quinta-feira, 28 de dezembro de 2017

NUTRIÇÃO E NUTRIGENÉTICA PODEM AJUDAR A MELHORAR A NOSSA SAÚDE, ENERGIA E VITALIDADE!





Podemos através da nossa alimentação fazer expressar os genes ou inativá-los e assegurando assim a sua estabilização. Perceber estas modificações pode melhorar significativamente a expressão dos genes, alterar a funcionalidade dos órgãos e metabolismos e depois obter uma resposta orgânica/feedback do organismo.
A avaliação genómica alerta-nos para um role grande de situações que torna possível um aconselhamento correto dos alimentos que devemos ingerir. Melhorando desta forma, o nosso de estado de saúde, energia, vitalidade – qualidade de vida!
A Drª Inês Pereira, Nutricionista, explica. Saiba mais no vídeo!

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terça-feira, 26 de dezembro de 2017

A EJACULAÇÃO PRECOCE TEM TRATAMENTO





Estima-se que 1/3 dos homens sofrem de ejaculação precoce.

A ejaculação precoce é uma patologia sexual muito comum.

Cerca de 75% dos casos de ejaculação precoce são devidos à Prostatite ou a Uretrite. Essa inflamação constante gera uma maior sensibilidade na região pélvica, o que favorece o aparecimento da ejaculação precoce.

Embora seja curável na maioria das situações, muitos homens a desvalorizam. Receiam não haver tratamento para os seus casos específicos, ou por vergonha, não procuram ajuda.

Não é necessário sofrer sozinho, nó podemos ajudar! Assista ao vídeo!


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segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

As causas da prostatite





A prostatite é uma inflamação da próstata.



É uma doença complexa com consequências graves a médio e longo prazo se não for detetada precocemente e tratada adequadamente.



Saiba mais sobre as causas da prostatite e o seu tratamento assistindo ao vídeo!




quinta-feira, 23 de novembro de 2017

A SAÚDE DA PRÓSTATA E AS CRUCÍFERAS

Estudos epidemiológicos continuam a apoiar que o consumo diário de crucíferas pode reduzir o risco de vários tipos de neoplasias malignas, apresentando um efeito significativo no que toca a inflamação e cancro prostático.

As crucíferas (Brassicaceae ou Cruciferae) são vegetais ricos em enxofre e incluem por exemplo os brócolos, couve-flor, repolho, bok choy, nabo, rabanetes, couve-bruxelas, rúcula, rábano, agrião, wasabi, etc.

As suas capacidades terapêuticas verificam-se devido à presença de vários dos seus componentes ativos - GLUCOSINOLATOS e os seus produtos de hidrólise, que incluem indoís e ISOTIOCIANATOS.

Os BRÓCOLOS são das fontes com níveis mais elevados de sulfurafanos (um tipo de isotiocianato), indol-3-carbinol e o ácido glucárico. Estes têm mostrado ser agentes antitumorais, anti-inflamatórios, antineoplásicos e antioxidantes, além dos últimos dois terem uma capacidade moduladora hormonal de excelência.

Adicionalmente possuem, ainda, uma alta concentração de carotenóides, tais como aluteína e a zeaxantina, com os seus efeitos neutralizadores de agente cancerígenos ambientais associados ao cancro de próstata.

O INDOLE-3-CARBINOL é um fitonutriente sulforoso, no organismo converte-se em diindolymethane (DIM). Além da forte ação anticarcinogénica a nível do cancro de próstata também atua em cancro de mama e ovário. Potencia a inibição da conhecida 16-alfa hidroxi-estrona, um tipo de estrogénio que causa danos no ADN e inibe a apoptose (morte celular programada) das células cancerígenas. O indole-3-carbinol aumenta a concentração de 2-hidroxiestrona, e portanto diminui a possibilidade de aparecimento de tumores em órgãos hormonais no homem e na mulher. O seu efeito no homem deve-se especialmente à capacidade de bloquear uma aflatoxina que promove o cancro de próstata, tornando-se por isso muito importante em toda a saúde do homem.

O BENZILISOTIOCIANATO é também um dos cerca de 120 de isotiocianatos que tem mostrado ação antitumoral prostática atuando como agente antioxidante e indutor de autofagia e apoptose (morte celular programa).


Os isotiocianatos também são potentes indutores de enzimas de fase II hepática, que estão envolvidos em agentes de desintoxicação de carcinogénios endógenos e exógenos.

Demonstrou-se ainda que a ingestão de crucíferas efetivamente aumenta a excreção urinária de possíveis agentes cancerígenos, como as aminas heterocíclicas encontradas na carne cozida a temperaturas elevadas. Atuando diretamente como elemento preventivos a patologias diversas, nomeadamente do foro gastro-intestinal.

Numa sociedade em que a intoxicação endógena e exógena é constante o consumo diário de elementos de prevenção é a chave para manter a saúde e diminuir as queixas já presentes. 


Drª Inês Silva Pereira
Nutricionista da Clínica do Poder
ines.pereira@clinicadopoder.pt


Referências técnicas e científicas:

Amjad, A. Et alii. (2015)  Broccoli-Derived Sulforaphane and Chemoprevention of Prostate Cancer: From Bench to Bedside. Curr Pharmacol Rep. 2015 November 1; 1(6): 382–390.

Higdon, J., Delage, B., Williams, D., Dashwood, R. (2007)  Cruciferous vegetables and human cancer risk: epidemiologic evidence and mechanistic basis. Pharmacol Res Mar;55(3):224-36.

Lin, J.-F., Tsai, T.-F., Yang, S.-C., Lin, Y.-C., Chen, H.-E., Chou, K.-Y., & Hwang, T. I.-S. (2017). Benzyl isothiocyanate induces reactive oxygen species-initiated autophagy and apoptosis in human prostate cancer cells. Oncotarget, 8(12), 20220–20234.

Myzak, M., Dashwood, R., (2006) Chemoprotection by sulforaphane: keep one eye beyond keap1.Cancer Letters, 233 (2), pp. 208-218


Yang, G., Gao, Y.-T., Shu, X.-O., Cai, Q., Li, G.-L., Li, H.-L., … Zheng, W. (2010). Isothiocyanate exposure, glutathione S-transferase polymorphisms, and colorectal cancer risk. The American Journal of Clinical Nutrition, 91(3), 704–711.

terça-feira, 14 de novembro de 2017

SINTOMAS DA ANDROPAUSA. SAIBA RECONHECÊ-LOS!

A  ANDROPAUSA conhecida também como hipogonadismo masculino tardio é um marco na vida do homem, que se deve a uma redução progressiva da produção hormonal, nomeadamente da testosterona, que pode ocorrer nos homens após os 35 anos.

A testosterona, sendo hormona sexual dominante no homem, é responsável pelas características masculinas como por ex: crescimento do pêlo e musculatura, assim como a capacidade reprodutiva. A sua redução ocorre em media 1,2% por ano após os 40 anos, podendo chegar, aos 70 anos, com cerca de 35% menos, comparado a um adulto jovem.


Também tem um papel importante em:
• Proteção cardiovascular (recetores de testosterona no coração)
• Reduz o colesterol, reduzindo assim a medicação necessária para o controlo de diabetes tipo 2)
• Incrementa a densidade óssea
• Aumenta a massa muscular e diminui a massa adiposa (controlo do peso e aumento da resistência física)
• Diminui o risco de aparecimento de doenças degenerativas
• Recupera a função sexual (aumenta a líbido, desempenho sexual)

Para além da diminuição normal dos níveis de testosterona associada à idade, constituir a  causa do aparecimento dos sintomas da Andropausa, os fatores como o estilo de vida, nomeadamente a alimentação, falta de exercício físico podem contribuir para o agravamento dos sintomas, assim como piorar a qualidade de vida do homem.

Caso apresente alguns dos sintomas referidos na imagem, é essencial que procure auxílio médico. Havendo necessidade e indicação, poderá encontrar solução através da reposição hormonal, para além de outros métodos de tratamento auxiliares e complementares, igualmente eficazes, tais como terapia laser de baixa intensidade, orientação nutricional personalizada, entre outros necessários.

A TESTOSTERONA É MUITO MAIS DO QUE A HORMONA SEXUAL MASCULINA. MEDIANTE OS SINAIS DE ANDROPAUSA, A REPOSIÇÃO DESTA HORMONA TORNA-SE IMPRESCINDÍVEL.

Se é homem e se identifica com esta situação, esteja alerta, não protele procurar ajuda por falta de tempo. Cuide da sua saúde geral e sexual! Otimize a sua energia sexual e o seu poder individual!

