo é a mais comum. É uma doença endócrina que resulta da perda de função da glândula tiroideia. De acordo com o estudo e_COR, da responsabilidade do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, a sua prevalência aproximada é de 9% na população de Portugal continental, registando-se uma prevalência do hipotiroidismo congénito de 1 em cada 3.200 recém-nascidos.
Por outro lado, no estudo PORMETS, da Sociedade Portuguesa de Endocrinologia, Diabetes e Metabolismo, encontrou-se uma prevalência menor, de cerca de 5%. De acordo com este último estudo, o hipotiroidismo atinge 4 vezes mais as mulheres do que os homens (2).
- Ser do género feminino
- Ter 60 anos ou mais
- Ser consumidor frequente de açúcar – ambiente hiperinsulinémico (3,4,5)
- Ser consumidor frequente de adoçantes (incluindo aspartame e sucralose) (6,7)
- Deficiência de iodo
- Ter um histórico familiar de doença da tiroideia
- Ter uma doença auto-imune, como diabetes tipo 1 ou 2 ou doença celíaca (8,9)
- Ter sido tratado com iodo radioativo ou medicamentos antitireoidianos
- Ter sido exposto a radiação na zona do pescoço ou na parte superior do tórax
- Ter sido submetido a uma cirurgia tiroideia (tireoidectomia parcial)
- Estar grávida ou ter tido um bebé nos últimos seis meses
Laboratorialmente, o hipotiroidismo caracteriza-se por um aumento da hormona hipofisária reguladora da tiroide, a TSH (hormona estimulante da tiroide) que pode ser acompanhado, ou não, por diminuição das hormonas tiroideias triiodotironina (T3) e tiroxina (T4) no sangue. Quando os níveis sanguíneos das hormonas tiroideias estão diminuídos, fala-se de hipotiroidismo clínico, uma forma da doença que pode atingir cerca de 1% e 1,6% da população de acordo, respectivamente, com os estudos e_COR e PORMETS e que, como o nome indica, se pode fazer acompanhar de sintomatologia clínica.
Alguns sintomas desta condição são:

HORMONAS TIROIDEIAS E A DEPRESSÃO
Estudos revelam que as hormonas tiroideias influenciam a neurotransmissão
noradrenérgica e serotoninérgica, que desempenham um papel fundamental na patogénese da depressão e são alvos das atuais terapias antidepressivas.
noradrenérgica e serotoninérgica, que desempenham um papel fundamental na patogénese da depressão e são alvos das atuais terapias antidepressivas.
Estes estudos revelaram níveis aumentados de serotonina (hormona do bem-estar e prazer) no córtex cerebral após a administração de T3, e a diminuição da síntese de serotonina no cérebro com hipotireoidismo. A serotonina tem, também, um efeito inibitório na secreção da hormona libertadora de tirotropina (TRH), sugerindo maior fornecimento da hormona T3, o que permite a ativação do eixo hipotálamo-hipófise-tiróide quando os níveis de serotonina no cérebro estão baixos.
Não sendo o único elemento crucial para a produção de serotonina, as hormonas tiroideias mostram dar um contributo importante para o estado de ânimo, bem-estar e qualidade de vida (10).
HORMONAS TIROIDEIAS E O ANTIAGING
Sendo que a função tiroideia tende a ficar comprometida com a idade, torna-se muito vantajosa a avaliação regular e potenciação desta função.
Muitas vezes, patologias consideradas “normais para a idade” como a pressão arterial elevada, a hipercolesterolémia ou a insuficiência cardíaca, têm origem na insuficiência da função da tiróide. A boa gestão energética calórica no corpo e o estímulo para a produção de hormonas sexuais está diretamente associado à presença de hormonas tiroideias ativas – principalmente a T3.
A avaliação e tratamento podem alterar sintomas em menos de uma semana (11).
NUTRIÇÃO PARA A TIROIDE
Assim como todos os outros órgãos, a tiróide precisa ser alimentada com nutrientes
específicos de modo a garantir o seu bom funcionamento.
específicos de modo a garantir o seu bom funcionamento.
Diversos nutrientes, como o iodo e o selénio, desempenham um papel essencial no que diz respeito à função da tiróide. O Iodo e alguns aminoácidos são convertidos por esta glândula em hormonas T3 e T4.
Pesquisas mostram que tanto o excesso como a falta de iodo podem afetar esse processo importante e contribuem para a disfunção da tiróide (12). A carência de vitaminas do complexo B, zinco e outros minerais, bem como problemas na absorção intestinal podem piorar a situação.
Os distúrbios da tiróide e doenças associadas podem ter realmente um impacto negativo em praticamente todas as áreas da vida. Desde problemas como depressão, ansiedade ou disfunções sexuais. A manutenção da saúde tiroideia é vital para manter a sua vida física, mental, emocional e sexual em equilíbrio.
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Nutricionista 3285N
Fontes:
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- Kostoglou-Athanassiou, K. Ntalles (2010) Hypothyroidism - new aspects of an old disease. Hippokratia. Apr-Jun; 14(2): 82–87
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- https://www.thyromate.com/blog/thyroid-and-blood-sugar-relationship
- Samechi, P. and Kim, P. The Association Between Sugar Substitutes and Hashimoto's Thyroiditis (HT). 15th International Thyroid Congress; Lake Buena Vista, Florida; October 19-23, 2015; abstract SCP 28.
- https://www.verywellhealth.com/thyroid-patients-should-avoid-artificial-sweeteners-3233020
- Pałkowska-Goździk E, Bigos A, Rosołowska-Huszcz D. Type of sweet flavour carrier affects thyroid axis activity in male rats. Eur J Nutr. 2018 Mar;57(2):773-782. doi: 10.1007/s00394-016-1367-x. Epub 2016 Dec 31.
- Chaker, L., Ligthart, S., Korevaar, T. I. M., Hofman, A., Franco, O. H., Peeters, R. P., & Dehghan, A. (2016). Thyroid function and risk of type 2 diabetes: a population-based prospective cohort study. BMC Medicine, 14, 150. http://doi.org/10.1186/s12916-016-0693-4
- Shun CB, Donaghue KC, Phelan H, Twigg SM, Craig ME. Thyroid autoimmunity in Type 1 diabetes: systematic review and meta-analysis. Diabet Med. 2014 Feb;31(2):126-35. doi: 10.1111/dme.12318. Epub 2013 Nov 8.
- Dayan, C. M., & Panicker, V. (2013). Hypothyroidism and depression. European thyroid journal, 2(3), 168-79.
- http://www.hormonetherapyaugusta.com/thyroid,-hormones-and-anti-aging.cfm
- https://www.thyroid.org/iodine-deficiency/
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