Marcos Silveira
Fisioterapeuta

Referências bibliográficas:

quarta-feira, 8 de novembro de 2017

CONSEQUÊNCIAS DE SAÚDE GERAL E SEXUAL DO CONSUMO DO ÁLCOOL

METABOLIZAÇÃO DO ÁLCOOL

O álcool é metabolizado por vários processos. O mais comum desses caminhos envolve duas enzimas - álcool desidrogenase (ADH) e aldeído desidrogenase (ALDH). Essas enzimas ajudam a separar a molécula de álcool, possibilitando a sua eliminação do corpo. Primeiro, a ADH metaboliza o álcool transformando-o em acetaldeído, uma substância altamente tóxica e um carcinogénico conhecido. De seguida, num segundo passo, o acetaldeído é ainda metabolizado para outro subproduto menos ativo chamado acetato, que então é dividido em água e dióxido de carbono para fácil eliminação.

As enzimas citocromo P450 2E1 (CYP2E1) e catalase também quebram o álcool a acetaldeído. No entanto, o CYP2E1 só é ativo depois de consumo de grandes quantidades de álcool e a catalase metaboliza apenas uma pequena fração de álcool no corpo. Pequenas quantidades de álcool também são removidas através da interação com ácidos gordos para formar compostos denominados ésteres de etilo de ácidos gordos. Estes compostos demonstraram contribuir para danos ao fígado e ao pâncreas.


Acetaldeído é um subproduto tóxico intermediário que ocorre no início do processo de degradação do etanol. Embora o acetaldeído geralmente esteja no corpo apenas por pouco tempo antes de ser mais fragmentado em acetato, ele tem o potencial de causar danos significativos. Isso é particularmente evidente no fígado, onde a maior parte do metabolismo do álcool ocorre. Algum metabolismo do álcool também ocorre noutros tecidos, incluindo o pâncreas e o cérebro, causando danos às células e tecidos. Além disso, pequenas quantidades de álcool são metabolizadas em acetaldeído no trato gastrointestinal, expondo esses tecidos aos efeitos nocivos do acetaldeído.

CONSEQUÊNCIAS DE SAÚDE DO CONSUMO DO ÁLCOOL

Cancro

O consumo de álcool pode contribuir para o risco de desenvolver diferentes tipos de cancros, incluindo cancro do trato respiratório superior, fígado, cólon ou reto e peito. Isso ocorre de várias maneiras, inclusive através dos efeitos tóxicos do acetaldeído.

Muitos consumidores frequentes não desenvolvem cancro e algumas pessoas que bebem apenas moderadamente desenvolvem cancros relacionados ao álcool. Pesquisas sugerem que, assim como alguns genes podem proteger os indivíduos contra o alcoolismo, a genética também pode determinar a vulnerabilidade de um indivíduo aos efeitos cancerígenos do álcool.

Ironicamente, os genes que protegem algumas pessoas do alcoolismo podem aumentar sua vulnerabilidade aos cancros relacionados ao álcool. A Agência Internacional de Pesquisa em cancro afirma que o acetaldeído deve ser classificado como um carcinogénico. O acetaldeído promove o cancro de várias maneiras - por exemplo, interferindo na cópia (ou seja, na replicação) do DNA e pela inibição de um processo pelo qual o corpo repara DNA danificado. Estudos têm demonstrado que pessoas expostas a grandes quantidades de acetaldeído estão em maior risco de desenvolver certos tipos de cancro, como cancro de boca e garganta.

O acetaldeído não é o único subproduto cancerígeno do metabolismo do álcool. Quando o álcool é metabolizado pelo CYP2E1, são produzidas moléculas altamente reativas, contendo oxigénio - ou espécies reativas de oxigénio (ROS). ROS podem danificar proteínas e DNA ou interagir com outras substâncias que criam compostos cancerígenos.

Doença Alcoólica do fígado 

Como órgão principal responsável pela degradação do álcool, o fígado é particularmente vulnerável aos efeitos do metabolismo do álcool. Mais de 90% das pessoas que bebem frequentemente desenvolvem fígado gordo, um tipo de doença hepática.

Pancreatite Alcoólica

O metabolismo do álcool também ocorre no pâncreas, expondo este órgão a níveis elevados de subprodutos tóxicos, como o acetaldeído. Tem sido descrita a associação entre os fatores ambientais como o tabagismo, a quantidade, o padrão de hábitos alimentares e de consumo, bem como diferenças genéticas na forma como o álcool é metabolizado, também contribuem para o desenvolvimento da pancreatite alcoólica.
Função sexual 

Apesar do álcool ajudar as pessoas a superar as suas inibições ou ansiedades sexuais, e por isso ser chamado de afrodisíaco, o uso frequente e em excesso de álcool também tem efeitos fisiológicos negativos na função sexual, é uma causa comum de disfunção erétil.

À medida que a quantidade de álcool no sangue aumenta, o álcool diminui a capacidade do cérebro de sentir a estimulação sexual. Como neurodepressor, o álcool afeta diretamente o pénis ao interferir com partes do sistema nervoso que são essenciais para a excitação sexual e o orgasmo, incluindo a respiração, a circulação e a sensibilidade das terminações nervosas.

Relativamente à circulação, o álcool faz com que os vasos sanguíneos dilatem, o que influencia a irrigação sanguínea dentro e fora do pénis. Um bom fluxo sanguíneo regula o relaxamento e a contração do pénis, para que ele possa obter e manter uma ereção. Sem isso, por mais tentativas que se façam o pénis permanecerá flácido.

Um estudo de 2009 publicado no Journal of Sexual Medicine percebeu claramente que menos volume de líquido no corpo - desidratação, e um sistema nervoso deprimido levam a uma luta para desempenho sexual ótimo. Isso ocorre porque o álcool pode desidratar o corpo, diminuindo o volume sanguíneo enquanto aumenta a hormona associada à disfunção erétil - angiotensina.
Os níveis de testosterona no sangue também diminuem à medida que a quantidade e a frequência de consumo de álcool aumentam, o que consequentemente pode levar a alterações testiculares, alterações hormonais e tecido mamário aumentado em homens – ginecomastia e alterações da massa muscular.

GENÉTICA ATRÁS DO METABOLISMO

Independentemente de qual o consumo da pessoa, o corpo só pode metabolizar uma certa quantidade de álcool por hora. Essa quantidade varia muito entre os indivíduos e depende de vários fatores, incluindo tamanho do fígado e massa corporal.

Além disso, pesquisas mostram que diferentes pessoas possuem diferentes variações das enzimas ADH e ALDH. Essas diferentes versões podem ser atribuídas a variações no mesmo gene. Algumas dessas variantes enzimáticas funcionam mais ou menos eficientemente do que outras; isso significa que algumas pessoas podem transformar o álcool em acetaldeído, ou acetaldeído em acetato, mais rápido do que outros. Uma enzima ADH rápida ou uma enzima ALDH lenta podem provocar acumulação de acetaldeído tóxico no corpo, criando efeitos perigosos e desagradáveis que também podem causar risco ao indivíduo - como o desenvolvimento do alcoolismo. O tipo de ADH e ALDH que um indivíduo possuiu na sua genética mostrou influenciar o quanto ele bebe, o que, por sua vez, influencia seu risco de desenvolver alcoolismo.


Por exemplo, níveis elevados de acetaldeído tornam a bebida desagradável, resultando em rubor facial, náuseas e batimentos cardíacos rápidos. Esta resposta "flush" pode ocorrer mesmo quando apenas quantidades moderadas de álcool são consumidas. Consequentemente, as pessoas que são portadoras de variedades de genes para ADH rápida ou ALDH lenta, que atrasam o metabolismo de acetaldeído no corpo, tendem a beber menos e, portanto, estão um pouco "protegidas" do alcoolismo (embora possam estar em maior risco de outras consequências para a saúde quando bebem).

As diferenças genéticas nessas enzimas podem ajudar a explicar por que alguns grupos étnicos têm taxas mais altas ou menores de problemas relacionados ao álcool. Por exemplo, uma versão da enzima ADH, chamada ADH1B * 2, é comum em pessoas de origem chinesa, japonesa e coreana, mas raras em pessoas de ascendência africana e europeia. Outra versão da enzima ADH, chamada ADH1B * 3, ocorre em 15 a 25% de afro-americanos. Estas enzimas protegem contra o alcoolismo por metabolizar o álcool em acetaldeído de forma muito eficiente, levando a níveis elevados de acetaldeído que tornam a bebida desagradável.

Embora esses fatores genéticos influenciem os padrões de consumo, os fatores ambientais também são importantes no desenvolvimento do alcoolismo e outras consequências relacionadas à saúde relacionadas ao álcool.

RESVERATROL


O resveratrol faz parte de um grupo antioxidantes, compostos denominados polifenóis. Estudos sugerem que até 500 mg por dia podem ser necessários para fornecer benefícios para a saúde. O vinho tinto contém no máximo 12,59 mg de resveratrol por litro, para obter 500 mg por dia, seria necessário beber quase 40 litros de vinho diariamente. Uma dose diária de 40 mg de resveratrol também pode ter alguns benefícios, segundo mostrado num estudo publicado no "Journal of Clinical Endocrinology and Metabolism" em junho de 2010. Mesmo que uma dose diária de 40 mg seja suficiente, ainda assim seria necessário o consumo de um pouco mais de 3 litros de vinho diariamente para obter algum efeito benéfico do resveratrol.

Drª Inês Pereira
Nutricionista

Referências bibliográficas:

http://www.medicaldaily.com/alcohol-and-sex-what-whiskey-penis-and-how-does-it-affect-male-libido-357278

https://pubs.niaaa.nih.gov/publications/aa72/aa72.htm

sexta-feira, 27 de outubro de 2017

TEM DIFICULDADES DE EREÇÃO? DEVE PREOCUPAR-SE COM...

Assista ao vídeo do Dr. Henrique Pedroso, Fisioterapeuta da Clínica do Poder, e saiba as causas que estão por trás do problema da disfunção erétil. Conheça o tratamento!
Se esta patologia o afligir procure auxílio médico. O silêncio nunca é bom conselheiro. A disfunção erétil não se resolve sem apoio especializado, mas tem cura em praticamente 100% dos casos.

quarta-feira, 25 de outubro de 2017

COMO O ÁLCOOL AFETA A SAÚDE DO HOMEM E MULHER?

Assista ao vídeo da Drª Inês Silva Pereira, Nutricionista da Clínica do Poder, que explica os efeitos do álcool para a saúde dos homens e mulheres!







É importante lembrar que bebidas alcoólicas incluem desde
as cervejas, vinho tinto, até o famoso gim e aguardentes. Sim - o vinho tinto
também é álcool, mesmo o de grande qualidade.

Obviamente que a dose e o tipo de bebidas são dados
relevantes, mas é essencial refletir quanto à frequência de consumo. Consequentemente
essa frequência vai nos dizer muito a respeito da condição orgânica da pessoa.
O consumo é algumas vezes/ano/1xmês/1-2semana? 1x/dia? 2x/dia?

Não podem ser negados alguns benefícios antioxidantes por
exemplo do vinho tinto, rico em resveratrol e outros polifenóis. Mas será que o
seu benefício mostra-se realmente eficaz? Será que a dose de antioxidantes
presentes num copo de vinho tinto neutraliza a acidez e stresse oxidativo que afeta
tanto o fígado? Que transtorna tanto o sistema intestinal? Que torna mais
difícil a perda de peso? Que inibe a produção de hormonas sexuais?

Drª Inês Silva Pereira
Nutricionista 

quarta-feira, 9 de agosto de 2017

A ARTE DE PARAR O TEMPO

 A Clínica do Poder iniciou a sua atividade em 2015, fruto do know-how do Dr. José Pereira da Silva, ideólogo do projeto, que nasce em 2014. A sua longa experiência nas áreas de saúde sexual masculina e feminina, e anti aging, assim como a busca constante pelas melhores soluções e tratamentos, mais inovadores e seguros processos, permite à equipa da Clínica do Poder, garantir a satisfação nos resultados, trazendo mais felicidade para vida dos pacientes.   


Leia a entrevista do Dr. José Pereira da Silva que foi o alvo da curiosidade da revista "Portugal Inovador" do jornal "Público", dedicada o mês de Agosto ao tema "A ARTE DE PARAR O TEMPO". 
A EXPERIÊNCIA NO TRATAMENTO DAS QUESTÕES DA IDADE
A Clínica do Poder é uma estrutura em constante transformação. Todos os procedimentos são desenvolvidos por uma equipa altamente especializada que busca apresentar os melhores tratamentos e os mais inovadores e seguros processos, garantindo a satisfação de quem os procura. O ideólogo deste projeto, Dr. José Pereira da Silva, conversou connosco.

A Clínica do Poder foi fundada há dois anos pelo diretor clínico, Dr. José Pereira da Silva. Um espaço fisicamente recente mas cujo projeto nasceu em 1987 com a criação da Clínica do Homem, pensada para resolver patologias do foro sexual masculino. Naturalmente, surgiu a necessidade de dar resposta também ao público feminino que viu criada, em 1990, a Clínica Harmonia, a primeira clínica privada em Portugal especializada em sexualidade masculina, feminina e de reprodução medicamente assistida. Focado na formação de profissionais capazes de dar continuidade ao seu trabalho, o Dr. José Pereira da Silva rapidamente percebeu que o projeto erigido era demasiado complexo. “A pensar nisso, criei uma solução facilmente replicável.


Porém para que esta ideia seja viável é necessário realizar coisas mais simples, mais fáceis de ensinar, quer sob o ponto de vista clínico, como do ponto de vista da gestão, marketing e atendimento, ou seja, em todos os aspetos da atividade empresarial”, expõe. No início do seu percurso o foco centrava-se na saúde sexual masculina, progrediu para a saúde sexual feminina, incluindo a reprodução em toda a sua plenitude. “O estudo destas áreas leva-nos ao contacto com muitas realidades. Levou-me bem cedo ao contacto com o mundo dos diabéticos e a importância do metabolismo na saúde, na saúde sexual, na longevidade e na qualidade de vida”, explica o percursor deste projeto que, a determinada altura, revela-nos que associado à saúde sexual começou a praticar-se, a partir de 1996, algo que veio mudar o rumo da sua ação a medicina antiaging.


“Até aí o antiaging era designado na Clínica Harmonia por medicina da idade com qualidade”, explica-nos o Dr. José Pereira da Silva. Em 1999, após a presença numa reunião médica em Nova Iorque, o nosso interlocutor começa a desenvolver a medicina antiaging “que é uma espécie de comboio”, define. “Tem movimento, no qual entrando, vamos chegando a estações – as estações do futuro – em que novos elementos se incorporam no tronco que é a medicina antiaging, e que em pouco tempo vai alterar a sua designação para medicina de precisão, em que estes instrumentos do antiaging se juntam ao que resulta do estudo do código genético humano; a identificação dos genes que determinam a nossa sensibilidade, suscetibilidade e forças e os elementos do exterior, alimentos, fármacos e estilo de vida, que influenciam favoravelmente a nossa herança genética no sentido de nos defender, de nos dar saúde e de nos dar poder para que sejamos autónomos, com qualidade de vida o mais tempo possível.

Daí poderá advir o viver-se mais tempo, porém aquilo que fazemos é introduzir a retoma onde é natural o declínio, utilizando os meios que a Ciência permanentemente nos vai apresentando”. Desta forma, em 2014, nasce a Clínica do Poder fruto de todo o know-how conquistado ao longo dos anos. Esta experiência tem captado pacientes de todos os cantos do mundo que com o acesso à internet e novas formas de comunicar conhecem o projeto. “A única forma de estar nesta área, é estar ao nível do mundo, batalhando por ir mais longe”, refere o especialista. Na Clínica do Poder procura-se desenvolver a acima citada medicina de precisão, ajustada às necessidades de cada pessoa. Os conceitos mudam a uma velocidade estonteante, “é o tal comboio”, assinala o Dr. José Pereira da Silva.
O que trata a medicina antiaging?

Falamos da medicina da qualidade de vida, da otimização da saúde e da longevidade: “Esta atua preventivamente, não espera que as doenças se manifestem. Ao invés de as tratar, previne-as, retardando o processo de envelhecimento”. No entanto não se engane, a medicina antiaging não é capaz de parar o tempo, mas pode atrasar o nosso relógio biológico, reduzindo substancialmente a velocidade com que envelhecemos, minimizando, desta forma, as hipóteses de desenvolvimento de determinadas patologias, uma vez que iremos repor e receber todas as “matérias-primas” necessárias e indispensáveis ao nosso equilíbrio.

O projeto Clínica do Poder pretende expandir-se para outros pontos do país. Nos planos do nosso entrevistado está a abertura de uma clínica no Porto, “mas para isso é fundamental encontrar a pessoa certa para dar continuidade ao trabalho desenvolvido”.

Em "Portugal Inovador"
Edição nº 96
Agosto 2017

sexta-feira, 28 de julho de 2017

OS BENEFÍCIOS DO TRATAMENTO A LASER NA DOENÇA DE PEYRONIE

A Doença de Peyronie é a fibrose idiopática local da túnica albugínea e/ou do tecido conjuntivo areolar situado entre a túnica albugínea e o corpo cavernoso. É caracterizada pelo desenvolvimento de um tecido cicatricial ou de um nódulo que se instalam na túnica albugínea e no tecido cavernoso adjacente, comprometendo a sua elasticidade e impedindo que eles expandam normalmente. Esta situação dificulta a ereção porque estes distúrbios provocam deformações na forma e inclinação do pénis.

A Doença de Peyronie manifesta-se, em geral, depois dos 50 anos, mas eventualmente ocorre também em homens mais jovens. Em alguns casos pode ocorrer uma alteração da curvatura congénita, provocado pela desproporção entre os tamanhos – maior dos corpos cavernosos e menor da uretra – mas só requer tratamento se prejudicar o desempenho sexual.
As causas da Doença de Peyronie não estão bem definidas mas suspeita-se que pequenos traumatismos ocorridos durante a relação sexual podem resultar em tecido cicatricial que interferem na ereção. Embora não se possa dizer que seja uma doença de caráter hereditário, denota-se uma maior incidência em homens da mesma família.


Os principais sintomas da Doença de Peyronie são a presença de nódulo, palpável ou não, associado a dor e a curvatura do pénis durante a ereção. Essa curvatura faz com que o pénis se posicione em qualquer direção – para baixo, para cima ou para um dos lados.

O tratamento em pacientes com a Doença de Peyronie consiste na utilização de métodos de terapêutica como a Terapia Laser de Baixa Intensidade, Massagem a Vácuo com emissor de luz díodo, farmacoterapia, entre outros, quando necessário e recomendados.

A Terapia Laser de Baixa Intensidade é recomendada no tratamento da Doença de Peyronie devido aos seus efeitos analgésico, anti-inflamatório e imunomodular.  Além dos benefícios referidos a Terapia Laser de Baixa Intensidade tem como objetivo proporcionar uma maior elasticidade da placa fibrosa evitando o rompimento (lesões) que poderão originar um novo ciclo cicatricial e por consequência maior curvatura.

A Massagem a Vácuo com emissor de luz diodo permite o aumento da circulação sanguínea, colaborando com o metabolismo e a produção de colagénio no local. Além dos referidos efeitos esta terapia também estimula a eliminação de toxinas, que impedem a ereção.

Henrique Pedroso
Fisioterapeuta
henrique.pedroso@clinicadopoder.pt

segunda-feira, 10 de julho de 2017

ENTREVISTA SOBRE A CONSULTA DE NUTRIÇÃO NA CLÍNICA DO PODER

Caros leitores e leitoras, 

hoje queremos partilhar convosco uma pequena entrevista sobre a experiência de acompanhamento nutricional na Clínica do Poder de uma das nossas seguidoras do Blog, e também alguém que acredita e pratica as nossas ideias e a forma de estar na vida. 


1. Qual foi a razão que a levou a marcação da consulta de Nutrição?

Foi um conjunto de fatores. Ganhei peso, como consequência fiquei com mais volume, especialmente na zona do abdómen. Não me sentia bem com o meu corpo. As roupas que mais gostava deixaram de servir. Fazia algum exercício físico, mas já não era suficiente para perder o peso e o volume. Achei que era da idade, que já não conseguia ter o corpo “decente”. 
Nessa altura conversei com uma amiga minha (ela em excelente forma!) que me falou de alguns assuntos de alimentação que podiam ser cruciais para eu não estar a conseguir perder o peso e especialmente volume. O exemplo dela foi muito inspirador para mim. Ela recomendou o especialista em Nutrição.
  
2. O que valoriza num profissional de Nutrição e porquê optou por escolher a Clínica do Poder?

Já tinha feito antes 2 vezes a dieta acompanhada por um Nutricionista. Ambas as vezes, o regime de alimentação recomendado era muito restritivo e direcionado unicamente para a perda de peso, às vezes à custa de massa muscular e água. Quando questionei o especialista, se ele tinha a consciência que eu perdia a massa muscular, ele respondeu que a maioria das pessoas não quer saber, só querem o resultado na balança. Obviamente que nesta altura da minha vida, o peso preocupa me da mesma maneira que a saúde, então já não posso fazer o mesmo tipo de dietas restritivas. 

Para mim também é muito importante que um profissional de nutrição explique do ponto de vista bioquímico como um ou outro alimento influencia o metabolismo. E a Doutora domina muito bem a matéria. Algumas sugestões (como reduzir o consumo de pão ou eliminar o café) foram mesmo surpreendentes, então era muito importante que a especialista soubesse justificar do ponto de vista cientifico a necessidade de mudanças tão radicais.

3. Recomendaria a consulta aos seus amigos, familiares? Porquê?

Recomendaria com toda a certeza! Alias, já o faço! Porque acho que as recomendações são muito ponderadas, cientificamente fundamentadas e são fáceis de seguir para o resto da vida, não só por um curto período de tempo quando queremos perder alguns quilinhos.

4. Sentiu dificuldades em seguir o plano? 

Não foi fácil seguir este tipo de alimentação no início, mais por razões externas, porque a cultura, eu até diria CULTO de pão é muito enraizado na sociedade. Enquanto estamos em casa, podemos facilmente substituir o pão por papas, saladas ou legumes estufados, mas tudo se complica, e muito, quando temos que estar longe de casa. Eu passo algum tempo, muitas vezes mais de uma semana, fora de casa, fico em hotéis. 

O pequeno-almoço no hotel basicamente é só pão ou bolos. 3, 4 ou as vezes mais variedades de pão, bolos, croissants, queques etc. Uma vez contei 10 variedades de pão e bolos no buffet de pequeno-almoço! E os cereais estão cheios de açúcar. A solução que eu encontrei foi pedir os chefes para me cozinhar papas de aveia para o pequeno-almoço. Mas tinha que me habituar aos comentários “não comes pão? Estas doente?”

5. Quais foram as mudanças principais nos seus hábitos alimentares/estilo de vida?

A mudança mais radical e mais difícil de conseguir foi a eliminação total de pão. A Dra. avisou que o pão, açúcar e sal causavam dependência. A minha relação com açúcar sempre foi  “tranquila”, posso dizer que nem gosto de coisas doces, agora o pão realmente era o meu vício. E só me apercebi do grau de dependência quando tentei eliminar pão totalmente da minha alimentação. A primeira semana foi mesmo muito difícil.

Resultado: como tinha que substituir o pão, que era a base da minha alimentação por outros tipos de alimento, passei a diversificar a ementa, cozinhar pratos novos, tentar combinações novas para saladas. Felizmente hoje em dia há uma grande variedade de saladas, legumes, cogumelos que podem ser utilizados na preparação de refeições saudáveis e saborosas.

6. O que significa para si “Viver com Poder e Qualidade de Vida”?

O que significa para mim “Viver com Poder e Qualidade de Vida”? Antes de mais sentir tranquilidade e capacidade de tomar decisões, ter capacidade física para praticar desporto, se sentir bem, inclusive com a sua própria aparência.

7. Para as mulheres que estejam a passar pela mesma situação e aos nossos seguidores, que mensagem gostaria de deixar?

 Antes de mais ter a mente aberta e não ter medo de mudar. Como consegui ver, os estereótipos relacionados com a alimentação são muito fortes, então o meu conselho é não seguir estereótipos e ter confiança nos profissionais da Clínica do Poder.



segunda-feira, 26 de junho de 2017

SAIBA COMO FAZER ESCOLHAS SAUDÁVEIS, APRENDA A LER OS RÓTULOS

Quantas pessoas da sociedade comem apenas produtos naturais, frescos, apanhados há poucas horas e sem embalagem? Sem nenhum conservante, corante, tratamento prévio?

Quanto ao estilo de vida e especialmente aos hábitos alimentares, muitas vezes a sociedade exige “rapidez”. Exige que sejamos rápidos, durmamos “rápido” (pouco), relaxemos “rápido”, comamos rápido, compremos rápido, não percamos tempo a cozinhar, a limpar. Os hábitos de conservação e embalamento alimentar abriram horizontes muito úteis no processo de disponibilidade alimentar e facilitaram a vida em muitos sentidos. Hoje pode obter-se informação muito importante quanto a segurança alimentar e também perceber qual poderá ser a resposta do organismo a determinado alimento por dar atenção à rotulagem do produto.

RÓTULO – O QUE É IMPORTANTE VER?

O desenvolvimento da ciência da rotulagem tem mostrado uma evolução notória no que toca à qualidade de informação e ao efeito visual. Obviamente esta ciência hoje não visa apenas fornecer informação essencial (por ex. data de validade, ingredientes) para o produtor e consumidores, mas também é aplicada uma estratégia de marketing de forma a chamar a atenção dos compradores e potenciar as vendas. Tendo esta questão em mente parece ainda mais importante ter uma posição crítica durante a leitura dos rótulos dos produtos alimentares.

Um rótulo de um produto alimentar deve ter informação essencial no que toca a:

- Lista de ingredientes
- Tabela Nutricional
- País de origem
- Identificação do Lote
- Conteúdo líquido
- Data de Validade
- Informação sobre alergénios
- (Data de congelação)
- Deve ter dimensão mínima para facilitar a leitura

(https://www.sns.gov.pt/noticias/2016/12/14/informacao-nutricional/)


LISTA DE INGREDIENTES

Os ingredientes estão ordenados por ordem decrescente de peso. Ou seja, os ingredientes em maior quantidade aparecem primeiro.
O ideal será escolher produtos que possuem ingredientes como os açúcares e gorduras mais no fim da lista (ou que nem constem da lista).

Existem nomes que representam várias formas de “açúcares” que são introduzidos a inúmeros produtos processados tais como: Dextrose, Frutose, Glucose, Adoçantes a base de milho, Xarope de cana, Xarope de malte, Melaço, Agave, assim com edulcorantes como o Acesulfame-K, Sucralose, Sacarina, Aspartame, Ciclamatos.

Atenção às gorduras hidrogenadas, parcialmente hidrogenadas, modificadas, refinadas e também as gorduras vegetais tais como: óleo de palma, de canola, de soja, de milho, girassol. Estes últimos, se consumidos em dose adequada são muito úteis para a regulação do organismo, porém a produção intensiva de muitos destes óleos faz com que a qualidade das sementes e grãos seja altamente alterada, muitas vezes é de produção transgénica (por ex. soja). No entanto, os rótulos não informam a presença de OGM (Organismos Geneticamente Modificado). Além disso, o processamento para obtenção financeiramente viável de óleos vegetais envolve os processos de pressão e aquecimento – refinação extrema, e a adição de vários produtos químicos industriais e solventes altamente tóxicos para aumentar a conservação dos produtos.

Uma referência, não perfeita, mas mais segura será procurar o certificado de produto biológico certificado e até a informação escrita de produto “Livre de modificação genética” (ou em Inglês “GMO Free”) e, quanto às gorduras, procurar informação de processamento com pressão a frio (ou extra-virgem).

Outros ingredientes presentes em muito produtos são os “E’s”. Os números E são códigos que identificam substâncias que podem ser usadas como aditivos alimentares para uso na União Europeia. O "E" significa "Europa". São substâncias que têm aprovação pela EFSA (do inglês European Food Safety Authority - Autoridade Europeia de Segurança Alimentar) -https://www.efsa.europa.eu/

Os E’s estão agrupados em grupos:

  • E100-E199 (corantes)
  • E200-E299 (conservantes)
  • E300-E399 (antioxidantes, reguladores de acidez)
  • E400-E499 (espessantes, estabilizadores, emulsionantes)
  • E500-E599 (reguladores de acidez, agentes anti-aglomerantes)
  • E600-E699 (intensificadores de sabor)
  • E700-E799 (antibióticos)
  • E900-E999 (agentes de vidro, gases e edulcorantes)
  • E1000-E1599 (aditivos adicionais)


Apesar de permitidos, vários elementos podem trazer ao organismo efeitos secundários significativos principalmente por serem formados sinteticamente e pelo consumo frequente. Alguns exemplos a evitar: Acesulfame-K (E950), Sucralose (E955), Sacarina (E954), Aspartame (E951), Ciclamatos (E952), glutamato monossódico (E621), Tartrazina (E102), Cochinilla/ Carminas (E120), E127 (Eritrosina),  Corante caramelo (E150), Dióxido de titânio (E171).

https://e-aditivos.com/

É especialmente importante a atenção na leitura da lista de ingredientes quando está presente no organismo alguma intolerância e/ou alergia. É frequente a presença de elementos que podem ser fonte alergénica como soja, amendoim, lactose, soro de leite, glúten. A adição destes produtos por vezes é feita para potenciar a conservação de produtos ou melhorar o sabor. Esta adição pode significar que ao fim do dia a quantidade total consumida é muito elevada.

TABELA NUTRICIONAL

É importante notar que os valores apresentados não são exatos e sim representativos de um determinado produto ou mistura de elementos.

Atenção à PORÇÃO que foi estabelecida (ex. porção de batatas fritas cuja porção escolhida em gramas equivale apenas a 3 ‘batatas’- é necessário ter a consciência de que o consumo em principio será de uma dose maior).
A percentagem referida como DOSE REFERÊNCIA (DR) é calculada para um adulto médio supondo que a sua necessidade energética é 2000 kcal/dia e não é feito um cálculo adequado ajustado às necessidades reais de cada pessoa, mulher, homem, criança, de estatura baixa ou alta, sedentário ou ativo, etc.

O NÍVEL ENERGÉTICO ou calorias não são indicador de excelência para identificar um produto alimentar como bom/saudável, a questão será qual a qualidade e metabolismo desta energia e qual o objetivo para o seu consumo.

GORDURAS são essenciais para o nosso organismo, mas convém evitar principalmente as gorduras que passaram processamento industrial (incluindo as gorduras saturadas) estas potenciam a inflamação, daí que a sua ausência ou a presença em valores reduzidos deve ser o alvo ao escolher um produto.

Muitos produtos com a informação ‘Zero açúcares’ apresentam valores de gorduras maiores para manter o sabor apelativo, e consequentemente com valor energético semelhante.
De forma inversa, muitos produtos com informação ‘0% matéria gorda’ apresentam uma maior quantidade das várias formas de açúcares ou edulcorantes para o manter um sabor desejável à maioria da população.

A resposta metabólica ao consumo de HIDRATOS DE CARBONO (HC) (nomeadamente a absorção/acumulação/gasto) vai depender muito da sua origem, grau de refinação e quantidade de fibra presente, entre outros, mas não deixam de ser formas de açúcar (1g HC = 4 kcal).
Os valores de HC ‘DOS QUAIS AÇÚCARES’ referem-se a “combustível simples” para formar energia celular, combustível este rapidamente acumulado na forma de gordura se não for gasto através do exercício. Muitas vezes estas fontes são obtidas através de açúcares adicionados ou frutas adocicadas. Por exemplo, numa barra de cereais estão presentes 15g de HC dos quais 7,2g são açúcares o que equivale a quase 2 colheres de chá de açúcar branco.

Produtos ricos em Hidratos de carbono (ex. pão ou cereais) com mais de 6g de FIBRA e proteína (em 100g) são geralmente escolhas aceitáveis. Um valor superior a 10g seria o ideal.
Deve ser feita a comparação de produtos quanto ao nível de sal, escolhendo aqueles que têm de preferência menos de 0,3g de sal por cada 100g de produto. O valor máximo recomendável de sal para a generalidade das pessoas é de 5g/dia (2g/dia sódio).

O organismo necessita diariamente de aminoácidos provenientes de fontes proteicas ingeridas. O importante é a qualidade de PROTEÍNAS e não a quantidade. Como referência - para uma pessoa sedentária a necessidade proteica/diária será de cerca de 0,8g de proteína/kg de peso e para uma pessoa ativa 1,4g de proteína/kg peso (ex. pessoa sedentária). No entanto, a realização deste cálculo não é suficiente para definir a necessidade adequada.

As tabelas “Semáforo Nutricional” 

A ideia do Semáforo Nutricional foi desenvolvida por uma autoridade independente, a Food Standards Agency – FSA (Agência de Segurança Alimentar do Reino Unido) - com o objetivo de auxiliar os consumidores a efetuarem escolhas alimentares mais saudáveis (Tabela 1). Em Portugal foi feito um incentivo à utilização desta medida preventiva (Tabela do Ebook_SemáforoNutricional Continente).






CONCLUSÃO


  • LEMBRE-SE que a melhor opção é sempre que possível comer produtos frescos, sem aditivos e sem rótulos.
  • LEMBRE-SE que quanto mais ingredientes o produto tiver mais processado é.
  • EVITE ingredientes inflamatórios e acidificantes, EVITE ingredientes produzidos em agricultura intensiva e com alterações genéticas. 
  • Procure produtos com menos de 3g de Gordura (em 100g de produto).
  • Procure produtos com menos de 5g de Açúcares (em 100g de produto).
  • Procure produtos com pelo menos de 0,5 g de Sal (em 100g de produto).


Nem sempre podemos acreditar no que é escrito/rotulado, mas quanto mais conhecimento adquirirmos, melhores críticos poderemos ser. Não se conforme com fraca qualidade alimentar, não se habitue a sintomas maus mesmo que ligeiros, cuide do seu organismo, tenha saúde e qualidade de vida!

Dra Inês Pereira
Nutricionista
ines.pereira@clinicadopoder.pt


Referências:

  • Wilson BG, Bahna SL. Adverse Reactions of Food Additives. Ann Allergy Asthma Immunol. 2005; 95:499-507.
  • Prado, Marcelo; Godoy, Helena. Corantes artificiais nos alimentos. Departamento de ciências e alimentos. Faculdade de engenharia de Alimentos. Sp-Brasil. 237-250, 2003
  • Sharma A, Wongkham C, Prasongwattana V, Boonnate P, Thanan R, et al. (2014) Proteomic Analysis of Kidney in Rats Chronically Exposed to Monosodium Glutamate. PLOS ONE 9(12): e116233. https://doi.org/10.1371/journal.pone.0116233
  • Boateng, L., Ansong, R., Owusu, W. B., & Steiner-Asiedu, M. (2016). Coconut oil and palm oil’s role in nutrition, health and national development: A review. Ghana Medical Journal, 50(3), 189–196.
  • AlDeeb OA1, Mahgoub H, Foda NH. (2013) Sucralose. Profiles Drug Subst Excip Relat Methodol. 38:423-62
  • https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23668410
  • http://www.veganbaking.net/articles/guides/the-problem-with-palm-oil
  • Dr. H.J. Roberts, Aspartame (NutraSweet) Is It Safe?, Charles Press, page 283/84
  • Cong, W., Wang, R., Cai, H., Daimon, C. M., Scheibye-Knudsen, M., Bohr, V. A., … Martin, B. (2013). Long-Term Artificial Sweetener Acesulfame Potassium Treatment Alters Neurometabolic 
  • Functions in C57BL/6J Mice. PLoS ONE, 8(8), e70257. http://doi.org/10.1371/journal.pone.0070257
  • M M Andreatta, S E Muñoz, M J Lantieri, A R Eynard, A Navarro (2008) Artificial sweetener consumption and urinary tract tumors in Cordoba, Argentina. Prev Med. 47(1):136-9. PMID: 18495230
  • Lima M.F., Rosenthal A., Deliza R.(2014) Semáforo Nutricional (Traffic Light Labelling): uma alternativa para melhores escolhas alimentares. Alimentação Humana. Volume 20. N.ºs 2 e 3


quarta-feira, 14 de junho de 2017

A IMPORTÂNCIA DA ALIMENTAÇÃO NA MENOPAUSA

A menopausa não é uma doença, mas sim um período da vida de uma mulher que surge em média aos 51 anos. É apenas identificada a mulher em menopausa quando a mulher não teve nenhum período menstrual durante 12 meses consecutivos. Durante este período, os ovários diminuem a produção de duas hormonas importantes - estrogénio e progesterona. O desequilíbrio dessas hormonas leva a desconfortos frequentemente sentidos nas mulheres de meia-idade.


Alguns ajustes alimentares podem ajudar cada mulher a fazer uma transição suave até a menopausa e evitar consequências dessa alteração hormonal. Estes ajustes incluem o incentivo a uma renovação de hábitos, tais como:

1. Evitar ao máximo o consumo de hidratos de carbono refinados e adição de açúcar às refeições. Estes aumentam os níveis de insulina, induzem o aumento de mais reservas de gordura, especialmente ao redor da barriga, promovem o ganho de peso corporal. Esses depósitos de gordura, por sua vez podem promover níveis mais elevados de estrogénios circulantes, desequilibrando a relação estrogénio/progesterona.

O QUE COMER: QUINOA, BATATA DOCE, AVEIA, ARROZ INTEGRAL, CANELA, GENGIBRE.

2. Incrementar o consumo de frutas, vegetais, leguminosas e algas. A ação antioxidante dos frutos e vegetais é essencial para a neutralização do stresse e desintoxicação que danificam os tecidos orgânicos. São essenciais na prevenção do ambiente acidificante do organismo, prevenindo assim a osteoporose, tão frequente no período menopáusico. Os fitoestrogénios são fracos estrogénios vegetais encontrados em mais de 300 plantas/frutos vegetais/leguminosas. Estes ligam-se a recetores de estrogénios e equilibram os níveis de estrogénios.


O QUE COMER: MIRTILOS, LIMÃO, AMORAS, CEREJAS, ARANDOS, FEIJOAS, ANONAS, ABACAXI, BETERRABA, CEBOLA, ALHO, BRÓCOLOS, ESPINAFRES, COUVE-GALEGA, SALSA, COUVE-FLOR, COUVES BRUXELAS, ESPARGOS, AGRIÕES, TOFU, TEMPHE, AGAR-AGAR, CACAU ETC.

3. Aumento do consumo de fibras e sementes. O excesso de estrogénios é eliminado através do intestino, caso contrário serão reabsorvidos e continuarão a circular. Uma alimentação rica em fibra apoia esse processo de excreção. As sementes de linhaça, por exemplo, são uma boa fonte de fibra, e além disso também são ricas em lignanos (particularmente fitoestrogénios fortes). As sementes de linhaça e os seus lignanos têm mostrado excelentes resultados em estudos científicos para ajudar na redução de risco de cancro da mama e retardamento do crescimento de tumores de cancro da mama. Estas fibras não só têm propriedades anti-virais, anti-bacterianas e anti-oxidantes, mas também ajudam a diminuir o LDL colesterol e aumentar o HDL.


O QUE COMER: SEMENTES DE LINHAÇA, CHIA, GIRASSOL, ABÓBORA, AVEIA, ETC.

4. Consuma gorduras anti-inflamatórias, como por exemplo: ómegas 3 (origem animal e vegetal) e ómegas 6 (origem vegetal) – são indispensáveis à formação da mielina, substância de revestimento das fibras nervosas, especialmente no cérebro e sistema nervoso periférico. Evitam estados depressivos ou ansiosos e favorecem a mobilidade. Além destas fontes de gorduras, consuma também alguns lípidos monossaturadas que têm um efeito direto na formação e atuação de hormonas nos vários órgãos sexuais.

O QUE COMER: PEIXE DE ÁGUA FRIA, SEMENTES, ÓLEO DE ONAGRA/ BORRAGEM/ LINHO/ COLZA, ABACATE, ÓLEO DE CÔCO, AMÊNDOAS, CASTANHAS DO PARÁ.

5. Evite cafeína e álcool. Estas são algumas substâncias que tendem a contribuir para ondas de calor inflamatório no organismo.

O QUE COMER: CHÁ VERDE, SOLUÇÃO DE MISTURAS DE CEREAIS COM MACA (PARA OBTENÇÃO DE ENERGIA); CIDRAS, CHÁ QUENTE OU FRIO, TISANAS

6. Valorize ao máximo produtos biológicos especialmente no consumo de proteína animal e produtos lácteos. Proteína animal e produtos lácteos sofrem tratamento com hormonas de crescimento que contribuem seriamente para o desequilíbrio de estrogénios no organismo.

O QUE COMER: CARNE DE VACA, FRANGO, PERU DE PASTO, PEIXE DE MAR, LÁCTEOS (RARAMENTE!) E BIOLÓGICOS


VIVA COM PODER E QUALIDADE DE VIDA

Drª Inês Pereira
Nutricionista
ines.pereira@clinicadopoder.pt

segunda-feira, 15 de maio de 2017

DESVENDAR O CAMINHO DO ADN

Pelo facto de estarmos expostos à alimentação ao longo de toda nossa vida, desde a fase intra-uterina, há particular interesse em saber como se dá a interação entre nutrientes e compostos bioativos de alimentos com o genoma e qual o seu impacto na saúde. A estreita relação entre a nutrição e a medicina têm raízes tão antigas quanto o século IV a.C, quando Hipócrates sugeriu que a nutrição balanceada poderia ser uma alternativa válida à medicina para manter a boa saúde.

A aplicação de tecnologias moleculares às ciências nutricionais nos últimos 40 anos levou ao reconhecimento de que alguns nutrientes e componentes bioativos dos alimentos podem regular a expressão de genes específicos, tanto na transcrição como a nível pós-transcrição de ADN. Daí que, rompendo a visão da nutrição clássica, a Nutrigenética e Nutrigenómica abre novas perspectivas quanto à nutrição. A nutrição já não é "apenas um meio de alimentar a nossa máquina", mas sim algo muito mais complexo e profundamente interrelacionado com as características genéticas específicas de cada organismo vivo.

A Nutrigenética estuda a influência da variabilidade genética entre os indivíduos, a qual é responsável pelas diferenças no estado de saúde e no risco de doenças.

A Nutrigenómica estuda a forma como as interacções entre componentes da alimentação e o genoma afetam o padrão de expressão génica.


A partir dos dados da sequência de ADN humano, constatou-se que, apesar das profundas diferenças existentes entre os indivíduos quanto aos seus fenótipos, como a côr da pele, tipo de cabelo, peso e altura, os seus genomas apresentam similaridade em cerca de 99,9%. A pequena variação interindividual de 0,1% dá-se, principalmente, por meio de alterações discretas na sequência do ADN conhecidas como Polimorfismos de Nucleotídeo Único (SNP- Single Nucleotide Polymorphysms, pronunciam-se “snips”), que existem aos milhões no genoma humano. Muitas vezes, os SNPs podem levar a mudanças na estrutura, função, quantidade ou localização das proteínas codificadas, e alteram inúmeros processos fisiológicos. Além de interferirem em características físicas, os SNPs também podem influenciar o risco para doenças crónicas não-transmissíveis, necessidades nutricionais e resposta aos alimentos.

Pela avaliação da expressão ou silenciamento de determinados genes e respetivas enzimas, pode perceber-se qual o metabolismo afetado, onde está a maior fragilidade e posteriormente adequar os elementos nutricionais de forma a prevenir a doença ou eliminar sintomas.


3 FACTOS SOBRE A NUTRIGENÓMICA:

• PERFIS ALIMENTARES ESPECÍFICOS PODEM MODULAR O DELICADO EQUILÍBRIO ENTRE SAÚDE E DOENÇA, ATUANDO, DIRETA OU INDIRETAMENTE NA EXPRESSÃO GÉNICA.

• A COMPOSIÇÃO GENÉTICA INDIVIDUAL, OU SEJA, A PRESENÇA DE POLIMORFISMOS EM GENES REGULADOS POR NUTRIENTES, AFETA INDIVÍDUOS E POTENCIA OU NÃO RISCO DE DOENÇA.

• DIETAS PERSONALIZADAS, QUE LEVAM EM CONTA O GENÓTIPO INDIVIDUAL REPRESENTAM O OBJETIVO FINAL DE NUTRIGENÓMICA.


NUTRIGENÓMICA E A OBESIDADE

Estudos de restrição energética e modificações alimentares em indivíduos com excesso de peso e obesidade têm fornecido evidências de como os nutrientes afetam a expressão génica. Tem sido demonstrado que quando estes indivíduos fazem alterações alimentares, genes envolvidos com o metabolismo lipídico, glicídico, inflamação e stresse oxidativo apresentam redução de expressão (down regulation), promovendo o equilíbrio do peso ponderal.


NUTRIGENÓMICA E DESINTOXICAÇÃO HEPÁTICA

A expressão génica do gene CYPA1 mostra-se essencial para, a nível hepático, desintoxicar o organismo de substâncias pro-carcinogénicas, muitas vezes que são etiologia de vários cancros como de mama, próstata e gastro-intestinais. Perceber como pela alimentação pode ajudar a formação de enzimas neutralizadoras e ajudar a desintoxicação é um bónus para manter qualidade funcional orgânica do fígado e outros órgãos essenciais.

NUTRIGENÓMICA E A ALZHEIMER


A Apolipoproteína E tem uma multifuncionalidade no metabolismo lipoproteíco e é essencial para o catabolismo de constituintes lipoproteícos ricos em triglicéridos como os presentes no cérebro. Aposta detetada alguma disfunção das Apolipoproteínas, diretamente associada à incidência a Alzheimer, torna-se primordial saber como prevenir de forma específica essa incidência patológica.


Nutrição
ines.pereira@clinicadopoder.pt

segunda-feira, 8 de maio de 2017

COMO PODEMOS PROTEGER O NOSSO ADN PARA VIVER MAIS ANOS COM QUALIDADE?

Fatores ambientais, alimentares e de estilo de vida estão intimamente relacionados com alterações genéticas e epigenéticas que vão influenciar o nosso processo de envelhecimento ou manutenção de poder funcional, juventude e qualidade de vida.

METILAÇÃO DE ADN

Estudos até à data sugerem que certos componentes alimentares podem alterar os níveis de metilação do ADN genómico e consequentemente alterar genes específicos em tecidos sistémicos e/ou localizados, afetando a estabilidade genómica e até afetar a transcrição de supressores tumorais e oncogenes.

A metilação de ADN é uma ferramenta de sinalização epigenética comum que as células utilizam para bloquear genes na posição "off". Nas últimas décadas, os investigadores têm aprendido muito sobre a metilação do ADN, incluindo a forma como ela ocorre e onde, também descobriram que a metilação é um componente importante em inúmeros processos celulares, incluindo o desenvolvimento embrionário, inativação do cromossoma X e preservação da estabilidade cromossómica. Tendo em conta os vários processos em que a metilação desempenha um papel chave, percebe-se a associação de consequências devastadoras dos erros na metilação - Desenvolvimento de Patologias humanas.

O efeito que o consumo alimentar e o estilo de vida tem sobre a metilação do ADN pode ser exacerbado por variantes comuns de predisposição genética, agentes cancerígenos ambientais e agentes infecciosos, um tópico que permanece em extenso estudo científico. Além disso, a crescente literatura apoia que as condições ambientais durante períodos críticos de desenvolvimento humano podem influenciar o risco a distúrbios metabólicos, em parte, através de uma programação persistente de metilação do ADN.

ALIMENTAÇÃO

Existem inúmeros dados de apoio científico quanto à importância dos Folatos (encontrados principalmente nas crucíferas) como fatores nutricionais fundamentais no metabolismo de metilação do ADN. Outros componentes de alimentos bioactivos incluem – Polifenóis, Flavonóides, Fitoestrogénios e o Licopeno.

A Dra Berit Johansen, professora de biologia na NTNU (Norwegian University of Science and Technology) diz que ‘uma alimentação diária com o consumo de 65% de Hidratos de carbono, faz com que uma série de classes de genes “trabalhe horas extras”’, isso afeta não só os genes que causam a inflamação no corpo, mas também genes associados ao desenvolvimento de doenças cardiovasculares, alguns tipos de cancro, demência e diabetes tipo 2 – todas as doenças relacionadas com o ‘estilo de vida’.

A alimentação é a chave para controlar a suscetibilidade genética individual para a doença. Ao escolher o que comemos, escolhemos se vamos oferecer aos nossos genes ‘armas’ para nos proteger ou para causar a doença. O sistema imunológico funciona como se fosse uma autoridade de ordenação e fiscalização do corpo. Quando consumimos muitos hidratos de carbono o corpo é ativado para reagir, o sistema imunológico mobiliza as suas forças, como se o corpo estivesse a ser invadido por bactérias ou vírus.

Os genes respondem muito bem ao alimento que lhe é fornecido para trabalhar. Quanto aos açúcares, o importante não é apenas a regulação da glicemia, a chave está no papel secundário de insulina, como hormona indutora a uma série de outros mecanismos. Uma alimentação saudável está maioritariamente associada ao consumo de certos tipos de alimentos que minimizam a necessidade do corpo para segregar insulina.

A secreção de insulina é um mecanismo de defesa em resposta ao excesso de glicose no sangue, independentemente da fonte de açúcar, ou seja, sejam açúcares adicionados, amidos (batatas, pão branco, arroz, etc.), álcool, frutas, etc...

Para manter um ambiente ótimo para a estrutura dos genes o equilíbrio é a perfeição, logo o ideal não é cair na armadilha de excesso de gordura/proteína. Esta condição pode tornar-se noutra armadilha semelhante ao excesso de açúcares. Necessita-se de um equilíbrio certo, em cada refeição com alguns hidratos de carbono complexos e de qualidade e não apenas uma ou duas refeições exageradamente grandes ricas em açúcar, proteína e gordura. O equilíbrio entre quantidade e qualidade dos macronutrientes e micronutrientes é a receita para manter os genes inflamatórios, e outros que potenciam a doença, sob controlo e para manter todas as funções celulares adequadas e com vitalidade.

Estudos têm mostrado resultados interessantes na redução da atividade genética nefasta, precisamente nalguns genes associados a doenças cardiovasculares e nos chamados “genes da juventude”. Estes foram regulados negativamente em resposta a uma alimentação equilibrada, em oposição a uma alimentação rica em hidratos de carbono.

EXERCÍCIO FÍSICO

Alguns dados também relacionam uma ligação entre a metilação do ADN com atividade física e equilíbrio energético. O exercício físico é uma das fontes mais poderosas para alterar beneficamente os genes. Além dos imensos  benefícios para o sistema motor do corpo, o exercício aeróbio não só ativa os genes ligados à longevidade como também ativa o gene que codifica o BDNF (do inglês Brain-derived neurotrophic factor=Fator Neurotrófico Derivado do Cérebro), a “hormonas de crescimento” do cérebro. O exercício físico parece re -construir um cérebro que resiste à atrofia cerebral e aumenta a flexibilidade cognitiva, protegendo assim o ADN e potenciar a qualidade e a longevidade dos dias.



CARCINOGÉNESE

Um mecanismo comum para carcinogénese é dano no ADN, e portanto, é bastante possível que agentes ambientais mutagénicos possam promover a formação de aductos de ADN (ou formas alteradas da estrutura de ADN e consequente estas formas que incentivam à alteração funcional da célula). Com base em estudos epidemiológicos, a alimentação e o fumo são as principais causas de cancro humano. Para prevenir o cancro e a degeneração celular, é importante identificar quais agentes lesivos/mutagênicos e procurar evitar a sua exposição quer direta quer indireta.

Os números não mentem, está na mão de cada indivíduo adoptar as medidas preventivas adequadas para um estilo de vida mais saudável, proteger o ADN e manter o Poder Sexual, Juventude e Qualidade de vida!

Fontes:

  • Kasai (2016) What causes human cancer? Approaches from the chemistry of DNA damage. Genes and Environment 38:19
  • Lim U1, Song MA. Dietary and lifestyle factors of DNA methylation. Methods Mol Biol. 2012;863:359-76.
  • Perlmutter, D., Loberg, K. (2013) Cérebro de Farinha. Nova Iorque, Lua de papel
  • Phillips, T. (2008) The role of methylation in gene expression. Nature Education 1(1):116
  • The Norwegian University of Science and Technology (NTNU). "Feed your genes: How our genes respond to the foods we eat." ScienceDaily. ScienceDaily, 20 September 2011. <www.sciencedaily.com/releases/2011/09/110919073845.htm>



Nutrição
ines.pereira@clinicadopoder.pt


quarta-feira, 19 de abril de 2017

COMO O GLÚTEN INFLUENCIA A INFLAMAÇÃO INTESTINAL

Se pensar em inflamação intestinal que termos lhe vêm à mente?
Cólicas? Diarreia? Divertículos? Pólipos?
E termos como:
Obstipação? Edema? Flatulências frequentes com ou sem odor terrível?
Sintomas como esses consideramos “normais”, ou como resultado de inflamação intestinal?
Sem nos darmos conta, diariamente alimentamos a “nossa máquina” de uma forma a alimentar processos altamente inflamatórios. Um dos “combustíveis” que potenciam fortemente a inflamação intestinal é o GLÚTEN.

O QUE É? ONDE ESTÁ?

O tão famoso glúten é uma proteína presente no endosperma das sementes dos cereais da família das gramíneas. Esta proteína é constituída principalmente por gliadina (proteína que ajuda na ductibilidade e coesividade do cereal) e a glutenina
 (que tem como característica principal fornecer elasticidade, ou seja deixa o “pão fofo”).
Encontramos o glúten nos produtos alimentares que na sua constituição têm farinhas de trigo, centeio, cevada, couscous, bulgur, kamut, espelta, entre outros. Ou seja encontramos glúten em pães, massas, biscoitos, salgados, tortas, cereais matinais ou mesmo bebidas como cervejas.


Porque o glúten é utilizado também como conservante alimentar, está presente, mesmo que em quantidades pequenas em condimentos processados, cocktails, cosméticos, creme das mãos, shampoos, gelados, sopas instantâneas, adoçantes, produtos da soja e até em suplementos alimentares.
Para agravar a situação, a produção alimentar atual, incluindo a bioengenharia e genética, permitiu cultivar cereais que contém cerca de 40x mais glúten do que os cereais que se cultivavam há poucas décadas.

MANIFESTAÇÕES FISIO-PATOLÓGICAS DO CONSUMO DE GLÚTEN

A resposta rápida ou crónica do organismo e as consequentes manifestações a estes produtos dependem principalmente da quantidade de glúten presente, na quantidade consumida e da condição intestinal individual.
As manifestações de resposta orgânica ao glúten tornam-se ainda mais preocupantes quando se desenvolve uma resposta imunitária contra a mucosa intestinal – processo autoimune – Doença Celíaca. Esta condição resulta frequentemente em diarreia, desnutrição, cólicas fortes, flatulências excessivas e erupções cutâneas. A patologia pode ser identificada pelos sintomas e confirmada pela avaliação laboratorial de presença de Anticorpo Anti-Transglutaminase tissular (tTG) e o Anticorpo Anti-Gliadina (AGA).
Estudos têm mostrado que estes e outros anti-corpos de defesa, por mimetismo celular, identificam tecidos saudáveis e os marcam como tecidos a destruir – ativação autoimune! Proteínas cerebrais e células da glândula tiróide são alguns dos tecidos que têm sido sujeitos à auto-agressão resultando no aumento de incidência de patologias como Síndrome de Hashimoto, Esquizofrenia, Autismo, Alzheimer, Parkinson, Demência, entre outras.

A alergia alimentar ao glúten é uma reação exacerbada, imediata ou de curto prazo, do sistema imunológico a uma proteína específica, a gliadina. Esta torna-se o “gatilho” que reage com a imunoglobulina E (IgE), causando uma reação alérgica típica que desencadeia sintomas como rinite, asma, urticária, e em alguns casos mais graves, anafilaxia (dificuldades respiratórias e asfixia).

A intolerância ao glúten pode ter manifestações reconsideradas como menos explícitas, tais como obstipação, edema, flatulências frequentes, dores de cabeça e dores articulares. É percebida principalmente depois de alguns dias sem o consumo de produtos com glúten. A maioria dos sintomas intestinais melhoram ou até desaparecem quando se verifica um consumo alimentar isento de glúten e/ou outras proteína inflamatórias.

ELEMENTOS QUE POTENCIAM A INFLAMAÇÃO CONSTANTE

Especialmente a gliadina e também outras proteínas dos cereais, como a lectina, mostram uma potente ação inflamatória intestinal. Como? Mesmo que não sejamos celíacos (o que significa que há uma agressão crucial contra a mucosa que reveste as vilosidades intestinais), vários elementos presentes no glúten promovem um ambiente inflamatório:

  • Via inibidora enzimática: Além de inibirem a digestão do amido, os inibidores da tripsina da amilase (Amylase trypsin inhibitors - ATIs) podem provocar uma resposta imune inflamatória por darem um estímulo exacerbado a alguns tipos de Linfócitos e outros elementos de defesa como citocinas.
  • Produção de Zonulina: A fisiologia intestinal inclui uma barreira defensiva contra agentes estranhos. Todo o processo inflamatório induz a permeabilidade intestinal, porém na presença de glúten é exacerbada a produção de uma proteína inflamatória a Zonulina que destrói a junções apertadas intercelulares intestinais e permite a passagem muito mais fácil de bactérias e toxinas até a corrente sanguínea, que acabam por causar ainda mais inflamação no organismo. O aumento da permeabilidade intestinal tem sido diretamente associada a doenças auto-imunes, incluindo a diabetes tipo 1, desordens inflamatórias da pele e por ex. doença de Crohn.
  • Citocinas: A “guerra imunitária” faz com que elementos de defesa como os monócitos, macrófagos e células dendríticas mantenham a produção constante de citocinas como Proteína C reactiva, Interleucina (IL-6), Fator de Necrose Tumoral alfa (TNF-a). Estes marcadores inflamatórios mostram-se elevados em paciente com patologias tais como: alzheimer, psoríase, artrite reumatóide, doença cardiovascular, doença de crohn e asma.


PORQUE É DIFÍCIL RESISTIR – EFEITO VICIANTE

Certos péptidos do glúten ligam-se a recetores opióides - Exorfinas/Gluteomorfinas -semelhantes à morfina no cérebro, produzem um aumento sensorial. Quando estas exorfinas reagem com recetores de opiáceos no cérebro, produzem efeitos semelhantes aos fármacos opiáceos, como heroína e morfina, embora num nível muito mais leve, efeito de prazer extramente viciante.
É de notar também que os produtos que têm glúten na sua constituição estão na maioria das vezes associados a outro elemento extremamente viciante o AÇÚCAR.


O consumo diário e frequente de elementos inflamatórios prejudica os mecanismos celulares e as funções de vários órgãos incluído o sistema nervoso e função sexual.
Daí que é essencial conhecê-los e evitá-los na nossa rotina alimentar.

Nutrição
ines.pereira@clinicadopoder.pt